A Anfavea, em parceria com a Webmotors, divulgou a pesquisa de intenção de compra do cliente brasileiro para os próximos seis meses em uma live no Youtube, apresentada por Luiz Carlos Moraes, presidente da entidade, e Rafael Constantinou, Diretor de Marketing, Comunicação e Product Design da Webmotors. E o resumo foi o seguinte: o consumidor quer trocar de carro ainda este ano.
Segundo o estudo, 7 a cada 10 brasileiros planejam trocar de carro ainda em 2021. Foram 4.240 pessoas entrevistadas entre 10 e 14 de junho, sendo a maioria homens da região Sudeste do país, com idade entre 36 e 45 anos. Destas mais de 4,2 mil pessoas, cerca de 3,2 mil querem fazer negócio. E dentro desses pouco mais de três mil, 74% (aproximadamente 2.350 pessoas) já têm carro.
Questionados sobre quando seria o melhor momento para trocar de carro, 21% citaram o mês de junho; 20% dos entrevistados afirmaram que têm planos para os próximos seis meses; 13% disseram que fariam negócio este mês; 19% revelaram que fechariam a compra nos próximos três meses; 19% acabaram dizendo que deixariam a compra para 2022 e outros 8% responderam que desistiram.
Na soma, 73% dos participantes alegaram que querem concluir a compra até o final do ano. Também questionados sobre quais seriam os motivos que dificultariam a aquisição, 58% dos que responderam disseram ser o preço dos carros, que estão muito altos, e 29% culparam as altas taxas de juros.
E o que motivariam a decisão? Segundo 44% dos entrevistados pela Webmotors, um bônus no valor do carro usado (ou pelo menos o pagamento de 100% do valor do veículo na Tabela Fipe) seria o mais atraente; 40% preferem a redução nas taxas de juros; 32% acreditam que seria mais viável a redução de impostos (como IPI e ICMS) e 31% esperam por melhores condições de financiamento.
Além dessa turma, outros 14% acham mais conveniente começar a pagar o carro novo em 2022 e os outros 8% afirmaram que fariam negócio se a venda fosse online.
Agora fique atento para um detalhe interessante: das cerca de 3,2 mil pessoas entrevistadas que já têm um carro, 86% (aproximadamente 2.700 pessoas) buscam por veículos usados - só 14%, por volta de 500 pessoas, pensam em um carro zero km.
O esquema de carros por assinatura não agrada tanto. Segundo o estudo, 64% dos cerca de 3,2 mil entrevistados (aproximadamente 2 mil pessoas) não deixariam de comprar um modelo novo para fazer assinatura; outros 29% (mais de 900) provavelmente assinariam e 7% (mais de 200) com certeza fechariam o esquema. Ou seja, mais de 1.100 pessoas de 3,2 mil topariam esse tipo de negócio.
A carroceria mais desejada, como não poderia deixar de ser, é a de SUV. Para este segundo semestre, 39% dos questionados desejam um utilitário; 29% procuram um sedã; 16% querem um hatch e 13% buscam por uma picape - os outros 3% pretendem comprar outro tipo de carro.
Das 4.240 pessoas entrevistadas pelo estudo, cerca de 1.000 (25%) não possuem carro hoje em dia. E eles responderam às mesmas perguntas. Desse total, 80% (ou 800 pessoas) querem fechar negócio ainda em 2021. A intenção da maior fatia é fazer a aquisição entre os próximos três ou seis meses (16% cada), justamente os maiores índices na pesquisa.
O que impede? O preço alto dos carros fala novamente mais alto: 63%. Os valores altos das taxas de juros (37%) e o alto valor cobrado como entrada para fazer um financiamento (26%) são os outros dois grandes impeditivos. Ações que motivariam a compra? Melhores condições de financiamentos (46%); redução nas taxas de juro (45%) e redução de impostos, como IPI e ICMS (34%).
Usados reinam entre os entrevistados que ainda não têm carro - 94% dos participantes disseram que olham para ofertas de seminovos em vez de promoções de veículos zero-quilômetro. Ao todo, 44% deles pretendem fazer financiamento parcial; 27% pensam em comprar o carro à vista; 21% querem fazer um financiamento total e 8% estudam a ideia de participar de leasing ou consórcio.
Assinatura? Dos 1.000 que não têm carro, 59% não fariam; 32% provavelmente assinariam e 9% com certeza fariam parte do esquema. A carroceria mais desejada muda: hatches com 36%; sedãs com 34%; SUVs com 20%; picapes com 6% e outras com o acúmulo de 4%.
Curiosidade: das mais de 4,2 mil pessoas entrevistadas, 72% preferem carros com motor flex; 13,5% procuram por modelos a gasolina; 7,5% querem veículos movidos a diesel e 2,5% almejam unidades com GNV. Híbridos correspondem a 3,5% e elétricos, a 0,55%.