Longarina ou monobloco: entenda as diferenças

Muita gente ainda confunde ou sequer sabe que são tipos de montagens distintos. Vamos explicar cada um e dar exemplos

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André Deliberato
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Você já deve ter ouvido falar - ou lido aqui no WM1 - sobre carros montados sobre chassis do tipo longarina ou com carroceria monobloco.

Aqui, um adendo: popularmente, o carro feito sobre longarinas é chamado só de "chassis", enquanto o que tem estrutura monobloco (que, afinal, também tem um chassi por baixo) não tem adjetivação diferente da que conhecemos.

Vamos começar pelo mais fácil: carros com monobloco. A maioria dos automóveis de passeio no país atualmente é montada com esse tipo de estrutura que, como o nome diz, une assoalho, laterais e teto em uma peça única - chamada de monobloco.

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Longarina ou monobloco: entenda a diferença

O monobloco tem um processo de construção mais moderno. A vantagem é a redução de peso (que permite que o veículo seja mais dinâmico) e de custos.

Já o carro montado sobre chassis é projetado para ter peças "separadas" da carroceria. Nesse caso, a parte inferior se torna uma espécie de "espinha dorsal".

Dessa maneira, as outras seções do carro - como a carroceria ou a caçamba, por exemplo - são acopladas ao chassi e ficam apoiadas no que chamamos de longarinas, nome das travessas paralelas que ficam na extensão do chassi.

Trata-se, de fato, de um processo de construção mais antigo. Mas a vantagem é que esse formato garante redução na possibilidade de trincas na estrutura, uma vez que esse tipo de montagem é mais utilizado por carros pensados para levar carga e que precisam "aguentar o tranco".

Chevrolet Onix Plus é construído com monobloco. Toda a carroceria é composta por uma única peça
Crédito: Divulgação
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Vamos exemplificar: o Chevrolet Onix Plus, por exemplo, é um carro montado com carroceria monobloco. Assoalho, laterais e teto são todos formados por uma peça única, como podemos ver nas imagens acima.

Já uma Chevrolet S10 ou um Trailblazer são exemplos de veículos feitos sobre longarinas: eles têm um chassi fixo, com cabine, e o restante é acoplado depois - a caçamba, no caso da picape, e o corpo de utilitário, no SUV.

Mas é importante lembrar que isso começou a mudar de alguns anos para cá. Afinal, muitas picapes e SUVs passaram a ser construídos em monoblocos - obviamente, a fim de reduzir custos.

Repare que há uma divisão após as portas traseiras e o começo da caçamba na S10
Crédito: Divulgação
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Acredite: isso é tendência. A tecnologia de construção atual dos automóveis é tão avançada que há cada vez menos risco de trincas ou problemas na estrutura, mesmo que o uso seja em condições extremas - esse é o caso da Fiat Toro, por exemplo, que é construída sobre monobloco na mesma plataforma de Jeep Renegade e Compass. E que, mesmo assim, pode ter tração 4x4.

Especialistas no uso off-road, no entanto, garantem que, até hoje, nenhum carro do tipo monobloco conseguiu atingir a mesma capacidade no extremo uso fora-de-estrada que modelos consagrados feito sobre chassi com longarinas.

Mas a tecnologia, cada vez mais impressionante, está aí para nos surpreender, certo? A maior prova disso é que o atual Land Rover Defender, um dos maiores ícones da história nesse aspecto, deixou de lado uma estrutura sobre chassis e o motor turbodiesel para adotar nesta nova geração uma base do tipo monobloco e um propulsor turbo a gasolina.

Será o fim do conceito de construção mais antigo?

Land Rover Defender abandonou estrutura sobre chassi e motor turbodiesel: é monobloco e a gasolina
Crédito: Divulgação
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