Um carro usado excelente para comprar hoje é o Nissan Tiida. Vendido no Brasil entre os anos de 2007 e 2013, o hatch médio viveu um dos momentos mais intensos do, hoje, praticamente morto segmento dos hatches médios.
Tanto que sua vida não foi nada fácil por aqui, já que no mesmo período o Tiida disputava mercado com outros modelos muito interessantes, como Chevrolet Astra e Vectra GT, Fiat Bravo e Stilo, e os consagrados Ford Focus e Volkswagen Golf.
Na época, a Nissan também trouxe a configuração sedã. A diferença entre os dois era, basicamente, o terceiro volume traseiro. Hoje, o Tiida hatch pode ser encontrado na Webmotors com preços que partem de R$ 25 mil e chegam a R$ 55 mil, e com quilometragens que variam de 50 mil até pouco mais de 200 mil quilômetros rodados. Ou seja: uma boa opção de carro usado.
O Nissan Tiida foi lançado no Brasil em 2007 como modelo 2008. Importado do México, o hatch chegou para ser o nome da marca japonesa em um mercado extremamente aquecido. Hoje, a categoria dos hatches médios está sob ameaça de extinção.
E apesar de atualizações visuais, o Tiida sempre foi comercializado nas versões S e SL, sempre com motor 1.8 de quatro cilindros e aspirado, com câmbio manual de seis marchas ou automático de quatro velocidades.
Inicialmente, o motor 1.8 do Nissan era apenas a gasolina, e desenvolvida 124 cv de potência máxima e torque de 17,5 kgf.m.
De acordo com a fabricante, os números de consumo eram de 10,5 km/l na cidade e 12,9 km/l na estrada, nas opções com câmbio manual, e 10,2 km/l na cidade e os mesmos 12,9 km/l na estrada, nas versões com transmissão automática.
Na sequência, já no modelo 2009, o Tiida o motor 1.8 virou flex, e passou a entregar 126 cv de potência com etanol e 125 cv com gasolina. Já o torque se manteve o mesmo: 17,5 kgf.m com os dois combustíveis.
No caso das configurações com câmbio manual, o consumo de combustível com etanol era de 7 km/l no perímetro urbano e 8,7 km/l no rodoviário. Para os modelos automáticos, os índices informados pela Nissan eram de 6,9 km/l na cidade e 9,1 km/l na estrada.
Embora o consumo não fosse impressionante, o conjunto motriz com o motor 1.8 e o câmbio de seis marchas manual proporcionava ao Tiida um desempenho forte e instigante. A performance, aliás, sempre foi destacada pelos proprietários como o grande destaque do modelo.
Um dos principais pontos positivos do Tiida sempre foi o bom espaço interno. Com 4,29 m de comprimento, o Nissan tinha 2,60 m de distância entre-eixos, 1,69 m de largura e 1,54 m de altura. Já o porta-malas levava 289 litros.
Para fins de comparação, o Volkswagen Golf 2013 (último ano do Tiida no Brasil) tinha 4,20 m de comprimento, 2,51 m de distância entre os eixos, 1,73 m de largura e 1,45 m de altura. O porta-malas acomodava 330 litros.
Outro modelo referência na época, o Ford Focus tinha 4,35 m de comprimento, sendo 2,64 m de distância entre os eixos, 1,84 m de largura, 1,49 m de largura - e porta-malas para 328 litros.
Na versão topo de linha SL, o Tiida, para a época, era um carro com um nível de equipamentos bem interessante – e sem opcionais. Destaque para os airbags frontais, freios com ABS, faróis de neblina, teto solar, rodas de liga leve de 15 polegadas, controlador e limitador de velocidade, travas e vidros elétricos, retrovisores externos com ajustes elétricos, bancos revestidos em couro, direção com assistência elétrica, bancos revestidos em couro, banco traseiro corrediço, abertura interna da tampa do tanque de combustível e do porta-malas, e rádio CD player.
O Nissan Tiida pendurou as chuteiras no Brasil no segundo semestre de 2013, quando a marca japonesa tinha um novo planejamento para o mercado local, investindo nos SUVs. Diante desta estratégia, podemos dizer que o responsável pela aposentadoria do hatch médio foi o Nissan Kicks, utilitário esportivo desenvolvido na região com foco no mercado local, e que foi lançado em 2016.