Os rótulo das embalagens dos óleos lubrificantes deve ser lida com atenção, pois trazem uma série de informações importantes. A lista inclui a base do produto, sua aplicação e para quais modelos ele pode ser mais - ou menos - indicado.
Atualmente há uma grande variedade de óleos sintéticos, semissintéticos e minerais no mercado. Mas, além dessa divisão, é possível identificar uma série de aspectos dos produtos nas embalagens.
Fizemos uma lista com as informações que podem ser identificadas nos rótulos que, certamente, te ajudarão a escolher o melhor lubrificante para o seu carro. Com isso, você evita problemas para o seu carro e, por consequência, despesas para o seu bolso.
A primeira informação é a base do produto. Normalmente essa característica, que pode variar entre as três categorias mencionadas acima (sintético, semissintético e mineral), fica posicionada próximo ao nome do óleo.
A diferença entre os três tipos está na composição. Enquanto o óleo mineral é totalmente composto por uma mistura à base de minerais, o sintético é 100% industrializado e projetado para proporcionar maior pureza e durabilidade.
Já o semissintético é uma mistura dos dois tipos e, numa escala de desempenho, se posiciona acima do mineral, mas não alcança as capacidades do sintético. Por isso, seu custo costuma ser menor comparado ao sintético e maior do que o pedido pelos aditivos minerais.
Os óleos podem ter ainda três classificações e uma certificação. A primeira é a SAE (Society of Automotive Engineers), que qualifica o óleo pela viscosidade. Já a segunda classificação, chamada de API (American Petroleum Institute), avalia os níveis de desempenho dos óleos lubrificantes e os divide em duas categorias, que variam dependendo do motor do carro.
A ACEA (European Automobile Manufacturers Association), órgão responsável por desenvolver as especificações dos lubrificantes na Europa, também avalia o desempenho do óleo e define padrões mínimos de eficiência.
A classificação da instituição europeia é feita respeitando uma subdivisão por segmentos: pesados movidos a diesel, leves movidos a diesel e gasolina e leves movidos a diesel com pós-tratamento de gases.
Por último, há também a certificação ILSAC (International Lubricant Standardization and Approval Committee), que é concedida aos lubrificantes que atingem os padrões mínimos exigidos para os lubrificantes nos Estados Unidos e no Japão.
Por último, as embalagens costumam trazer especificações e indicações das próprias montadoras. Essa informação pode ajudar o motorista a decidir entre as opções no mercado. Aliás, o próprio manual do proprietário de cada veículo costuma trazer a indicação para óleo lubrificante.
As embalagens dos lubrificantes vendidos no Brasil sempre trazem, também, uma sigla depois do "API". Por exemplo, SL, SM, SN. O que isso significa? Simples: são são índices que classificam o tipo de óleo de acordo com suas propriedades, segundo a API.
Quanto mais distante a segunda letra estiver do "A" no alfabeto, mais desenvolvido e recente é o produto - e mais aditivos ele tem. Por exemplo: um óleo API SN é superior a um API SL ou SM, e tem um desempenho muito melhor.
Além disso, também há as combinações de letras e números que formam outra sigla. É o caso de "10W40", "15W30", "5W40" e por aí vai.
O que essa sigla significa? Os números indicam o grau de viscosidade do óleo de motor. O primeiro, "20" é equivalente à viscosidade em temperaturas baixas, por isso o "W" logo depois - de "winter", ou inverno em inglês. Já o o segundo, "50", alude à viscosidade em altas temperaturas.
E qual é a diferença entre um óleo 15W40 e um 20W40, por exemplo? Em temperaturas frias, ou quando um motor é ligado, o 15W40 é mais fino que 20W40. E um óleo mais fino flui mais livremente e lubrifica mais rapidamente, ao contrário do óleo mais espesso.
Já a segunda letra indica a viscosidade em altas temperaturas. Então um "50" será mais viscoso que um "40". Ficou fácil de entender?
Cada veículo necessita de uma uma viscosidade de óleo específica, de acordo com o tipo de motor, uso, quilometragem e temperatura ambiente. Por isso é importante seguir a indicação que está no manual do proprietário - é o óleo mais indicado para seu veículo de acordo com os critérios mencionados acima.
Vale destacar que não é preciso usar o óleo da marca indicada pelo fabricante do veículo. Porém, é importante obedecer à especificação (API SL 20W50, por exemplo).
Outra dica: você pode usar óleo de especificação superior, mas nunca de especificação inferior. Então se o indicado para o seu veículo é um óleo SL, você pode usar um SM ou SN.
1. Não misture óleos de bases diferentes: ou é mineral, ou é sintético ou é semissintético - sem mistura!
2. Não use óleo mineral em motor que deve usar óleo sintético
3. Se vai aenas completar. mão misture óleos com índices SAE e API diferentes. As especificações devem ser sempre iguais.
4. Troque sempre no prazo indicado no manual. Se não for possível, não exceda a tolerância de 1.000 quilômetros após o limite.
5. Não use óleo de má qualidade. Então, não use o preço como único critério.
6. Os motores modernos são pequenos, mas geram mais potência que os grandes e antigos. Então, atingem temperaturas mais altas e exigem lubrificação perfeita.
8. Não limpe a vareta de medição do óleo com estopa: ela pode deixar resíduos que vão contaminar o óleo. Use papel absorvente nas trocas e verificações.
9. Não use aditivos complementares nos óleos: eles podem reagir com o composto do óleo, que já têm aditivos em sua composição, e prejudicar prejudicar suas propriedades de lubrificação.
10. Atenção especial na hora de fechar o bujão (parafuso do dreno do cárter). Não deve ficar frouxo nem receber aperto demais, para que não deixe vazar óleo.
11. Sempre que trocar o óleo, troque o filtro do óleo - ele sempre tem em seu interior resíduos do óleo antigo e não trocá-lo fará com que os óleos novo e velho se misturem.
12. Ao trocar o óleo do carro, o nível deve estar sempre entre as marcas mínima e máxima indicadas na vareta. Óleo em excesso causa danos, assim como óleo a menos.
*colaborou Roberto Dutra
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