O Renault Kwid é, ao lado do Fiat Mobi e agora do Citroën C3, um dos carros mais baratos do Brasil - parte de R$ 72.640 (na configuração de entrada Zen, sem preço promocional).
Falaremos aqui, especificamente, sobre o Kwid Outsider, a versão topo de linha, movida a combustão, do subcompacto da marca francesa. O Renault Kwid Outsider tem preço sugerido de R$ 78.430.
Assim como as versões Zen e Intense, o Kwid Outsider tem o motor 1.0 flex (gasolina e etanol) de três cilindros, aspirado, que entrega potência máxima de 71 cv (etanol)/68 cv (gasolina), com torque de 10 kgf.m (etanol)/9,4 kgf.m (gasolina). O câmbio é sempre manual de cinco velocidades e a tração, dianteira.
Por se tratar de um carro muito compacto, o Renault Kwid Outsider tem ótimo desempenho no trânsito urbano. O tamanho compacto e o baixo peso - de apenas 825 quilos em ordem de marcha - o transformam em um veículo muito ágil na cidade. A direção leve torna possível botar o carro em qualquer lugar com tranquilidade e rapidez. Para estacionar, então, é uma beleza: o carro cabe em praticamente qualquer vaga.
Como estamos falando da versão topo de linha do Renault Kwid a combustão vendida no Brasil, a configuração Outsider é bem equipada. Por R$ 5.790 a mais que a versão de entrada Zen, o comprador leva pra casa um carro bem mais completo, com equipamentos que farão diferença em conforto e comodidade e que vão garantir mais valorização no momento da revenda.
Os equipamentos incluem:
• Central multimídia de oito polegadas com Android Auto e Apple CarPlay;
• Câmera de ré;
• Abertura interna do porta-malas;
• Abertura à distância do porta-malas pela chave;
• Espelhos retrovisores com ajustes elétricos;
• Comando satélite do áudio na coluna de direção;
• Funções Eco Coaching e Eco Scoring, que auxiliam na condução econômica do veículo, integradas ao multimídia.
Isso sem falar, é claro, dos itens de segurança e de conforto, como os airbags (dois frontais e dois laterais), dois pontos Isofix, direção elétrica, desembaçador do vidro traseiro, limpador do vidro traseiro, freios ABS, controle eletrônico de estabilidade (ESP), assistente de partida em rampa (HSA), monitoramento da pressão dos pneus (TPMS), luzes de circulação diurna em LED (DRL), repetidores laterais de seta e farol com regulagem de altura. O Kwid Outsider ainda tem rodas de liga leve diamantadas de 14 polegadas em dois tons.
Apesar do tamanho reduzido - tem 3,73 m de comprimento -, o Renault Kwid tem porta-malas razoável para a categoria. O carro 290 litros no porta-malas, capacidade equivalente à de um hatch compacto. O espaço é maior que no Fiat Mobi (200 litros) e pouca coisa menor que no novo Citroën C3 (315 litros)
Apesar de ser mais espaçoso que o seu concorrente direto Fiat Mobi, já que é 11 cm maior em comprimento e tem 12 cm a mais de entre-eixos que o rival, o Kwid é mais estreito que o modelo da Fiat (1,66 m do Mobi contra 1,57 m do Kwid). Desta forma, não é a escolha ideal para quem precisa de bom espaço no banco traseiro.
Vale destacar que o Kwid Outsider pode ser uma boa opção para um casal sem filhos. Pessoas altas, porém, também podem sentir certo desconforto no carro, principalmente na parte traseira do veículo. Caso o motorista tenha estatura acima da média, com mais de 1,80 m, por exemplo, dirigir o subcompacto da Renault pode gerar incômodo, como aquela sensação de "volante no colo" - algo que não é legal para quem usa o carro diariamente.
A central multimídia, com tela de oito polegadas sensível ao toque chamada de Media Nav, permite conexão com Android Auto e Apple CarPlay apenas com o uso de cabo. Como meu celular só tem cabo USB do tipo C, não consegui emparelhar o smartphone completamente. Seria melhor se a conexão entre o celular e a central multimídia fosse possível sem fio. Mas a tela é intuitiva, até porque não tem muitas funções.
Além do espaço para os passageiros, o acabamento bastante simples na parte de dentro e o nível elevado de ruído interno são detalhes do Renault Kwid que poderiam ser melhorados.
Sobram detalhes em plástico fosco, tirando o entorno da central multimídia e detalhes no volante, que são em preto brilhante, e detalhes em prata na manopla do câmbio, console e maçanetas. A superfície dos painéis é toda em plástico e tem apenas variação de texturas. Pelo menos os bancos em tecido com detalhes da versão Outsider deixam o interior mais harmonioso.
O isolamento acústico, que filtra pouco os ruídos externos, especialmente aqueles do motor e dos engates da transmissão, poderia receber mais atenção da Renault numa próxima atualização do carro. A falta de ajustes de altura no assento e de profundidade e altura na coluna de direção é outro ponto de atenção.
O subcompacto da marca francesa está disponível no Brasil em três versões a combustão (Zen, Intense e Outsider), que são produzidas em São José dos Pinhais (PR). Já o elétrico E-Tech é importado da China. A versão Intense tem ainda um pacote opcional de pintura em dois tons, chamado Pack Biton.
Lançado na Índia em 2015, o Renault Kwid chegou ao mercado brasileiro em agosto de 2017. Desde então, recebeu apenas leves alterações estéticas, mecânicas e na lista de equipamentos.