Em meio à pandemia de coronavírus, a Hyundai lançou o novo Elantra lá fora. O sedã médio está maior, mais tecnológico, com direito a versão híbrida e desenho para lá de ousado. Aqui, cairia como uma luva para a marca sul-coreana voltar a brigar no segmento dominado por Toyota Corolla e Honda Civic. Mas será que o novo Hyundai Elantra vem para o Brasil?
Antes, porém, vamos falar do carro. A sétima geração do modelo cresceu 2,5 cm no comprimento (4,68 m) e no entre-eixos, com 2,72 m - nesse quesito, supera todos os rivais da categoria (Corolla, Civic, além de Chevrolet Cruze, VW Jetta, Kia Cerato e Nissan Sentra). Na largura, aumentou 5 cm, totalizando 1,83 m. E na tendência dos sedãs, está 2,5 cm mais baixo, com 1,41 m no total.
Também para seguir os rivais, a marca teve de fazer uma versão híbrida do novo Hyundai Elantra. Esta combina o motor ciclo Atkinson com outro elétrico de 32 kW. A potência combinada é de 139 cv e 27 kgf.m de torque. O conjunto trabalha com uma transmissão de dupla embreagem de seis marchas.
A versão puramente a gasolina é equipada com outro motor Atkinson, só que 2.0 de 147 cv e 18,2 kgf.m a 4.500 rpm. Neste caso, o câmbio é do tipo continuamente variável (CVT).
O novo Hyundai Elantra também incorpora equipamentos modernos de condução semi-autônoma. Dentro de um pacote chamado Smart Sense, tem o controle de cruzeiro adaptativo com frenagem automática de emergência para evitar atropelamentos e colisões com outros veículos.
Além disso, o sedã pode receber monitoramento de faixa - que adverte o motorista sobre uma saída de faixa e esterça levemente o volante para que o carro trafegue ao centro da pista - e o alerta de ponto cego. Estacionamento automático, câmera 360 graus e alerta de tráfego cruzado e de saída de cruzamento também estão entre os itens.
Dentro, chamam a atenção as duas telas que parecem formar um só painel. Atrás do volante, o quadro de instrumentos em uma superfície de 10,25" configurável. Ao centro, a central multimídia, também em tela de 10,25".
Feita sobre uma evolução da plataforma K3 do fabricante sul-coreano, o novo Hyundai Elantra adotou desenho bastante ousado - e que promete dividir opiniões. Na frente, capô em curva com vincos e a generosa grade rebaixada - já vista no novo HB20 - se integram aos faróis, que formam uma espécie de bumerangue.
Nas laterais, os vincos e saliências nas portas formam uma espécie de seta cavada na carroceria. A traseira tem caimento cupê como no Honda Civic, e as lanternas triangulares têm as pontas voltadas para o centro da tampa do porta-malas. As colunas também convergem para a tampa.
Oficialmente, o Grupo Caoa - importador oficial da marca por aqui - diz que a importação do novo Elantra está em estudos. "Seguimos analisando todas as oportunidades, mas, no momento, ainda não temos previsão de datas para trazer o novo modelo", diz o comunicado enviado por e-mail.
Fontes ligadas à empresa dizem que o carro cobriria uma brecha dentro da Caoa Hyundai. Hoje, o grupo tem o Azera como único sedã dentro do portfólio - que custa R$ 269.990 - e o modelo mais barato da linha é o veterano SUV ix35, que custa a partir de R$ 99.990 - lembrando que HB20 e Creta são da Hyundai Motor Brasil.
A grande questão é justamente ter preço para o novo Hyundai Elantra. Com o dólar nas alturas, fica difícil fechar a conta para trazer a versão a combustão por volta de R$ 100 mil e ter condições de brigar no segmento de sedãs médios. Já a configuração híbrida pode ser uma estratégia mais de nicho, para bater de frente com o Toyota Corolla Hybrid.
Vale destacar que o Elantra já foi vendido aqui. Começou com a segunda geração, nos anos 1990, e até ganhou motor flex na quinta geração, em 2015. A sexta geração também foi comercializada, mas por pouco tempo: entre 2016 e 2018.