Com a popularidade e o leque de opções cada vez maiores, muitas dúvidas surgem sobre como dirigir carro automático e até mesmo sobre as suas funcionalidades. Qual o significado de cada letra? Posso usar o pé esquerdo para frear? Quais as diferenças entre os câmbios de um modelo para outro?
Além de responder essas e outras dúvidas, vamos mostrar que pode ser mais fácil do que parece dirigir esses modelos. Até hoje tinha dúvidas e não sabia se valeria a pena ou não ter um modelo com essa transmissão? Então confira aqui tudo sobre câmbio automático.
Quem está habituado com o câmbio manual, estranha entrar em carros automáticos e encontrar letras no lugar do desenho com os números. Para ajudar, vamos explicar qual é o significado de cada uma delas:
Essas são as posições padrões, que você irá encontrar, independentemente do veículo com transmissão automática. Mas ainda é possível ter outras opções, determinadas por letras e números.
Quando houver números, significa que aquela transmissão permite limitar o câmbio até determinada marcha. Ou seja, o 1 permite andar apenas na primeira marcha, 2 até a segunda e 3 limita até a terceira.
Já as outras letras que podem aparecer são: L ou S. A primeira significa “low” e costuma ser utilizada quando o veículo está sobrecarregado, assim, com relações encurtadas, o motor trabalha com mais força. Enquanto o S remete a “sport” e é utilizado para priorizar o desempenho em modo esportivo, geralmente estica as relações e faz as mudanças em rotações mais altas.
Essa é uma dúvida muito comum. Há quem prefira utilizar os dois pés, sendo o direito para acelerar e o esquerdo para frear e, o mais comum, utilizar apenas o pé direito para a dupla função. Não existe certo ou errado e não há nenhum tipo de proibição de acordo com o CTB (Código de Trânsito Brasileiro).
Porém, se você é uma pessoa habituada com carros manuais, saiba que utilizar apenas o pé direito será bem mais prático. Justamente por isso os modelos automáticos disponibilizam um descanso para o pé esquerdo ao lado dos pedais.
Já quem opta por utilizar os dois pés, saiba que será necessário uma adaptação. Como o nosso cérebro está acostumado a pressionar o pedal com o pé esquerdo até o fim, por conta da embreagem, ao utilizar ele em carros automáticos para frear, será comum ter freadas bruscas - e até perigosas.
Um modelo de transmissão manual será sempre igual, o que pode mudar é o número de marchas. Já o carro com câmbio automático possui duas opções: automática e automatizada. Confira como funciona cada uma delas.
Nesta opção a embreagem deixa de existir e as engrenagens são feitas de maneira natural após a pressão no fluido hidráulico, sem a interferência do motorista. Entre as suas variações, além da automática convencional, existe o câmbio do tipo CVT (continuamente variável), com relações infinitas, normalmente com desempenho gradual e sem trancos.
Diferente das duas anteriores, a automatizada mais refinada tem dupla embreagem, uma dentro da outra - mas sem pedal, acionadas por um robozinho. Assim, funciona como um câmbio manual que efetua as trocas de marchas de forma eletrônica — o que poupa o trabalho do motorista.
Como tem duas embreagens, enquanto uma marcha é acionada, a outra já está pré-engatada. Isso faz com que as mudanças sejam suaves e ágeis.
Existe também a automatizada comum, presente em versões iniciais de alguns modelos mais populares. Ela atua de forma bem semelhante, porém com uma única embreagem na transmissão. Por isso, não tem o nível de conforto e agilidade da de dupla embreagem, e costuma dar muitos trancos.
Mesmo com toda a popularidade atual dos modelos com câmbio automático, é comum ouvir algumas pessoas dizerem que carros automáticos tiram a autonomia dos motoristas e, por isso, preferem veículos com transmissão manual.
No entanto, vale dizer que existem muitos modelos automáticos que vêm com opção de troca de marchas no modo sequencial. Porém, em vez de ter uma manopla, o acionamento é feito por movimentos para a frente ou para trás na própria alavanca. Ou ainda por botão ou borboletas no volante — pode variar de acordo com o modelo.
A troca de marchas manual no modelo automático costuma ser boa opção quando o motorista precisa de uma arrancada ou retomada mais forte do veículo. Para voltar ao modo automático, alguns modelos retornam sozinho.