Na renovação, o hatch compacto trocou a motorização, ficou mais moderno e mudou o visual, mantendo a estética "redonda", com pouca distinção entre os volumes.
O design tinha na dianteira faróis de dois projetores, LED diurno e uma grande tomada de ar central em formato hexagonal irregular no para-choque. O logo da Citroën era destacada no duplo chevron cromado, que ligava o conjunto de iluminação dianteiro.
As mudanças eram perceptíveis também nas laterais e na traseira, onde as lanternas ganharam formas mais complexas, com a iluminação invadindo a tampa do porta-malas. No geral, o C3 apresentava algo bem distinto em relação à proposta já batida da geração anterior.
Cresceu um pouco
Em tamanho, o C3 de 2ª geração era um pouco maior que o seu antecessor. O hatch premium superava o antigo no comprimento (3.94 m contra 3,85 m) e largura (1,70 m contra 1,66 m). Empatava no entre-eixos de 2,46 m e ficava atrás, por pouco, no porta-malas, com 300 litros, ante 305 litros.No conjunto mecânico, o modelo evoluiu ao trocar o motor 1.4 pelo mais eficiente 1.5i , que rendia 93 cv de potência e torque de 14,2 kgf.m. O mesmo acontecia com o 1.6 da geração anterior, que foi atualizado para uma versão mais potente, com 122 cv e 16,4 kgf.m. A transmissão era manual de cinco marchas ou automática de quatro velocidades. A opção sem pedal de embreagem ficou mais moderna em 2017, com a chegada do câmbio Aisin de seis marchas - o mesmo que foi aplicado no Peugeot 208. Um ano antes, o hatch já havia repetido outro movimento do "primo" francês ao trocar o motor 1.5i pelo criticado três cilindros 1.2 Puretech, de 90 cv e 13 kgf.m.
Econômico e criticado
Apesar de ser taxado como um motor complicado de se mexer, o 1.2 foi o mais econômico de todas as linhas da segunda geração. Segundo o Inmetro, o três cilindros fazia 14,8 km/l e 13,2 km/l (cidade/estrada) abastecido com gasolina, e 10,1 km/l e 9,3 km/l (cidae/estrada) com etanol no tanque.Enquanto isso, o motor 1.5i l rendia 14,7 km/l e 11,9 km/l abastecido com gasolina, ou 9,3 km/l e 7,5 km/l com etanol. O pior era o 1.6, com médias de 13,4 km/l e 10,6 km/l com gasolina, e 9,3 km/l e 7,4 km/l com etanol.
Eram conjuntos bacanas, com maior relevância para os de quatro cilindros, considerados um pouco menos problemáticos - mas que eram tinham eficiência energética inferior.
Bem equipado
Os equipamentos também faziam do C3 de 2ª geração uma boa alternativa desde a versão de entrada. O hatch tinha direção elétrica, ar-condicionado, duplo airbag, ABS, vidros, volante com regulagem de altura e profundidade, retrovisores com ajuste elétrico e cinto de três pontos e encostos de cabeça para todos.Nas linhas mais completas, adicionava ainda para-brisa panorâmico Zenith, piloto automático com limitador de velocidade, rodas de liga com aros de 16 polegadas e rádio Pioneer com Bluetooth. Na linha 2017, o modelo passou a ter central multimídia.
Hora da despedida
A segunda geração deixou de ser fabricada por aqui em 2020, mas só teve a sua saída de linha decretada oficialmente em 2021. Apesar do fim, o modelo ainda pode ser considerado uma alternativa bacana no mercado de usados? No nosso ponto de vista, sim.É claro que para isso o carro precisa ter sido bem cuidado. Na real, isso determina a condição de praticamente todos os carros usados. No estoque da Webmotors, encontramos unidades que parecem ter tido o carinho dos seus donos anteriores e que rodaram pouco.
Os preços dessa geração com hodômetros marcando até 70 mil quilômetros partem de R$ 29.900, valor bem inferior ao cobrado por subcompactos zero-quilômetro atualmente. A unidade citada é anunciada por um proprietário de Fortaleza (CE), na versão Origine, com motor 1.5, câmbio manual e pouco mais de 66 mil quilômetros.
Como esse, o estoque da Webmotors tem diversos outros exemplares do C3 em boas condições.
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