Depois de longa espera, o novo Duster chega em março bastante mudado. A Renault programou o lançamento oficial do seu remodelado SUV para a imprensa para os dias 4 e 5 do referido mês. Mas o que esperar do espaçoso e robusto jipe da marca francesa?
Sim, mas não agora. O 1.3 turbinado e com injeção direta, que tem três variantes de potência na Europa, vai estrear só no ano que vem, já na linha 2022 do SUV. A expectativa é que, por aqui, a opção escolhida tenha entre 150 e 160 cv - esse motor já é usado pela Mercedes-Benz no Classe A Sedan vendido no Brasil.
Por enquanto, o novo Duster chega em março com o mesmo 1.6 16V da linha SCe de 120 cv, com câmbio manual de seis marchas ou automático do tipo CVT. A boa notícia é que o velho e áspero 2.0 vai sair de cena.
Fica claro nas fotos que o novo Duster passará por uma remodelação de fato. O modelo brasileiro será mais baseado no SUV que roda com emblemas da Renault em mercados do Oriente Médio (das imagens) do que o exemplar da romena Dacia.
Grade, faróis, capô, para-lamas, para-choques e tampa traseira… tudo novo. O que deixará o Duster, sempre criticado pelo desenho controverso, com ares realmente modernos.
Destaque para a grade frontal com nichos com losangos deitados, o farol que lembra o do Sandero e a traseira com lanternas quadradas que remetem ao Jeep Renegade.
Não, é a mesma B0, mas como em toda remodelação mais forte, a Renault vai dar um trato em alguns componentes. Um deles é a suspensão. Além da calibragem, a engenharia do fabricante francês vai mudar balança, amortecedores e molas, com um acerto mais firme.
Além de suspensão mais firme, a Renault deve colocar reforços estruturais para deixar o novo Duster mais justo, especialmente em curvas. O SUV receberá controles de estabilidade e tração, além do assistente à partida em rampas.
O cinto de três pontos no banco central traseiro também virá, conforme obriga a nova legislação. O modelo até tirou quatro estrelas no último teste do Latin NCAP.
O novo Duster também vai ter de se render aos novos tempos. Partida por botão, chave presencial, sistema start/stop do motor, sensores de luminosidade e de chuva devem estrear no utilitário. A central Media NAV ganhará um upgrade e conectividade com Apple CarPlay e Android Auto. Wi-fi pode ser oferecido nas versões mais caras.
Não espere por milagres para um dos grandes defeitos do Duster desde seu lançamento. O plástico rígido e de aparência simples continuará ditando o interior, mas a Renault vai mudar o painel e colocar acabamentos menos prosaicos nas portas.
O quadro de instrumentos será novo e os bancos receberão espuma de melhor densidade. O volante talvez ganhe o esperado ajuste de profundidade. O espaço de médio continuará sendo um dos diferenciais do SUV.
Pouca coisa. A Renault sabe que o Duster é uma aposta mais racional no segmento. Não pode elevar muito o preço e correr o risco de concorrer com projetos bem mais modernos e interessantes, como Honda HR-V, Hyundai Creta e VW T-Cross.
Por isso, aguarde por valores entre R$ 75 mil e R$ 90 mil. Hoje, o SUV da Renault parte dos R$ 73 mil e vai até R$ 87 mil - confira o catálogo completo do Duster atual.