Ao levar o carro no mecânico para avaliações ou trocas de pneus, você já deve ter ouvido a seguinte pergunta: quer fazer alinhamento e balanceamento? Mas para responder com propriedade e não cair em conversa de vendedor, você sabe em qual momento é necessário realizar o serviço? Ou melhor, sabe para quê ele serve?
Se não souber, tudo bem, essa é uma dúvida sua e de milhares de motoristas. Para ajudá-los, o WM1 trará as respostas para as principais dúvidas sobre alinhamento e balanceamento.
Vamos por partes. Primeiro, vale dizer que alinhamento e balanceamento não são as mesmas coisas. Os dois serviços são extremamente necessários para que você tenha um bom equilíbrio do carro enquanto dirige, mas desempenham funções diferentes.
O alinhamento (ou paralelismo do eixo) é feito para ajustar os ângulos das rodas, para que elas sigam as especificações feitas de fábrica; já o balanceamento é realizado quando você sente vibrações e trepidações em excesso e desnecessárias.
Não existe uma regra, mas sim uma recomendação por especialistas. O ideal é que, a cada 10 mil quilômetros rodados, mesmo que os pneus não apresentem desgastes, seja feita uma avaliação para saber se continua tudo certo. Caso necessário, faça o alinhamento ou o balanceamento.
O alinhamento está ligado diretamente a vários fatores no dia a dia do motorista, mesmo que não pareça. Ele serve, principalmente, para:
São diferentes fatores que podem causar o desalinhamento das rodas. Ao passar por um buraco maior, ou encostar com certa força no meio-fio e até mesmo choques mais graves podem deixar a suspensão desalinhada.
O rodízio de pneus ou a troca de peças da suspensão do veículo também podem ocasionar desalinhamento. Por isso, sempre que realizar qualquer manutenção nos pneus, vale se certificar que está tudo alinhado.
Muitas pessoas acreditam que o alinhamento é feito apenas nos pneus. Na verdade, ele é executado no conjunto de pneus e rodas. Ao balancear a roda, o profissional utiliza uma máquina especializada para balanceamento que identifica os pontos com desnível e peso em excesso.
Com isso, pesos são colocados no interior e exterior da roda para contrabalancear o peso enquanto ela gira. Para realizar esses ajustes de alinhamento no carro, são utilizados três ângulos: cambagem, convergência/divergência e caster. Conheça como atua cada um deles!
Ao realizar o serviço, é comum ouvir falar sobre o alinhamento e cambagem juntos. Para que você entenda, ela é uma referência de ângulo da roda que, quando inclinada em excesso, provoca um desgaste desigual. Os seus dois tipos são:
Quando o topo da roda fica inclinado para fora do veículo. O excesso de bagagem positiva faz os pneus se desgastarem na borda externa, tornando-o cada vez mais deteriorado e inapropriado para o uso.
Se a positiva já não é boa, a cambagem negativa também não faz bem. Ela acontece quando o topo da roda está inclinado para dentro do veículo. Assim, os pneus também se desgastam na borda interna.
Esta é uma medição de distância feita do alto entre as partes dianteiras e traseiras dos pneus. O ajuste é realizado para diminuir os desgastes dos pneus, principalmente quando estão sob frenagem.
Quando ocorre um excesso de convergência, a banda das bordas externas dos pneus se desgastam mais. É possível notar de longe quando isso ocorre.
Com a divergência em excesso acontece o contrário. A banda de rodagem interna dos pneus que passam a se desgastar mais, gerando rebarbas na borracha e ficando perceptível mesmo ao passar a mão na região.
Este é o ângulo de inclinação do eixo de direção ou pino-rei em relação à vertical. Para medi-lo, é feita uma linha imaginária entre os pivôs superiores e inferiores da suspensão que visa criar estabilidade central e direcional.
O serviço pode ser feito de duas formas: estático e dinâmico. No primeiro, o balanceamento é realizado com o conjunto totalmente imóvel; já o segundo — dinâmico — é feito com o conjunto em rotação. Ele é mais profundo que o estático e costuma ser utilizado para corrigir falhas que este não consegue.
Os sistemas medem as forças do conjunto em rotação. Ao conseguir o equilíbrio, o serviço do estático acontece de forma automática e dispensa a necessidade de fazê-lo separadamente.
Independentemente da maneira executada, o objetivo do balanceamento é evitar trepidações no carro em velocidades acima dos 60 km/h. Assim, enquanto dirige, você evita desgaste dos pneus e não compromete a capacidade de frenagem do veículo.
Momentos em que se mostra necessário executar o serviço:
Além disso, ao notar o veículo saltando ou vibrando em excesso, consulte profissionais especializados e de confiança para realizar o serviço.
A melhor forma de saber que necessita realizar o alinhamento ou balanceamento do veículo é no dia a dia. Conforme você for dirigindo, os sinais aparecem ao notar uma dificuldade para andar com o carro em linha reta ou quando ele começa a puxar para um dos lados.
Para aumentar a vida útil dos pneus do seu carro e evitar trocas com frequência, realizar os serviços quando necessário é extremamente importante. Por isso, fique atento para levar ao especialista quando for preciso.
O preço de alinhamento e balanceamento vai variar de acordo com uma série de fatores: o estabelecimento escolhido para fazer o serviço, os equipamentos do local e o tipo de veículo. Os valores podem ir de R$ 90 até R$ 300.
Ressaltamos a importância de sempre escolher um local com profissionais especializados em pneus e que tenham equipamentos de ponta para realizar o serviço. Lembre-se de que alinhamento e balanceamento são serviços preventivos que podem te poupar de gastos ainda maiores mais à frente.
Depois de tirar todas as suas dúvidas sobre alinhamento e balanceamento, você já sabe exatamente o que responder ao vendedor que oferecer o serviço, certo? Para ficar por dentro de outras informações como essa, acompanhe todas as nossas novidades aqui no WM1.