Vira e mexe falamos aqui de carros que mereciam uma melhor sorte, mas que por fatores diversos acabaram não recebendo o devido crédito. O Kia Cerato de 2ª geração certamente é um dos representantes desse grupo de carros injustiçados.
Lançado por aqui em 2010, o sedã da marca sul-coreana tinha visual de muito bom gosto, motor confiável e de baixa manutenção, lista de equipamentos mais completa que a da maioria dos rivais e bons preços. Era o pacote completo, mas que esbarrava na incerteza dos compradores com a marca importadora. Uma bobagem, já que a Kia tem operações sólidas no Brasil.
Se deixarmos isso de lado, o modelo agradava logo à primeira vista com seu visual imponente e esportivo, algo bem diferente do visto na maioria dos concorrentes à época. As linhas acertadas eram obra do ex-designer da Audi e Volkswagen Peter Schreyer, que ficou conhecido por participar da criação do premiado Audi TT e também da geração IV do Golf.
Por dentro, o Cerato também tinha linhas bastante acertadas, mas explorava bastante o uso de plástico duro, especialmente nas versões de entrada. Ao menos, as texturas tornavam o visual mais agradável aos olhos.
Na parte mecânica, a 2ª geração do Cerato vinha com um motor 1.6 aspirado a gasolina, de 16 válvulas, 126 cv de potência e 15,9 kgf.m de torque. A transmissão podia ser manual de seis marchas ou automática de quatro - em 2011, esta automática passou a ter seis marchas.
O conjunto era o suficiente para fazer do Cerato um carro eficiente no dia a dia, mas que aspirava a algo mais. Em compensação, o modelo sempre foi muito bem cotado pela sua eficiência energética, já que chegava a fazer médias de 12,2 km/l na estrada.
Um resultado interessante para um carro com suas dimensões. Não que fosse grande - pelo contrário, o Cerato de 2ª geração era compacto por fora e espaçoso por dentro. As medidas eram de 4,53 m de comprimento, 1,77 m de largura e 2,65 m de entre-eixos.
Para fins de comparação, o Honda City 2011 era menor em praticamente todas as medidas. O entre-eixos do japonês, por exemplo, era 10 cm mais curto. Por outro lado, o porta-malas do Cerato não era tão espaçoso: 415 litros. Mas, ainda assim, era bom.
A lista de equipamentos do Cerato incluía de série ar-condicionado, airbags dianteiros, vidros, travas e alarme, retrovisores elétricos, rádio com USB e MP3, faróis de neblina e rodas de liga leve 15 polegadas.
Sensores de estacionamento, freios ABS, ar digital e bancos em couro eram opcionais. Nas versões mais completas, o acabamento tinha revestimentos em couro nos painéis de porta e também nos bancos, além de rodas aro 16 ou 17 polegadas.
O Cerato de segunda geração foi vendido por aqui entre 2010 e 2014. Durante seu tempo de vida, o modelo conseguiu atingir números importantes de vendas, com destaque para o ano de 2011, quando emplacou mais de 20 mil unidades - feito nunca superado.
No seu lançamento, o sedã chegou em três versões com preços entre R$ 49.900 e R$ 57.900, que era cerca de R$ 10 mil mais barato que o cobrado pelo Honda City de entrada.
Atualmente, esses modelos podem ser encontrados com preços a partir dos R$ 30 mil, o que faz deles um bom negócio para quem busca um carro espaçoso, mas não quer ou não pode investir num zero-quilômetro.
Um valor competitivo para um sedã no porte do três volumes sul-coreano. No estoque da Webmotors, há 80 unidades do Cerato à venda. Um dos modelos disponíveis é esse, versão EX3, ano 2012, com câmbio manual e pouco mais de 75 mil quilômetros rodados. O modelo parece estar em boas condições e foi anunciado em São Paulo (SP) por R$ 40 mil - valor cerca de R$ 3 mil abaixo da Tabela Fipe.
Como essa unidade, o estoque Webmotors tem muitas outras disponíveis. Se você busca um Cerato de segunda geração, vale dar uma avaliada na lista que preparamos.