Todo mundo já cansou de escutar que o carro elétrico será o futuro - a propósito, ouvimos isso já há algum tempo. Atualmente, falando de Brasil, as vendas de eletrificados tem crescido consideravelmente. É bem verdade que isso se dá especialmente pela chegada do Toyota Corolla híbrido, no entanto, esse tipo de propulsão deve crescer nos próximos anos.
A Nissan, por exemplo, pretende vender o renovado Kicks eletrificado no Brasil. Enquanto a Jeep já confirmou Renegade e Compass híbridos para o nosso mercado. No entanto, quais são as vantagens e desvantagens desse tipo de propulsão e as desvantagens em relação aos carros a combustão? A gente te conta agora.
A grande vantagem do carro elétrico está, sem sombra de dúvidas, no desempenho. O alto torque é entregue imediatamente às rodas, o que proporciona uma nova experiencia de condução. Os testes de aceleração mostram que qualquer hatch elétrico, por menor que seja sua propensão esportiva, anda junto com modelos como o Volkswagen Golf GTI.
No entanto, se andam bem, andam por uma quantidade de quilômetros relativamente pequena em relação aos modelos tradicionais. A maioria dos elétricos disponíveis no Brasil estão entre 300 km e 400 km de autonomia. Qualquer carro que faça acima de 10 km/l com gasolina, rodará, em média, 500 km. E isso nos leva a outra vantagem do carro a combustão.
É bem verdade que os pontos de recarga para elétricos estão se tornando comuns e está cada vez mais fácil recarregar a bateria. Porém, ainda não há soluções tão práticas quanto o abastecimento de combustível tradicional.
Em viagens longas, por exemplo, quando abastecemos é necessário cinco minutos para encher o tanque. Enquanto um carro elétrico precisa de, ao menos, 30 minutos para garantir uma boa autonomia.
Em contrapartida, o carro elétrico dá o troco quando falamos de versatilidade do “combustível”. Antigamente, até dava para tirar a gasolina do tanque do carro e usar de outra maneira, até mesmo em um gerador de energia. Com o carro elétrico, esse cenário é ainda mais prático. Basta conectar o carro à rede e se torna possível usar a energia armazenada em uma casa, por exemplo.
Um carro elétrico tem menos peças, o que é uma vantagem na manutenção, que fica mais barata. No entanto, é uma desvantagem para fazer a manutenção, uma vez que só mão de obra especializada poderá mexer no veículo. Outra vantagem econômica está no custo por km rodado, já que a energia é consideravelmente mais barata que o custo de combustível comum.
Ainda na aba econômica, a vantagem nesse ponto ainda é dos carros a combustão. O elétrico mais barato do Brasil custa quase cinco vezes mais que o hatch mais barato por aqui. Na Europa, o preço médio é o dobro de um carro a combustão em categorias similares.
Aqui vai depender muito do local do mundo onde o carro elétrico é abastecido. No Brasil, onde a maior parte da energia é gerada em hidrelétricas, ou seja, uma energia limpa, além de não termos fabricação local de carros elétricos, reduziríamos consideravelmente a quantidade de poluentes soltados no ar com frotas elétricas.
Porém, países cuja a energia são provenientes de usina de carvão, por exemplo, podem até aumentar a poluição. Para se ter uma ideia, segundo a MAHLE, empresa especialista em mobilidade, um elétrico abastecido por usina de carvão pode ser responsável por mais de 200 g/CO2 por Megajaule utilizado. Em comparação, o mesmo carro abastecido com energia limpa (solar, eólica, hidrelétrica etc) pode ser responsável por 15 g/CO2.
No Brasil, o etanol é considerado um combustível limpo. É fato que a queima desse combustível gera uma poluição, no entanto, graças a sua origem vegetal, o ciclo de fotossíntese compensa os poluentes emitidos.