Carro mais vendido do mundo em 2019, o Toyota Corolla é um fenômeno. O sedã médio é um sucesso no exterior e no Brasil, onde figura entre os 15 carros mais vendidos no ano, mesmo com preços a partir de R$ 107.990. Lançada no final de 2019, a nova geração do modelo foi revolucionária. Trouxe, além dos motores flex, uma opção de propulsão híbrida flex para o sedã.
Único modelo fabricado no Brasil com esses dois tipos de motorização, o sedã pode deixar seus compradores em dúvida sobre qual versão levar. Dito isto, decidimos colocar Corolla flex e o Corolla híbrido em um comparativo para te ajudar a escolher o que atende melhor suas necessidades.
Começaremos, obviamente, pela maior diferença entre as duas versões: a motorização. De um lado, temos um motor 2.0, flex, quatro cilindros e aspirado. Ele tem injeção direta, rende até 177 cv e 21,4 kgf.m de torque.
Do outro, uma combinação: um motor 1.8, também flex, quatro cilindros e aspirado. Gera até 101 cv e 14,5 kgf.m de torque. O motor elétrico tem 72 cv. De forma combinada, o conjunto oferece 122 cv e 16,6 kgf.m de torque.
O números, por si só, já são bem claros. A versão flex preza pelo desempenho, enquanto a versão híbrida se sobressai no consumo.
Na vida real, essa diferença é bastante evidente. Ficamos cerca de uma semana e meia com as duas opções de motorização. O convívio mais longo foi com a versão híbrida, que compartilha o sistema de propulsão com o Prius e te incentiva a dirigir de forma econômica.
Com médias na casa dos 17 km/l na cidade, o Corolla híbrido alterna entre o modo híbrido e até mesmo o 100% elétrico de acordo com a necessidade de potência - e, claro, com o peso do pé do motorista.
Quanto mais progressiva a aceleração e maior o engarrafamento, mais econômico o carro é. Em alguns trajetos, o consumo pode ultrapassar a barreira dos 20 km/l. Para isso, contudo, é preciso bastante parcimônia com o pedal.
De forma suave e constante, o Corolla híbrido impressiona pela economia de combustível e pelo conforto. O isolamento acústico deixa a cabine bastante silenciosa. O sistema de ar-condicionado automático impressiona pela eficiência e gela o carro em questão de segundos, um dos melhores que este jornalista já teve a oportunidade de testar.
No quesito desempenho, não espere potência de sobra. Mas força também não falta. O Corolla híbrido tem vontade suficiente para ultrapassagens na estrada sem comprometer a segurança a bordo. O único que sofre é o consumo. Em ambiente rodoviário, por exigir mais do motor a combustão, a média fica na casa dos 15 km/l.
Já a configuração flex puramente a combustão segue uma cartilha mais tradicional de desempenho. São 177 cv que, apesar do câmbio CVT, são interessantes. O modelo tem acelerações bem superiores ao da versão híbrida e o desempenho é mais instigante. Há até aletas atrás do volante para trocas manuais das 10 marchas pré-determinadas pela Toyota.
Como nem tudo são flores, o consumo também é consideravelmente menor. Com muita boa vontade, conseguimos a marca de 10 km/l em ambiente urbano. Mas isso praticamente sem engarrafamentos. Em uma situação cotidiana, o consumo gira entre 8 e 9 km/l.
Na estrada, os números melhoram um pouco e o Corolla flex empata com o híbrido na casa dos 15 km/l, sempre com o pé leve e sem pressa.
Dentre as características comuns dos modelos, a principal delas, sem dúvidas, é o conforto. Não é a toa a fama de "tiozão" do Corolla. Com um conjunto de suspensão que filtra bem as irregularidades do asfalto, o sedã tem ainda um ótimo isolamento acústico.
Externamente, o novo visual do Corolla caiu muito bem. O sedã tem linhas mais ousadas que os anteriores e faz bastante sucesso por onde passa. Não é difícil ver alguém torcendo o pescoço de olho no carro.
Por dentro, os bancos são confortáveis e tudo está ao alcance do motorista sem muita dificuldade. A nova multimídia tem bom funcionamento e compatibilidade com Android e Apple.
Na cabine, o único porém fica para o seu design. A tela é um pouco grande e destoa do restante do painel, que foi bastante modernizado nesta nova geração.
Em resumo, o Corolla é uma ótima opção com qualquer motorização. Além da economia de combustível, um dos maiores fatores para escolher entre um modelo ou outro é o preço. As versões flex custam entre R$ 107.990 e R$ 137.890. A Hybrid está disponível apenas na topo de linha Altis, com preço de até R$ 147.340, como na configuração avaliada pelo WM1.