Jetta GLI: 3 razões para comprar e 3 para não ter

Sedã esportivo é um dos remanescentes da categoria e ganhou atualizações há poucos meses. Vale fechar o negócio?

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André Deliberato
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Você que gosta de carros deve conhecer o Volkswagen Jetta GLI, um sedã com pegada esportiva, lista de equipamentos recheada e um dos remanescentes do segmento médio de três-volumes no Brasil.

Hoje, ele custa R$ 215.230 e vive sozinho no mercado brasileiro, em uma faixa de preço onde a maioria dos emplacamentos é de SUV.

Seu rival mais próximo é o Toyota Corolla, híbrido com proposta bem diferente - apesar de ser sedã -, que custa entre R$ 147.790 e R$ 191.790; e o Chevrolet Cruze, que custa muito menos (atualmente, R$ 142.950). O Honda Civic poderia (deverá!) ser outro concorrente, mas só deverá voltar ao país no começo de 2023.

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Para te ajudar a saber se vale ou não a pena investir no Jetta GLI, reunimos abaixo três razões para comprar e três para "passar" o sedã. Confira também o vídeo do nosso teste logo aqui em cima.

Razões para comprar um Jetta GLI

1. Esportividade à flor da pele

É um esportivo legítimo. Ronca legal - mas só para quem está lá dentro, já que as novas leis de emissões e ruídos do Proncove L7 proibiram o ronco legítimo do lado de fora -, sabe fazer curva como poucos carros dessa faixa de preço e freia como ninguém, mesmo pesando 1.476 quilos.

O Jetta GLI usa motor 2.0 turbo a gasolina de 231 cv e 35,7 kgf.m de torque, acoplado a uma caixa de câmbio automatizada de sete marchas e dupla embreagem (banhada a óleo). Faz de zero a 100 km/h em 6,7 segundos e chega a 249 km/h de velocidade máxima.

2. Espaço interno excelente

O carro também é grande. Com 4,75 m de comprimento, 1,80 m de largura e 1,48 m de altura, oferece bons 2,68 m de entre-eixos e porta-malas com 510 litros de capacidade - mais generoso que o oferecido pela maioria dos SUVs médios vendidos nessa faixa de valor.

3. Seguro e completo

O carro também é muito bem recheado e tem o nível máximo de segurança oferecido por um modelo da Volkswagen no Brasil.

Vem com sistemas semiautônomos de condução - que inclui controle automático de velocidade com função Stop & Go, sistema de frenagem autônoma de emergência, frenagem automática pós-colisão e detector de fadiga - e com todos os equipamentos de segurança básicos para um carro desse preço, como seis airbags e freios ABS com EBD.

Na parte de conveniência, tem quadro de instrumentos digital; ar-condicionado com duas zonas; VW Play com conexão para CarPlay e Android Auto sem fio; teto solar; chave presencial e carregador de celular sem fio, além de conexão Wi-Fi via smartphone e um sistema de HD interno com 10 GB de capacidade.

Motivos para não comprar um Jetta GLI

1. Preço

É fato que por R$ 215 mil o Jetta cobra muito menos do que outros sedãs com proposta e nível de esportividade parecidos, como os modelos de marcas premium - e aí falamos de Audi A3, Mercedes-Benz Classe A de nova geração e BMW Série 3, entre outros.

Mas também sabemos que não é tão simples pagar R$ 215 mil em um carro de uma categoria que está, digamos, fadada a deixar de existir nos próximos anos - afinal não temos como vencer a discussão de que os SUVs em breve dominarão de vez todo tipo de segmento de veículos com proposta familiar.

2. Consumo

Ele bebe legal. Segundo registros oficiais, o Jetta faz 9,9 km/l na cidade e 12,2 km/l na estrada com gasolina - não é flex. Porém esses números são aqueles oficiais, em que a medição é feita com o ar-condicionado desligado e em condições extremas de rodagem.

Na prática, ele consome muito mais. Em nossos testes, ficou quase sempre na casa dos 5,5 a 6 km/l na cidade. Mas, vale o alento: na estrada, com ar ligado, a 100 km/h, ele atingiu 12 km/l.

3. Projeto defasado

Também é fato de que o Jetta já tem projeto datado. Essa geração é de 2018, e embora seja feita sobre a estratégia modular MQB - e tenha sido remodelada recentemente -, já tem cinco anos de "vida".

E vale lembrar que lá fora o Golf já possui uma nova geração, o Golf 8 - que já tem mais de dois anos e até hoje não apresentou uma derivação sedã que poderia significar um futuro para a história do Jetta.

Embora isso não signifique nada para os mercados brasileiro e mexicano - de onde o sedã vem importado - e que o Jetta seja um carro para um público de nicho, vale registrar que muito provavelmente o sedã deixará de ser fabricado e vendido pela marca nos próximos anos, justamente pelas novas regras que decidirão o futuro dos carros com motor a combustão.

Sedã tem proposta esportiva: com motor 2.0 turbo, acelera de zero a 100 km/h em 6,7 segundos
Crédito: Ricardo Rollo/WM1
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