Sistemas de suspensão a ar são na maioria das vezes ligados à Low Riders – cultura americana, tradicional pelos carro que saltam – e veículos de carga. Porém, na última década, esse tipo de mecanismo ganha força tanto para quem quer rebaixar o carro ou para quem busca performance através da preparação – esta última, menos vista no Brasil. Conversamos com especialistas e usuários para desevendar alguns mistérios sobre suspensão a ar e explorar outros pontos sobre esse mecanismo.
Funcionamento
A suspensão a ar é composta por bolsas de ar que substituem as molas de um sistema convencional. No caso de sistemas ajustáveis, mais comuns, as bolsas também fazem o trabalho de amortecedor. Por ser regulável, ela exige ligação na parte elétrica do carro, para que ela possa ser comandada. Além da ligação elétrica, a suspensão necessita de uma bomba de ar, um reservátória, sensores solenóides e uma central de controle. A ligação de todo esse sistema é feita por mangueiras que são distribuídas pelo veículo.
Praticidade e conforto
Por ser utilizada em carros rebaixados, é normal pensar que a suspensão a ar é um impecílio para o uso diário do carro. Mas por ser regulável, ela se torna a melhor alternativa para quem quer melhorar a aparencia do carro, sem perder praticidade. Cesar Dias, dono do Chevrolet Corsa que ilustra nossa matéria, usa um sistema de suspensão a ar e ainda assim, pode contar com seu carro para rodar normalmente. “Eu utilizo [o carro] para ir trabalhar e ir à faculdade. Geralmente, também viajo com ele também. Não tenho problemas por poder levantar a suspensão na altura que for necessário”, diz César. A grande desvantagem no caso é o reservatório de ar, que no caso é indispensável, e é posicionado no porta-malas, principalmente.
César já usou sistema de suspensão fixa no seu Corsa e garante que a suspensão a ar é mais confortável: “Nunca tive problema em estabilidade e conforto . Não posso dizer que é igual original, mas por ser baixo, o carro é muito confortável”.
“Pela ausencia de elementos metálicos, como a mola, o sistema passa bem menos vibração para a carroceria” garante Celso Argachoy, professor do Instituto Mauá de Tecnologia. O uso visando performance em pista é bem comum, principalmente no exterior, e
Manutenção e durabilidade
As bolsas de ar podem ser perfuradas por objetos como pedras, parafusos e outros elementos que entrando em choque com o sistema podem danificar as peças. Mas, apesar da maior fragilidade, a durabilidade da suspensão a ar é semelhante. Por isso, basta uma atenção maior no cuidado do carro que a vida útil não vira um problema. “As bolsas precisam ser verificadas com maior frequencia, se possível, todo mês” diz o professor. César faz algo assim no seu carro, para garantir que tudo está funcionado corretamente. “Eu verifico se tem vazamento de ar parando o carro alto de um dia para o outro. Se no dia seguinte ele estiver mais baixo, vejo onde está o vazamento. Tenho o carro com a suspensão a ar faz 2 anos e até agora não precisei trocar nada”, comenta o dono do Corsa. “Um relógio manômetro para medir a pressão do cilindro também é bem útil”, finaliza César.
Custos
Usando como base um Uno Mille, a Castor Suspensões oferece um kit de rosca por R$ 838 reais. A fixa, sai R$ 829. Já o kit a ar – completo, com compresor, mangueiras, reservatório e até central que permite controlar a altura do carro por aplicativo no celular – sai por R$ 1.699 em um kit de fabricação nacional.
Legalização
A suspensão a ar está inclusa na resolução 479 do Contran que regulamenta a modifiação de suspensão para veículos de passeio. Por isso, basta o carro estar a no mínimo 10 cm do chão e as rodas dentro do limite do para-lama, você pode legalizar seu carro com suspensão a ar. Confira o nosso vídeo com mais detalhes sobre como legalizar sua suspensão modificada: