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Gasolina tem validade?

Combustível tem prazo de validade, assim como etanol, diesel e diversos outros fluidos de um veículo. Veja o que fazer

por André Deliberato

Sim, gasolina tem validade, assim como o diesel e o etanol. Então, se o seu carro ficou muito tempo parado e você não deu partida uma vez sequer, tome cuidado.
Acredite, seu combustível pode estar fora do padrão correto para uso. Não só ele, mas também outros fluidos do veículo (seja um automóvel, moto, ônibus, caminhão, enfim) - e ainda os pneus.
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Entre todos os itens citados, os que têm menor validade são os combustíveis. Não existe prazo exato, mas, segundo especialistas, três meses é o tempo limite da gasolina, seja comum ou aditivada.
Uma série de fatores contribui para sua degradação, como temperatura, umidade e contato com metais.
Se você deixar o carro parado na rua, por exemplo, certamente sua gasolina vai se desgastar mais rapidamente do que se estivesse dentro de uma garagem coberta.

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Já a gasolina premium, de acordo com os especialistas, tem o dobro da "validade" da gasolina comum. É um combustível que pode ficar até seis meses parado sem perder seu poder de explosão, justamente pelo maior nível de octanagem - exatamente por isso que é recomendada para carros com tanquinho para partidas a frio.
Independentemente de qual seja o tipo de gasolina, se você se encontrar nessa condição, o certo a se fazer é esvaziar o tanque e abastecer novamente para poder rodar sem maiores preocupações.
È até possível rodar com a gasolina velha, mas a prática, se feita com regularidade, pode danificar várias partes do sistema de injeção e do motor.

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Já quem deixou o carro parado com etanol pode ficar um pouco mais tranquilo, já que a validade do combustível vegetal é maior que a da gasolina.
Segundo Eduardo Buarque de Alcazar, especialista da BR Distribuidora, o etanol não tem um prazo determinado de deterioração por ser mais resistente ao tempo.
Contudo, não está imune. "Dependendo das condições ambientais, como temperatura, o etanol pode absorver umidade do ar, o que certamente piora sua qualidade", alerta.
Já o diesel "estraga" mais rápido justamente por ser o mais sensível à umidade. "O diesel pode ser contaminado por micro-organismos, o que pode provocar até formação de borra", explica Alcazar. O recomendado é que o óleo não fique sem uso por mais de três meses.
Tabela: O tempo de validade dos combustíveis

Outros fluidos

Fique atento: não são só os combustíveis que são considerados perecíveis em um automóvel. Fluidos de motor, câmbio e outros componentes também têm vida útil e precisam ser trocados.
"Fluidos são perecíveis porque têm aditivos, que vão perdendo suas características com o tempo, mas que são essenciais para manter a viscosidade e funcionalidade do componente. Às vezes, precisamos trocá-los mesmo sem uso", explica Ricardo Dilser, assessor técnico do Grupo Stellantis.
O óleo lubrificante do motor, principal, precisa ser trocado a cada seis ou 12 meses, independentemente da quilometragem. O fluido do sistema de arrefecimento - o famoso radiador - também precisa ser renovada periodicamente, porque o tempo sem uso o torna incapaz de cumprir suas funções.
Mais um fluido que sempre precisa de revisão é o do sistema de freios, principalmente por ser de um componente diretamente ligado à segurança dos ocupantes. Felizmente é fácil descobrir qual é a validade de todos esses óleos: basta olhar no manual do proprietário.
Há mais dois fluidos que precisam de manutenção: o das caixas de câmbio e do sistema de direção hidráulica ou eletro-hidráulica.
São fluidos que podem não precisar de troca em um período de poucos meses, mas isso varia de acordo com o veículo e tipo de óleo. Para saber, novamente, consulte o manual.

Pneus

Até os pneus têm validade, mesmo que - acredite -, estejam aparentemente em boas condições e não tenham sido utilizados. Mas o período é muito maior: 10 anos.
"Recomenda-se que todos os pneus (inclusive estepes) que foram fabricados há mais de 10 anos sejam substituídos por novos", adverte, por exemplo, a Bridgestone.
Segundo a empresa, pneus devem ser trocados mesmo se a aparência ou profundidade dos sulcos da banda de rodagem não indicarem desgaste.
Mesmo armazenados, eles ficam expostos a condições não controláveis de umidade, temperatura, luz, ozônio, produtos químicos e outros fatores que influenciam em seu envelhecimento.
Quer descobrir a data de fabricação do pneu? É simples: ache um conjunto de 11 dígitos gravados na lateral. Os quatro últimos números informam a semana e o ano de produção.
Um pneu que tenha a sequência com final "3019", por exemplo, foi fabricado na 30ª semana de 2019. Esses dígitos recebem o nome de "DOT", sigla de "Department Of Transportation", órgão regulador dos EUA.

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