Feliz do proprietário que consegue reunir num só carro conforto, espaço para cinco adultos no banco de trás e porta-malas generoso. Com essas qualidades, só partindo para um sedã grande, mas o porte avantajado pode ser um empecilho nas balizas e na garagem apertada da sua casa. Sendo assim, o Chevrolet Cobalt se sair muito bem!
Lançado no final de 2011 como modelo 2012, o sedã era oferecido em três versões: a básica LS que já saía de fábrica com ar-condicionado, direção hidráulica, rodas de aço de aro 15 estampada com calotas totais, mostrador digital, desembaçador traseiro, chave do tipo canivete com abertura à distância, trava elétrica das portas e porta-malas e banco do motorista com regulagem de altura; a intermediária LT, acrescida de airbag para motorista e passageiro volante com regulagem em altura, freios ABS com EBD, vidros elétricos (só nas portas dianteiras) alarme e acabamento diferenciado e a top de linha LTZ que adicionava rodas de alumínio, faróis de neblina, sistema de som com leitor para CD/MP3, Bluetooth e entrada USB, computador de bordo, espelhos retrovisores com regulagem elétrica e vidros elétricos para as quatro portas. Para todas as versões, a motorização ficava por conta do 1.4 de 102/97 cv, mas para o ano seguinte surgiram as opções do 1.8 de 108/106 cv e do câmbio automático de seis marchas, que preencheria a lacuna deixada pelo Astra. No final de 2013 chegava a linha 2014 cuja única mudança era a inclusão do sistema multimídia My Link - composto por uma tela de sensível ao toque de 7 polegadas que reproduz vídeos, fotos, músicas e conexão Bluetooth para celular - para a top LTZ. Ainda em 2013, o Cobalt nas versões 1.4 (com transmissão manual com cinco velocidades) e 1.8 (automática com seis velocidades) ganhava a primeira série especial denominada de Advantage e oferecida apenas na cor Cinza Mond. Entre as diferenças, havia bancos revestidos em couro, rodas exclusivas de liga leve aro 15 em tom escurecido, adesivos de coluna e retrovisores pintados na cor preta brilhante, emblema Advantage, molduras laterais, acabamento interno diferenciado etc.
A outra série especial do sedã, a Graphite, viria em 2015 e limitada em apenas 3.000 unidades. Baseada na top LTZ, se diferenciava da grade na cor preta brilhante, faróis com lentes escurecidas e lâmpadas Blue Vision, soleira em alumínio e exclusivas rodas de alumínio de aro 15.
DE OLHO NA COMPRA
Ele é espaçoso e está entre os preferidos pelos taxistas, graças ao excelente espaço interno e o generoso volume do porta-malas de 563 litros. O visual é polêmico, há quem goste e quem deteste, mas seu custo-benefício acaba falando alto na hora da decisão. O câmbio bem escalonado e de engates suaves, voltado para o conforto privilegia àqueles que gostam de dirigir, porém a letargia do motor 1.4 para seus 1.072 kg pesam bastante se a intenção é comprar um sedã econômico para rodar na cidade. Segundo alguns relatos de proprietários, as médias no perímetro urbano chegam a 5,5 a 6,5 km/l no etanol. Porém na estrada, as médias apontadas são de 9,9 a 10 km/l.
No mercado de usados, é “figurinha carimbada” e seu visual ainda é de carro novo, apesar de ter passado por uma leve reestilização recentemente. A versão mais fácil de ser encontrada é a LT que já vem bem equipada com ar, direção, vidros (só dianteiros) e travas com acionamento elétricos, freios ABS com EBD e duplo airbag, entre outros itens e que pode ser encontrada com preços que variam entre R$ 30.000 e R$ 35.000, considerando os modelos do primeiro ano de lançamento 2012. A dica é dar preferência para as versões 1.8, produzidas a partir de 2013, mas não espere um consumo moderado, sobretudo nas versões com câmbio automático de seis marchas que apontam a média de 7 km/l na cidade e 9,8 km na estrada.
Por ser um modelo ainda novo, o Cobalt não apresenta muito problemas crônicos, mas um deles merece muita atenção. Em 2013, a GM realizou uma “campanha interna” para a substituição das travas de válvulas de admissão e escapamento devido à falta de tratamento térmico destas peças pelo fornecedor, o que poderia interferir na durabilidade dos componentes dos motores 1.4 e 1.8 do Cobalt. Alguns proprietários, ao fazer a revisão dos 10.000 km foram surpreendidos com o aviso para a substituição do componente defeituoso – mesmo sem perceber nenhuma anomalia - e que se tratava de um “atendimento especial”. Acontece que em alguns casos, a maioria com carros com menos de 10.000 km, essas peças defeituosas impediam o funcionamento adequado, correndo o risco de quebrar e consequentemente afetar o funcionamento do motor. Os sintomas eram a perda súbita de potência. Nesse caso, vale a pena verificar se o “recall branco” foi realizado.
Os ruídos também costumam incomodar como o do conjunto da suspensão dianteira. O problema pode ser nas folgas das bieletas da barra estabilizadora. Outros itens importantes que merecem atenção estão nos recalls que o sedã já passou como o da substituição do pedal do freio (modelos 2011 e 2013), inspeção e eventual troca do filtro de combustível (2014), verificação e possível substituição dos parafusos do coxim lateral esquerdo do conjunto motor/transmissão (2014), troca da porca da fixação da bomba de combustível e possível troca do tanque de combustível (2011) e, por fim, a troca do cinto de segurança lateral esquerdo do banco traseiro (2014 e 2015). Boa compra!
OUTRA OPÇÃO DE USADO É: FIAT GRAND SIENA
Se você quer mais equipamentos, o Grand Siena pode ser uma opção. Ele surgiu em 2012 em três versões: Attractive, Essence e TetraFuel, essa última voltada mais para taxistas. A mais simples já contava com ótimo nível de equipamentos. De série, vinha com freios ABS, dois airbags (motorista e passageiro), direção hidráulica, ar-condicionado e vidros elétricos. Dono de um desenho bonito e mais equilibrado, o seu grande trunfo está no conforto e na qualidade no acabamento. Em termos de espaço perde para o Cobalt que acomoda melhor cinco adultos com folga. Outro ponto positivo do sedã da GM é o porta-malas: são 563 litros contra 520 do Siena e 460 do Nissan Versa. Na cotação do seguro, o Grand Siena também perde: sai até 40% mais caro que o Cobalt.
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