O Nissan March chegou ao mercado brasileiro em 2011 para brigar por um espaço no disputado segmento dos hatches compactos. Com seu pequeno porte, o dois volumes então importado fez sucesso especialmente entre o público jovem e urbano, que buscava nele um primeiro carro.
O design não era lá muito atraente, mas isso era relativizado pela mecânica confiável, de pouca manutenção, pelo desempenho satisfatório e pelo baixo consumo - aspectos fundamentais na boa percepção do público.
A opinião era resultado do trabalho bem feito dos dois motores quatro cilindros, aspirados e flex que podiam equipar o compacto: o primeiro era um 1.0 (inicialmente emprestado da Renault e depois fabricado pela japonesa), de 16 válvulas, que rendia até 74 cv e 10 kgf.m de torque.
A segunda opção (mais elogiada) era o 1.6 feito pela Nissan, com corrente de comando e injeção multiponto, capaz de entregar até 111 cv e 15,1 kgf.m de torque. Para um carro de 925 quilos, eram e continuam sendo ótimos números.
A transmissão do March da linha 2012 até a 2016 era apenas a manual de cinco marchas. A partir do ano seguinte, a Nissan passou a equipar as versões mais caras do dois volumes com o câmbio automático CVT XTronic.
Além da parte mecânica, o March também surpreendia em espaço interno. Embora tivesse medidas estreitas, o modelo parecia ter uma cabine ampla e acomodava bem até quatro pessoas.
O compacto tinha 3,78 m de comprimento e 2,45 m de entre-eixos - medidas dentro da média da categoria. O porta-malas de 265 litros era mais apertado que o da maioria dos concorrentes - o Volkswagen Gol tinha 285 litros e o Fiat Palio, 290 litros.
Por outro lado, a lista de equipamentos do March era mais interessante. O modelo oferecia, desde a versão de entrada, airbag duplo, computador de bordo, vidros dianteiros elétricos, travas e alarme. O ar-condicionado e a direção elétrica eram adicionados via pacote de opcionais.
Nas versões mais completas (SV e SR), o modelo ainda ganhava rodas de liga leve de 15 polegadas, rádio com MP3, USB e Bluetooth, além de sistema de som com quatro alto-falantes e freios com ABS.
O importante equipamento só se tornou parte da lista de itens de série na linha 2014, quando a Nissan passou a produzir o March na fábrica de Resende (RJ). A marca só ficou devendo o controle de estabilidade, ausente mesmo nos últimos anos de produção - o hatch deixou de ser vendido em 2021.
No ano do seu lançamento, o March custava a partir de R$ 27.790. Era um valor competitivo ante a maioria dos seus rivais. Atualmente, o modelo pode ser encontrado no mercado de usados e seminovos com preços ainda competitivos. No estoque da Webmotors, há unidades a partir de R$ 23.500.
Nessa faixa de preço, ou até um pouco acima disso, o Nissan ainda pode ser considerado uma ótima opção de compacto urbano. Mesmo comparando com modelos zero-quilômetros de entrada atuais, o hatch é uma alternativa a ser levada em conta: acessível na compra, barato de manter e pouco visado (logo, com seguro barato).
É claro que todo negócio precisa ser avaliado caso a caso, então opte sempre por modelos com quilometragem baixa e com revisões feitas em autorizada.
Essa unidade ano 2015, versão S 1.0, que encontramos no estoque da Webmotors, por exemplo, está anunciada com 54 mil quilômetros rodados e preço de R$ 30.977. A justificativa para o preço é ser de único dono e com todas as manutenções feitas direto com a Nissan.
Se você busca um Nissan March como esse, dá uma conferida nessa lista que nós preparamos.