Comparativo Toro X Maverick 3980

Ford Maverick é páreo para a líder Fiat Toro?

Picapes com conforto de carro de passeio tem preço, porte e equipamentos distintos. Qual é a melhor?


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Fiat Toro e Ford Maverick não são rivais diretas. A picape veterana tem uma infinidade de versões e duas opções de motores. Já a novata é maior, mais rápida, porém, mais cara. O embate, portanto, não se dá em números de venda. O produto da Ford é importado e nem almeja tirar o posto de best-seller da concorrente. O assunto aqui é saber qual é a melhor picape com conforto de carro de passeio.

Comparativo Toro X Maverick 3988
Ford Maverick e Fiat Toro são concorrentes indiretas por terem várias diferenças entre si
Crédito: Ricardo Rollo/WM1
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A Maverick resgata um nome que virou lenda em forma de cupê no Brasil. Se no exterior a picape tem até versão híbrida, por aqui a oferta é somente pela versão mais completa, chamada de Lariat. O modelo é tabelado em R$ 239.990.

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Isso significa que a picape da marca norte-americana é aproximadamente R$ 32.600 mais cara do que a opção topo de linha da Toro. Nas fotos, você vê a configuração Ranch, que carrega diversos apetrechos visuais e custa R$ 205.390.

Aliás, a parte estética dos modelos já dá muito pano 'pra' manga. A representante da Fiat tem visual consagrado e aposta em uma pegada mais urbana e com elementos agressivos, o que fica enfatizado no capô, no conjunto ótico dividido em três níveis e na miscelânea de cromados típicos da versão Ranch.

Já a Maverick estilo mais classudo. Lembra até algumas caminhonetes de cabine simples dos anos 1990. As linhas amenas da carroceria contrastam com peças volumosas para transmitir força e robustez. Destaques ficam para a musculatura sobre as rodas e os faróis que envolvem uma barra que nasce no lendário logo oval.

O modelo importado do México é desprovido de alegorias estéticas. Estribos, santantônio e capota marítima ficam com a Toro. Se alguns desses itens são triviais, o último citado é bastante importante. Capota na caçamba da Maverick só é oferecida como opcional, por R$ 1.250,56.

Ford Maverick tem visual que lembra as picapes fabricadas nos anos 1990
Crédito: Ricardo Rollo/WM1
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Esse pode ser considerado um vacilo, uma vez que a proposta de marketing da Ford é vender o produto como uma picape com conforto de SUV. Mas se a caçamba não é fechada, não pode ser considerada um bagageiro.

Aparências enganam

Por falar no compartimento traseiro, pode até parecer, mas a Maveca não leva vantagem. Tem volume de 943 litros, contra 937 litros da rival.

Mas quando o assunto é capacidade de carga, a Toro apresenta números mais expressivos. Nas versões diesel, como é o caso da Ranch, pode tracionar até 1.000 kg. Mesmo nas configurações turboflex, ainda leva mais peso do que a Ford em uma diferença de 670 kg, ante 617 kg.

Fiat Toro Ranch é capaz de levar praticamente o mesmo volume da Maverick, mas suporta maior peso
Crédito: Ricardo Rollo/WM1
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Em contrapartida, um diferencial da Maverick é que já tem preparação para reboque. Não por acaso a placa traseira fica posicionada mais à direita do para-choque. Existem ganchos próprios para a tarefa, bem como um modo de condução específico.

As diferenças enfáticas entre os modelos continuam no ambiente interno. O modelo novato tem ambiente semelhante ao do Bronco. Mistura tons de azul com marrom e proporciona um ambiente de picape vintage, mas com estética rebuscada. Destaque para os confortáveis bancos revestidos em couro, a infinidade de nichos, além de componentes com peças aparentes que transmitem uma pegada industrial.

Os principais equipamentos são ar-condicionado digital de zona única, banco do motorista com ajuste elétrico, botão de partida com chave presencial e as telas digitais. O cluster tem 6,5”, enquanto a central multimídia é de 8”. O problema é que, apesar de tantos nichos de tamanhos distintos, não há carregador de celular por indução, e a conexão com Android Auto e Apple CarPlay só ocorre pelo cabo.

Interior da Ford Maverick mistura tons de azul com marrom: ambiente de picape vintage
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Não à toa, a picape da marca italiana, feita em Goiana (PE), é mais avançada em conectividade e tecnologia. A central multimídia é grandona (tem 10,1”), roda com pareamento sem fio, tem funcionamento mais rápido e grafismo mais atraente. O mesmo vale para o cluster, que também exibe mais informações do que a adversária.

Os diferenciais do interior da Toro Ranch são os elementos no painel, que imitam madeira nobre. Os bancos também são específicos da versão, com revestimento em tom de marrom com textura rústica. É um conjunto caprichado.

Itens que ambos os protagonistas deste comparativo oferecem são frenagem de emergência, controle de cruzeiro e sete airbags, mas só o Fiat tem assistente de permanência em faixa.

Bancos da Fiat Toro Ranch tem revestimento em tom de marrom com textura rústica
Crédito: Ricardo Rollo/WM1
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Mas agora vamos a uma diferença enfática: porte. Com 5,07 m de comprimento, a Maverick é 13 cm mais comprida e tem entre-eixos 7,8 cm maior (3 metros no total). Isso faz bastante diferença para as pernas de quem viaja atrás.

Por outro lado, na posição central, a Toro leva vantagem porque o assento é plano, enquanto a concorrente tem uma pequena elevação. O console central recuado também prejudica o conforto.

Desempenho especial

Mas é na hora do rolê que a Maverick mostra porque é um modelo especial. É sem dúvidas a picape mais confortável já dirigida por este repórter. A suspensão é exemplar. O isolamento acústico é comparável ao de sedãs médios. A direção é firme e direta, enquanto a altura de dirigir é mais sentada, com poucas oscilações bruscas.

Com 5,07 m de comprimento, a Maverick é 13 cm mais comprida que a Fait Toro
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O propulsor 2.0 EcoBoost desenvolve 253 cv a 5.500 rpm e 38,7 kgf.m de torque a 3.000 giros. Sob a batuta da transmissão automática de oito velocidades com botão giratório, a picape acelera de 0 a 100 km/h em 7,2s. É mais rápida do que qualquer SUV compacto ou picape média no País, inclusive a celebrada Volkswagen Amarok V6.

Isso não quer dizer que a Toro não seja confortável. Muito pelo contrário. Foi o modelo da Fiat que estabeleceu o baseamento de uma picape em uma estrutura monobloco com suspensão multilink.

Quando equipada de motor turbodiesel, tem um conjunto 2.0 de 170 cv a 3.750 rpm e 35,7 kgf.m de torque a 1.750 rpm. O propulsor é acoplado a uma transmissão automática de 9 velocidades. Essa parceria leva o modelo de 0 a 100 km/h em 12,4 s.

Fiat Toro Ranch é menor que a concorrente, mas oferece ambiente interno acolhedor
Crédito: Ricardo Rollo/WM1
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Já a opção 1.3 turboflex de 180/185 cv a 5.750 rpm é 1 segundo mais rápida. Com 27,5 kgf.m de torque, é casada com um câmbio automático de seis marchas. Ainda assim, os 11 s de aceleração ficam longe do desempenho da Maveca.

Vantagem do diesel

Em contrapartida, a picape da Fiat leva a melhor em consumo de combustível. É verdade que na comparação tendo como base o motor 1.3, existe praticamente um empate. Mas quando a Toro em questão é a 2.0, a superioridade é boa.

Na cidade, a Toro diesel tem média de 10 km/l, contra 8,8 km/l da picape Ford, que só bebe gasolina. Já na estrada, a vantagem da Fiat é de 12,5 km/l, ante 11,1 km/l.

Motor turbodiesel da Fiat Toro Ranch é mais econômico do que a da Ford Maverick
Crédito: Ricardo Rollo/WM1
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Uma curiosidade em relação à itens dinâmicos é que só a Toro conta com aletas para fazer trocas manuais, enquanto só a Maverick tem modos de condução. São cinco.

Assim como há divergência de motores, falamos de picapes com medidas, equipamentos e valores diferentes. Justamente por isso não é possível declarar um vencedor neste comparativo.

Propulsor 2.0 EcoBoost faz da Ford Maverick a picape média mais rápida do nosso mercado
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É possível assegurar que a Ford Maverick tem um desempenho ímpar. É uma experiência que vale a pena tanto pelo desempenho, quanto pela atmosfera caprichada do interior. Mas vale lembrar que é preciso desembolsar praticamente R$ 240 mil para tanto.

Nesta conjuntura, é possível garantir também que a Toro vai continuar como uma opção bastante consolidada. Além de ter melhor nível de conectividade e ser mais econômica, a picape da Fiat oferece mais equipamentos e até mais capacidade de carga por um valor mais em conta.

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