O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que a mistura de etanol na gasolina pode subir de 27% para 30%. O anúncio foi feito na última semana, no dia 28/4, durante a 6ª edição da Abertura da Safra Mineira da Cana de Açúcar, em Uberaba, Minas Gerais.
Vale ressaltar que a última vez em que o percentual de etanol na gasolina aumentou foi em 2015, através de resolução do Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool (Cima). Na ocasião também foi mantido inalterado o teor de 25% de etanol anidro na gasolina premium, de alta octanagem.
“Vamos trabalhar para aumentar o teor de etanol na gasolina para 30%. Isso deverá acontecer, de maneira gradual com previsibilidade e transparência. Vamos fazer, junto com a indústria automotiva e o setor produtivo de etanol, essa avaliação técnica para dar segurança aos consumidores”, disse Alexandre Silveira durante a abertura da Safra Mineira de Açúcar e Etanol.
Essa eventual mudança na mistura de etanol na gasolina se deve à possibilidade de que os preços de combustível permaneçam em alta no mercado devido à chegada da entressafra.
Além disso, o Ministério de Minas e Energia deve envia um projeto de lei que cria o Programa Combustível do Futuro. Essa ação pretende estabelecer um novo marco para o setor de biocombustíveis, que levará incentivos para a indústria automobilística de veículos flex híbridos e à produção de bioquerosene de aviação.
“O primeiro passo é conversar com a indústria automobilística para avaliar se haverá ou não impacto sobre os motores. Se não houver, o governo poderá fazer esta alteração como já se fez no passado. De fato, a vantagem é a diminuição da importação de gasolina. E tem tem o aspecto ambiental. Se você for conferir as 20 maiores metrópoles com pior qualidade de ar, São Paulo não está lá e basicamente é por conta dessa mistura e do álcool hidratado”, disse Adriano Pires, comentarista de energia da CNN Brasil.
Para Haroldo Lima, diretor da Agência Nacional e Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o aumento do álcool nos postos de abastecimento é sazonal e a situação deve se normalizar em breve. Caso a pressão sobre valor do biocombustível persista, o governo vai avaliar a mudança no mix, apesar de descartar uma redução no curto prazo.
“Achamos que isso é uma coisa sazonal. No atual momento, em nossa avaliação sobre abastecimento, que é feita permanentemente, não estamos com dúvida sobre ameaça de desabastecimento. Em pouco tempo teremos a indicação. Se por acaso isso não acontecer (a acomodação dos preços) vamos tomar alguma iniciativa”, declarou Lima à Reuters.
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Com informações da CNN Brasil e Reuters Brasil.
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