A escassez de modelos em concessionárias de países como Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile é apontada como indício dessa despedida iminente, segundo informações compartilhadas pelo site Motor1 Argentina.
Diferentemente do nosso mercado, o adeus à dupla Etios (sedã e hatch) em alguns desses países deve ser bastante sentido. Na terra de Maradona, por exemplo, o dois volumes foi o quinto carro mais emplacado no ano passado. Por aqui, o modelo não apareceu nem no "Top 50" em seu último ano cheio de vendas (2020).
Apesar do número modesto no mercado zero-quilômetro, o Etios continua sendo uma ótima opção para quem busca um carro robusto, resistente, espaçoso e pouco visado. Basta não ligar muito para o visual mais exótico do que bonito do modelo, que só teve uma geração e poucas mudanças estéticas.
Já a robustez é explicada pelo conjunto mecânico consolidado. Lançado em 2012, o Etios sempre foi oferecido com duas opções de motorização: 1.3 (só para versão hatch) e 1.5. Chamados de Dual VVT-i, os motores 16 válvulas tinham comando variável na admissão e escape e acionamento por corrente.
No caso do motor de menor litragem, a potência era de 90 cv e o torque era de 12,8 kgf.m. O motor 1.5 era pouca coisa mais valente: 96,5 cv de potência e 13,9 kgf.m de torque. Mas era suficientes para empurrar o tamanho extra do sedã. Nos primeiros três anos de produção, as duas versões tinham apenas a transmissão manual de cinco marchas
Em 2016, o modelo recebeu melhorias e os motores ficaram mais fortes. O 1.3 passou a render 98 cv e 13,1 kgf.m de torque, enquanto o 1.5 foi a 107 cv de potência e 14,7 kgf.m de torque. O câmbio manual foi para seis marchas e adicionaram a opção de transmissão automática de quatro velocidades.
O que não mudou, mas continuou bom, foram as dimensões da dupla - especialmente na versão sedã. Nessa carroceria, o modelo tinha 4,26 m de comprimento, 2,55 m de entre-eixos e porta-malas de latifundiários 562 litros. Era tamanho suficiente para famílias grandes ou até para instalar um kit GNV, no caso dos motoristas profissionais - no hatch, a capacidade era de 270 litros.
A lista de equipamentos e o acabamento, por outro lado, não eram pontos fortes do modelo. O design interno sempre foi alvo de críticas. O quadro de instrumentos no centro do painel sempre foi polêmico.
Apesar desses poucos senões, hatch e sedã podem ser considerados ótimas opções no mercado de usados e seminovos. Os dois têm propostas distintas, é claro. Enquanto o hatch é mais indicado para famílias pequenas, o sedã pode atender a um público mais amplo. O que une os dois e vai agradar a todos é o já citado fato de serem caros resistentes.
No estoque da Webmotors, é possível encontrar unidades em boas condições e também com baixa quilometragem. Essa, aliás, pode ser uma boa regra de corte para quem busca um desses dois modelos. Vale destacar que os preços do modelo são bacanas, sobretudo quando comparado com a pedida atual por modelos em seus segmentos.
Mercado de usados tem opções interessantes
A primeira unidade que encontramos é da versão Platinum (a mais completa do sedã), ano 2018. Anunciada por um proprietário de Campina Grande do Sul (PR), o modelo tem pouco mais de 17 mil quilômetros rodados no hodômetro e custa R$ 69.900. A lista de equipamentos da versão inclui central multimídia, câmera de ré, GPS, rodas de liga e bancos em couro.Se você prefere um hatch e quer gastar um pouco menos, essa unidade, ano 2015, na versão X que tem motor 1.3 e câmbio manual pode ser uma boa opção. O modelo tem pouco menos de 70 mil quilômetros rodados e é anunciado por um proprietário de Goiânia (GO). A pedida é de R$ 36.900 e a condição do carro é bacana.
Por último, encontramos essa versão X Plus do sedã do ano 2020 que tem pouco mais de 45 mil quilômetros rodados. A unidade é anunciada por um proprietário do Rio , por R$ 59.900. Segundo o anúncio, o modelo é único dono e passou por todas as revisões em concessionária da Toyota.
Comentários