Quais os tipos de medição de consumo que existem?

Levantamos os principais tipos de padronizações de medições e detalhamos um a um para você não confundir mais

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André Deliberato
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Vira e mexe você vê aqui no WM1 que carro X ou Y são capazes de percorrer determinado número de quilômetros com um tanque de combustível. Esse dado é chamado por fabricantes de “autonomia”.

Ou que o carro elétrico da marca Z pode ter alcance — nesse caso, também sinônimo de autonomia — de tantos quilômetros de acordo com ciclo ABCD.

É aí que entra a pauta desse texto: que ciclos são esses? Como eles são medidos? Abaixo, listamos os cinco mais conhecidos para que você não tenha mais dúvidas.

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São vários os padrões existentes no mundo para medir o consumo de um veículo
Crédito: Divulgação
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Os tipos de medição de consumo que existem

1. WLTP (Europa)

É o ciclo mais comum utilizado pelas fabricantes na Europa. Ele é composto por uma somatória de quatro estudos, ou seja, por quatro fases: de baixo rendimento, médio, alto e ultra alto.

A velocidade média é de 47 km/h. Já a máxima é superior a 130 km/h.

A temperatura da câmara onde o teste é feito é de 23°C. O procedimento total tem 23 quilômetros e demora cerca de 30 minutos.

O peso do carro e seus equipamentos são considerados na análise. É usado desde 1º de setembro de 2017.

2. ⁠EPA (EUA)

Esse é mais difícil de ser divulgado porque leva mais em conta o modo de condução do motorista norte-americano — muito mais estradeiro do que urbano.

O EPA é composto por duas fases: urbana e rodoviária. Ambas simulam condições típicas. Na cidade, média de 34,2 km/h e máxima de 56,3 km/h; na estrada, média de 88,5 km/h, e máximas que variam entre 96,5 km/h e 113,5 km/h, dependendo do carro.

Ele também mede o consumo de energia dos carros elétricos em unidades equivalentes a quilowatt-hora por 100 quilômetros (kWh/100 km).

A autonomia é calculada com base no consumo estimado durante o ciclo e as características do veículo, como capacidade da bateria e sua eficiência energética.

3. NEDC (Europeu)

Esse é o procedimento harmonizado aplicado a veículos de passageiros e comerciais considerados ligeiros. Foi introduzido em 1991 pela União Europeia para determinar o consumo de combustível e emissões específicas e fornecer valores comparáveis.

A temperatura da câmara de teste fica entre 20°C e 30°C, a distância percorrida é de 11 quilômetros e o ciclo demora 20 minutos.

É composto por duas fases: 13 minutos de condução urbana e sete de análise feita fora da cidade. A velocidade média é de 33 km/h e a máxima é superior a 120 km/h.

4. CLTC

O CLTC é chinês e realizado em laboratório com carros elétricos que estejam com bateria totalmente carregada — sempre com um dinamômetro e sob condições controladas de temperatura, umidade e pressão. Ele nasceu para substituir o antigo ciclo CATC, que era baseado no NEDC.

O ciclo se divide em várias fases que representam os tipos de condução naquele país, incluindo em áreas urbanas, suburbanas e rodovias.

São três propostas de velocidades: baixa, média e alta. A certificação vem da China Automotive Technology and Research Center (CATARC).

5. PBEV

Esse é o nosso, feito e padronizado pelo Inmetro. É o acrônimo de Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular.

Seu intuito é informar consumidores, por meio da etiquetagem, os dados claros e objetivos sobre o consumo de combustível e emissões de CO2 dos automóveis, além de dar estimativas de autonomia de carros eletrificados — nesses casos, a etiqueta tem informações sobre o consumo de acordo com ciclos próprios do PBEV.

Esses ciclos também são realizados em laboratórios com foco em simular as condições reais de uso. O teste de autonomia é baseado na metodologia da EPA, mas com mais rigor em comparação aos outros ciclos.

Em média, o PBEV prevê correção de aproximadamente 30% sobre resultados obtidos em laboratório, com objetivo de dar ao cliente o número final em condições de uso mais realistas.

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