Se você precisa ou quer trocar de carro e pretende dar uma olhada no mercado de seminovos ou usados, certamente você já ouviu falar da Tabela Fipe. Ela é uma das ferramentas mais importantes nos negócios de compra e venda de automóveis desde quando foi lançada diretamente ao público, em janeiro de 2001 - embora sua fundação tenha acontecido em 1973.
Acrônimo de Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, a Fipe faz todo mês, basicamente, uma tomada de preços de carros, motos e outros veículos em todas as regiões do Brasil e chega ao valor médio para servir de parâmetro para o consumidor (a diferenciação inclui ano de fabricação, região de compra e até versões).
A tabela rapidamente ganhou importância e confiança de todos os setores do mercado. Prova disso é que concessionários e lojas utilizam seus números para determinar os preços dos usados envolvidos em um negócio que tenha troca com troco, por exemplo.
Além do mais, a Tabela Fipe ajuda a definir os valores de automóveis novos e usados, auxilia na definição dos preços dos impostos, como o IPVA, e ainda estabelece a quantia adequada para fins de indenização de seguros. Mas, afinal, como usá-la na hora de ir atrás de um carro novo?
Atualmente, a tabela Fipe traz dados de carros, SUVs e comerciais leves produzidos a partir de 1985. No caso de caminhões e micro-ônibus, as informações presentes na tabela são datadas desde 1981. Já para motocicletas, triciclos e quadriciclos, começam em 1990.
"Não é feita análise, comparativo ou estudo sobre esses preços. É só uma tabela de valores com uma média do Brasil", explica Eduardo Lima, gerente de produtos da Fipe.
Importante lembrar que no caso de carros zero km são tabelados os valores das versões básicas, intermediárias e completas. Não entram na pesquisa, portanto, preços de vendas consideradas "especiais", que incluem carros blindados, personalizados e faturados para o governo, por exemplo.
Consultar a Tabela Fipe é relativamente fácil: basta acessar o link e preencher os campos que aparecem, como "marca", "modelo", "versão" e "ano de fabricação", além dos outros tópicos que surgirem, como localização e/ou interesse da busca.
Vale lembrar, sempre, que ninguém é obrigado a seguir os valores da tabela ao pé da letra. Durante a pesquisa, os consultores da Fipe descartam preços muito altos, baixos ou com alguma discrepância estatística. Os números restantes, dessa forma, são usados para criar uma média - e é esse o valor que vai constar para aquele determinado veículo no relatório final.
A Fipe explica que o índice serve como referência, mas pode receber fatores de correção para cima ou para baixo, de acordo com o estado de conservação do veículo e outras diferenças pontuais.
A dica é quase a mesma para quem vai vender ou comprar: se você pretende adquirir um carro, ignore os preços que fujam muito do valor oficial da tabela. Se você quer negociar, a proposta que chegar mais próxima do número oficial da Tabela Fipe certamente será a melhor.