Nosso leitor conheceu por aqui todos os detalhes da nova Fiat Strada, seja em avaliação com as primeiras impressões ou vídeo com a picape. E recentemente também conhecemos seus preços - que começam em R$ 63.590 e terminam em R$ 79.990.
Agora vamos mostrar no que a picape compacta evoluiu - e também no que ela ficou devendo. Vale lembrar que a Strada demorou a chegar às lojas devido à pandemia de coronavírus (o lançamento seria em abril).
Obviamente isso é um ponto subjetivo, mas na nossa visão o desenho da picape melhorou bastante. Com linhas inspiradas na irmã mais robusta, a Fiat Toro, a Strada passa até a impressão de ser muito maior do que realmente é. Ponto positivo para a Fiat.
Nesse quesito é inegável o ganho. A nova Fiat Strada passa a ser feita sobre uma plataforma com 90% de aços de alta e ultra alta resistência, que, por si só, já é um avanço e tanto.
Porém, há ainda os obrigatórios controles de estabilidade e tração, além do sistema auxiliar de partida em rampa e quatro airbags. Na versão com quatro portas e cinco lugares, há os sistemas Isofix e Top Tether para fixação de cadeirinhas infantis. Nada disso estava disponível na antiga.
Desde a configuração de entrada, a nova Strada tem os itens citados acima. Porém, ainda recebe direção elétrica (nas 1.3), ar-condicionado, volante com ajuste de altura, computador de bordo, luzes diurnas, porta-escada, rodas de aço de 15 polegadas, cinto com ajuste de altura, preparação para som e caçamba com protetor, iluminação e tampa com alívio de peso.
Acredite, muitos desses itens eram opcionais ou só estavam presentes em versões mais caras da antiga Strada - que, vale sempre lembrar, continuará em produção na versão única Hard Working.
A topo de linha Volcano ainda é equipada com itens exclusivos, como faróis de LED, central multimídia com conexão sem fio e até câmera de ré e sensor de estacionamento traseiro.
O desenho do painel pode não ser dos melhores, já que é derivado de Uno e Mobi - e não de Argo e Cronos. Mas é fato que a qualidade dos materiais é muito superior aos da Strada de primeira geração. Não há rebarbas ou peças mal encaixadas.
Abandonar o motor E.torQ foi acertado. O 1.3 Firefly de 109 cv e 14,2 kgf.m com etanol (101 cv e 13,7 kgf.m com gasolina) compensa a diferença de potência em relação ao 1.8 e também é mais econômico.
Seja para passageiros ou para carga, a nova Fiat Strada oferece mais espaço de maneira geral. A picape saiu dos 4,43 metros da geração anterior para 4,48 m, enquanto o entre-eixos pulou dos 2,71 m para 2,73 m. A largura cresceu consideravelmente, de 1,66 m para 1,73 m.
Além disso, as quatro portas nos modelos cabine dupla facilitaram a vida dos passageiros traseiros. A propósito: agora ela é homologada para cinco passageiros nesta configuração, em vez de quatro como anteriormente.
Claro, o motor 1.3 é uma excelente notícia, mas ele poderia estar presente em todas as versões. Além disso, a marca poderia ter adiantado a chegada dos motores turbo e o câmbio automático, itens que ficaram para depois - provavelmente, só em 2021.
É muito mais fácil se achar na nova Fiat Strada, isso é inegável, mas há um erro grande ao não colocar ajuste de profundidade na coluna de direção. Há apenas regulagens de altura do banco do motorista, do cinto e do volante.
Herdado do Uno, o quadro de instrumentos é extremamente simples, apesar do display digital central de 3,5 polegadas. Até pode ser considerado uma melhoria em relação à Strada anterior, mas merecia ao menos um painel inspirado no Argo. Ou, quem sabe, um cluster digital de 8 polegadas como opcional na versão Volcano.