Por que o carro zero km custa mais caro em SP?

Já reparou que os sites dos fabricantes passaram a pedir sua localização e cobrar preços diferentes? Explicamos o motivo

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André Deliberato
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Se você é apaixonado por carros e tem costume de frequentar os sites oficiais das marcas para fazer consultas de preços, seja para pesquisar a compra de um novo modelo ou somente se divertir, deve ter reparado que há algum tempo esses portais pedem sua localização. Se já aconteceu de você confirmá-la, também deve ter notado que o preço do carro zero no Estado de São Paulo é diferente.

Mas por qual motivo isso acontece? A explicação, acredite, é simples. A resposta está no valor do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que aumentou sucessivamente em São Paulo. Até o final do ano passado, essa alíquota era de 12%. Em janeiro deste ano, passou a 13,3%. E em abril, saltou para 14,5%. E essa variação aconteceu somente no Estado de São Paulo.

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Valor do carro zero km em SP

Vamos fazer uma conta básica para explicar. Imagine um carro zero km que custe exatos R$ 100 mil. Desse montante, hoje em dia, R$ 14.500 é só para o ICMS - até janeiro o valor era R$ 12 mil. Explicação desse reajuste, de acordo com o Governo Estadual, está no "equilíbrio das contas públicas" necessário devido à "elevação de gastos" e da "queda de arrecadação" motivada pela pandemia da covid-19.

Vamos citar dois exemplos na prática:

A renovada Fiat Toro, na versão Endurance, de entrada e com motor 1.8 flex, na maioria dos estados brasileiros custa R$ 117.990. Em São Paulo, sai por R$ 121.909. Mas isso não acontece somente com carros reformulados recentemente: um Jeep Renegade Standard, de entrada, em Belo Horizonte (MG), custa R$ 92.990 - em SP, o valor sobe para R$ 96.084.

Concessionárias de SP têm preços mais alto que o do resto do país devido ao ICMS mais caro
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Mas não é só isso

A pandemia afetou o mundo inteiro e grandes metrópoles, como SP, foram muito mais abaladas que cidades menores - na opinião de especialistas.

A falta de componentes - como a crise dos chips que afeta a GM, por exemplo - prejudica a produção e por consequência atrapalha o rendimento de lojas e fornecedores. Isso resulta em demanda maior que oferta. E aí entra a lei básica da oferta e da procura: os preços sobem.

Esse argumento pode ser endossado por São Paulo, pelo fato de a Estado economia ser o maior do país, mas vale para todo o país.

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