A China teve um crescimento econômico impressionante nas últimas três décadas. Conhecido no passado pela presença maciça de bicicletas, o país aprendeu rapidamente a fazer carros e hoje é o lar de dezenas de fabricantes de automóveis. Mas engana-se quem pensa que eles ainda só sabem fazer cópias ou modelos obsoletos.
Inicialmente marcada pelos modelos ocidentais antigos e, posteriormente, pelas cópias, a indústria local tem se caracterizado também pela produção de automóveis esportivos, de luxo e de híbridos e elétricos como o sofisticado sedã BYD Han EV (já à venda no Brasil). Nenhum deles faz feio frente aos concorrentes de marcas mais tradicionais.
Uma particularidade do mercado automotivo chinês é o grande número de opções de minicarros urbanos elétricos. Um desses modelos é o Nano EV, que é produzido por uma joint-venture entre a General Motors e o fabricante local Wuling.
Com 2,50 m de comprimento, 1,53 m de largura e 1,62 m de altura, é ainda menor que o já diminuto Caoa Chery iCar, o elétrico mais barato do Brasil. O modelo urbano leva duas pessoas e tem motor de 33 cv. Já a bateria garante um alcance de 305 quilômetros com uma carga. Parte de 56.800 yuans na China (R$ 46 mil). Para efeito de comparação, o iCar sai por 73.900 yuans (R$ 60 mil).
O Lynk & Co 03+ é um carro de linhas exóticas produzido por uma marca de nome igualmente estranho. Mas o fato dela ser controlada pela Geely, que também é dona da Volvo, faz com que o sedã médio possa ser uma grata surpresa para qualquer entusiasta.
Feito sobre a mesma plataforma CMA dos Volvo C40 e XC40, o 03+ tem em sua versão mais empolgante um motor 2.0 turbo de 265 cv, também fornecido pelos suecos, suspensão independente com amortecedores ajustáveis Bilstein e sistema de tração integral.
A Hongqi é uma das marcas da estatal FAW. Lançou o seu primeiro carro em 1958 e desde então ficou conhecida no país por produzir automóveis para o alto escalão do Partido Comunista Chinês. Mesmo assim, a marca não escapou de ter algumas bizarrices, como um projeto que unia a carroceria do Audi 100 com motores da Chrysler.
Mas essa fase ruim passou e um dos seus projetos mais recentes é o sedã H9. Trata-se de um modelo de luxo com porte de BMW Série 7 e que pode ser equipado com um motor 2.0 híbrido-leve de 252 cv ou um 3.0 V6 de 283 cv. Ambos são combinados com um câmbio automatizado de sete marchas e dupla embreagem.
A Tank é uma marca da Great Wall Motors voltada para a produção de SUVs de luxo. Um dos modelos mais impressionantes da linha é o 500, apresentado no ano passado.
Com chassi convencional e quase 5 m de comprimento, o SUV de grande porte pode ter um motor V6 a gasolina híbrido-leve ou um conjunto motriz híbrido convencional composto por um propulsor elétrico e um 2.0 turbo. Leva até sete passageiros com muito luxo.
Se o Qiantu K50 não estivesse nesta lista de carros chineses, certamente você diria se tratar de um esportivo feitos por algum pequeno fabricante europeu. Pois desde 2018 o modelo é feito pela chinesa Qiantu Motors, baseada na cidade de Suzhou.
O K50 é um cupê de linhas arrojadas e carroceria em fibra de carbono. O conjunto mecânico é formado por dois motores elétricos com potência conjunta de 381 cv, que permitem ao esportivo acelerar de zero a 100 km/h em 4,6 segundos e rodar até 380 quilômetros com uma carga de bateria.