Usado novo: Fox é o hatch 'altinho' bom de negócio

Hatch da Volkswagen se despediu em 2021, mas segue tendo bons números entre os usados por oferecer bons atrativos

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Lucas Cardoso
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O sucesso dos SUVs começou a explodir no Brasil no início dos anos 2010, mas a presença do segmento já era sentida desde o início daquela década. Foi nesse período que os primeiros modelos inspirados nos 'altinhos' começaram a surgir, e o Volkswagen Fox foi um deles.

Volkswagen Fox

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Lançado por aqui em 2003, o parente do Gol, que era feito sobre a plataforma do Polo, tinha características interessantes só vistas nos utilitários esportivos. Um exemplo era a posição elevada de direção e proporções mais verticais, bem distintas às de um hatch comum.

Visualmente, podemos dizer que o Fox tinha linhas de um monovolume, com capô quase na mesma inclinação do para-brisas e teto alto. Isso reforçava outro ponto forte do Fox ante seus rivais: seu espaço interno.

Hatch com pegada de SUV foi vendido no país durante 18 anos 
Crédito: Divulgação
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O começo

Em sua primeira linha, o Fox tinha quatro versões, duas delas com motor 1.0 aspirado, capaz de render até 72 cv de potência e 9,2 kgf.m de torque. Nas duas variantes, apenas modelos com duas portas.

Já nas versões de quatro portas, lançadas meses depois, o Fox tinha sob o capô o 1.6 também aspirado, que entregava 103 cv de potência e 14,5 kgf.m. O câmbio em todas as configurações era o mesmo manual de cinco marchas.

O primeiro ano não foi um sucesso para o hatch de formas arredondadas, mas ainda assim ele conseguiu emplacar mais de 54 mil unidades, o que era uma marca interessante para um estreante. No ano seguinte, em 2005, esse número subiu para 76 mil e o Volkswagen seguiu ganhando espaço.

A versão Pepper trazia elementos em vermelho no interior e no exterior
Crédito: Divulgação
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Poucas mudanças

Até a linha 2008, o modelo passou sem nenhuma modificação. No ano em questão, foi feito um pequeno facelift que deixou o visual dianteiro mais atual. A grade passou a ser em tom preto, assim como a parte inferior do para-choque, onde estavam acomodados os faróis de neblina.

A linha também incluiu uma nova versão Route 1.6, que era direcionada para o público jovem. A configuração vinha para substituir a versão topo Sportline e trazia rádio com CD-Player e MP3, além de entrada USB para uso de pen drives e volante multimídia.

Depois dessa mudança, o modelo passou por diversas outras, mas nenhuma delas trocou o Fox de geração de fato. Algumas versões especiais, como Rock in Rio, Seleção e Pepper também fizeram parte dessa trajetória. Mas tudo na base de reestilizações e facelifts, que até atualizavam seu visual, mas o fizeram perder espaço frente aos rivais.

O Fox tem proporções e linhas que o fazer parecer mais com um monovolume do que com um hatch
Crédito: Divulgação
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Bons números

Ainda assim, o Fox manteve resultados sólidos, com destaque para os anos de 2010 a 2013, quando o hatch teve sua melhor época no mercado. Em 2012, por exemplo, atingiu seu pico de vendas, com 146 mil unidades emplacadas. Nessa época, o modelo havia recebido melhorias mecânicas, como a atualização do motor 1.6 MSI 16 V que passava a render 120 cv e as mudanças visuais sutis.

Desde 2016 multimídia do Fox tem função de espelhamento via CarPlay e Android Auto
Crédito: Divulgação
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Espaço curto

A falta de novidades profundas impactava em tudo. Até na dificuldade de superar algumas críticas. O tamanho acanhado do porta-malas é uma dessas medidas que faziam do Fox um carro questionado. O hatch tinha singelos 260 litros de capacidade, o que o deixava até abaixo da maioria dos hatches. Nas outras medidas, de forma geral o Volkswagen tinha boa avaliação do público. Seu entre-eixos tinha 2,46 metros (mesma do Gol), o que era mais do que alguns rivais tinham como Fiat Uno (2,37 m).

Equipado na média

Na lista de equipamentos, o Fox quase sempre entregava o necessário e um algo mais. Nas últimas linhas, vendido nas versões Connect e Xtreme, o hatch entregava equipamentos interessantes como a central multimídia de 6,5", com função de espelhamento via cabo e  volante multifuncional.

Incluía ainda retrovisores elétricos, bancos com revestimento parcialmente em couro, piloto automático, sensores de estacionamento traseiro, cintos de três pontos em todas as posições, freios ABS e Isofix.

No entanto, nenhuma das versões oferecia itens como controle de tração e estabilidade, além de só ter dois airbags dianteiros. Vale destacar que as ausências não fazem do hatch um carro ruim, mas é claro que deixa a sensação de que ele merecia ter sido atualizado. Frente aos rivais atuais, o Fox tem a vantagem de mesclar elementos de SUV com o porte dos compactos, o que lhe rende vantagem, principalmente em ambientes urbanos.

Hatch teve versão em homenagem ao Rock In
Crédito: Divulgação
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Valorizado

Outro fator positivo, é a sua valorização. Mesmo já tendo saído de linha há dois anos, o hatch segue sendo muito procurado no mercado de usados e seminovos. No ano passado, aliás, o Fox foi o 8º modelo mais vendido com mais de 22 mil unidades negociadas.

Sendo assim, se você procura um carro disposto e que certamente não perderá tanto valor após a compra, o Fox pode ser uma boa opção. Alguns modelos, de linhas recentes, inclusive os mais completos, costumam ser negociados abaixo do preço de hatchs de entrada zero.

No estoque da Webmotors, você pode encontrar unidades desde seminovas e usadas em ótimas condições. Fizemos uma lista com três unidades com até 50 mil quilômetros que podem dar negócio.

Vídeo

A primeira unidade é da versão Comfortline 1.6, ano 2017, que tem apenas 45 mil  quilômetros rodados. O proprietário de São Paulo aceita se desfazer do modelo por R$ 51.000. Segundo o anúncio, o modelo tem direção elétrica, volante multifuncional, rádio com MP3 e rodas de liga.

Outro proprietário, também de São Paulo, aceita vender o seu Fox Connect manual 1.6, ano 2018, por R$ 55.890. A unidade tem pouco mais de 49 mil quilômetros rodados no hodômetros e lista interessante de equipamentos, como retrovisores elétricos, central multimídia sensível ao toque com espelhamento e volante multifuncional.

Uma unidade versão Pepper 1.6 MSI, ano 2016, com câmbio automatizado é anunciada por um proprietário por R$ 57 mil. O modelo também tem pouco mais de 49 mil km no painel. Segundo o dono, todas as revisões foram feitas na concessionária e o modelo está com 4 pneus novos. A versão Pepper tem detalhes em vermelho no visual externo e interno.

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