Fiat Uno faz 40 anos: ainda vale a pena comprar?
Relembre a história do modelo, que foi lançado no Brasil em 1984, e veja duas versões especialmente interessantes
Pois é, o Fiat Uno está completando 40 anos. A primeira geração do modelinho foi lançada por aqui em 1984 e durou até 2013. Já a segunda surgiu em 2010 e saiu de linha em 2021 (ambas conviveram por um tempo). Nestes dois intervalos, o Uno fez parte da vida de muita gente - mais de 4 milhões de unidades foram produzidas -, viveu muitas histórias e teve várias versões bacanas.
Fiat Uno faz 40 anos: ainda vale a pena comprar?
E é nessas versões que vamos focar aqui, porque ainda há algumas que valem a pena ser levadas em conta por quem quer botar na garagem um carrinho simples, barato de comprar e de manter, e que resolve a mobilidade urbana.
Antes, uma pitada de história
O Fiat Uno chegou em 1984 e, apesar de sua simplicidade, teve um histórico de inovações. Desenhado pelo estúdio ItalDesign, do renomado Giorgetto Giugiaro, tinha maçanetas embutidas (na versão duas portas), estepe dentro do cofre do motor (ideia herdada do antecessor Fiat 147) e suspensão traseira com feixe de molas transversal (escolhida pela resistência).
Outros baratos do carro eram o espaço interno surpreendente apesar de seus 3,64 metros de comprimento e 2,36 m de entre-eixos, alguns comandos internos na altura do volante e o fato de ter sido o primeiro carro de grande volume a se beneficiar da legislação criada na época que beneficiava modelos com motores de até 1.000 cm³ com redução de IPI. Assim, o motor de 1.050 cm³ do 147 foi retrabalhado e "virou" 994 cm³. Os modestos 48 cv de potência e 7,4 kgf.m de torque levavam seus pouco menos de 800 quilos com honestidade. Outra curiosidade? O Uno foi o primeiro carro "popular" com quatro portas!
Versões bacanas das duas gerações do Fiat Uno
As duas gerações do Fiat Uno tiveram versões interessantes. O "antigo", por exemplo, teve o Uno Turbo - o primeiro nacional turbinado de fábrica. Sobrealimentado, o motor 1.4 entregava 118 cv de potência e 17,5 kgf.m de torque. Era um torpedo que quase chegava aos 200 km/h. Por fora, apêndices aerodinâmicos chamavam a atenção e revelavam que era uma versão mais apimentado.
O Uno também teve as versões Mille Way e Xingu. Eram quase a mesma coisa, e a diferença estava nas molduras das caixas de rodas e nas suspensões 4 cm mais altas. Se antes o Uno já era capaz de passar por estradas bem ruins, com esse plus virou quase um jipe - só faltava a tração 4x4!
O Fiat Uno "antigo" ainda teve as versões 1.4R, 1.5R, Mille Brio, Mille EP (de Extra Power, porque tinha 58 cv), Electronic (ignição digital no lugar do platinado), Mille Young, Mille Smart, Furgão, Economy 1.4 (remapeada, relação de diferencial mais longa, pneus de baixa resistência para reduzir consumo - 12,4 km/l na cidade e 14,6 km/l na estrada) e Grazie Mille, com 2 mil unidades (série especial de despedida), entre outras.
Já a segunda geração, que chegou em 2010 nas versões Attractive, Vivace e Way, depois ganhou as opções Sporting (com motor Fire Evo de 88 cv), Blue Edition e Ciao, limitada a 250 unidades como série de despedida.
Qual Fiat Uno vale a pena comprar?
Da primeira geração, sem dúvidas recomendamos a versão Mille Way. É o Uno Mille como conhecemos, mas com o belo reforço da suspensão mais alta. Isso torna o carrinho ainda mais valente e apto a passar por quase todo tipo de rua ou estrada. Não por acaso há inúmeros vídeos nas redes sociais mostrando o Uno passando por estradas de terra onde modelos mais modernos e até com tração 4x4 ficaram para trás.
Um Fiat Uno Mille Way 2010, por exemplo, custa em média R$ 22 mil a R$ 25 mil. Tem quatro portas, os acabamentos externos da versão Way, motor Fire flex 1.0 com até 66 cv de potência e 9,1 kgf.m, câmbio de cinco marchas e disposição para tudo - até escada no teto, se você quiser.
Já da segunda geração nossa dica é o estilo Uno Sporting. Tem todo o charme do "novo Uno" com aquelas três pintas lá na frente, mas é ainda mais estilo com seus detalhes em vermelho na grade dianteira, nas molduras dos faróis de neblina e no grandes adesivos que adornam as portas.
As rodas também são bonitas e, por dentro, o carrinho é bem completo - com direção assistida, ar-condicionado, som, ABS e airbags frontais. Na linha 2017, por exemplo, o motor é o 1.4 calibrado para entregar até 109 cv de potência e 14,2 kgf.m, números que sobram para empurrar seus 1.055 quilos. Para garantir a diversão, o câmbio é manual com cinco marchas, enquanto os pneus são 185/60 R15. Você consegue desfilar com uma belezinha dessas por menos R$ 50 mil.
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