O novo Honda City foi lançado no dia 18 de novembro, e aposta no bom nível de assistências de condução da configuração topo de linha Touring para atrair os potenciais compradores das versões mais caras de Chevrolet Onix Plus, Nissan Versa, Toyota Yaris Sedan e Volkswagen Virtus, os seus principais concorrentes no segmento de sedãs compacto-médios. Enquanto o novo City chega, o Honda Civic encerra a sua produção no país.
Com preço a partir de R$ 123.100, o novo City Touring custa R$ 7.900 a menos que o Civic EX 2.0 (R$ 131 mil), sedã de porte médio que pertence a uma categoria superior. Essa diferença de preços, no entanto, pode ser suficiente para convencer clientes do Civic a optarem pela versão mais completa do novato.
Como já confrontamos recentemente o novo Honda City Touring com rivais de seu segmento, mostraremos a seguir se o modelo tem cacife para ocupar o lugar do consagrado Civic no Brasil.
Comercializado no Brasil desde 2009 apenas na carroceria sedã, o Honda City chega à sua terceira geração no país. A partir de março do ano que vem, o modelo terá também uma variante hatchback que substituirá o Fit.
Além do visual atualizado, o novo Honda City sedã ficou maior que o antecessor. Com 4,55 metros de comprimento, o sedã é 9,4 centímetros mais comprido e 5,3 cm mais largo que o modelo antigo. A distância entre-eixos de 2,60 m, no entanto, foi mantida. Apesar do ganho de alguns centímetros na carroceria, o porta-malas teve a capacidade reduzida de 536 litros para 519 litros.
Já o Civic teve a sua produção encerrada em Sumaré (SP) em novembro, segundo rumores da imprensa especializada. Por enquanto, a Honda ainda mostra em seu site as versões EX 2.0 (R$ 131 mil), EXL 2.0 (R$ 137.600) e Touring 1.5 turbo (R$ 162.200). As variantes LX 2.0 e Sport 2.0, no entanto, constam como indisponíveis.
O sedã médio, por sua vez, mede 4,64 metros de comprimento, 1,43 m de altura, 1,80 m de largura e bons 2,70 m de entre-eixos. O seu porta-malas de 525 litros é 6 litros mais espaçoso que o do City.
Diferente da expectativa dos consumidores e da crítica especializada, o novo Honda City não estreou por aqui uma motorização turbo. Todas as suas versões compartilham um inédito 1.5 flex aspirado de quatro cilindros, dotado de injeção direta de combustível e duplo comando de válvulas com variação nas válvulas de admissão. O novo propulsor entrega 126 cv de potência e 15,5 kgf.m de torque, combinado ao câmbio automático CVT com simulação de sete marchas.
O Civic EX leva sob o capô o conhecido 2.0 flex aspirado de quatro cilindros com comando simples e também com abertura variável das válvulas de admissão. Essa unidade gera 150/155 cv e 19,3/19,5 kgf.m (gasolina/etanol), também associada a uma caixa automática de variação contínua (CVT) que simula sete velocidades.
De acordo com os dados de fábrica, o novo Honda City Touring pesa 1.170 kg, acelera de 0 a 100 km/h em 11,3 segundos e chega aos 175 km/h de velocidade máxima.
Já o Civic EX 2.0 de 1.290 kg precisa de 10,9 segundos para ir da imobilidade aos 100 km/h. A velocidade final é de 195 km/h.
Segundo as medições do Inmetro, o novo Honda City tem consumo urbano de 13 km/l com gasolina e de 9,2 km/l com etanol. Na estrada, o modelo faz 15,2 km/l (gasolina) e 13 km/l (etanol)
O Civic EX 2.0 tem médias de 10,5 km/l na cidade e 13 km/l na estrada quando abastecido com gasolina. Com etanol no tanque, o sedã médio faz 7,2 km/l e 8,9 km/l, respectivamente, segundo a entidade.
Na parte de segurança, tanto o City Touring quanto o Civic EX são equipados com seis airbags (dois frontais, dois laterais e dois de cortina); controles de estabilidade e tração; assistente de partida em rampa; Isofix; câmera de ré.
Porém, apenas o City Touring traz o pacote de assistências Honda Sensing, que adiciona frenagem autônoma de emergência, leitor de saída de faixa com centralização e correção no volante, controle de cruzeiro adaptativo, ajuste automático do farol alto e o LaneWatch, recurso que aciona a câmera instalada no retrovisor do lado direito e mostra na multimídia a imagem do ponto cego do veículo.
Ambos contam com bancos revestidos de couro; faróis de neblina; acendimento automático dos faróis (no City Touring são full-LED); chave presencial; ar-condicionado automático digital e central multimídia compatível com os sistemas Android Auto e Apple CarPlay (8” no City e 7” no Civic). As rodas de liga leve são de 16” no City Touring, enquanto o conjunto do Civic EX é de aro 17”.
Mais barato e mais equipado, o City Touring é uma compra mais racional – ainda mais por ser novidade. O Civic EX, por sua vez, ainda é um carro de categoria superior, com construção mais refinada (as suspensões são independentes nas quatro rodas, por exemplo), possui maior espaço interno e ainda conta com um motor mais potente.
A escolha vai depender muito do perfil do comprador. Quem procura por um veículo com mais recursos de segurança e mais recente no mercado, vai de City Touring. Já quem aprecia um carro com dirigibilidade exemplar e o status de um sedã médio, vale a pena procurar pelo Civic - é uma boa pedir desconto no preço, uma vez que o modelo deixou de ser fabricado no país e a vinda da nova geração ainda não foi confirmada.