Porsche lança Cayenne Coupé a partir de R$ 459 mil

Versão 'acupezada' para competir com Audi Q8, BMW X6 e Mercedes GLE Coupé pode ter motor V6 ou V8; veja como acelera

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André Deliberato
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A Porsche lança no Brasil o inédito Cayenne Coupé, derivação "acupezada" do maior SUV da marca. O modelo chega para competir justamente contra modelos com esse conceito de carroceria, como BMW X6 (um dos precursores do segmento), Mercedes-Benz GLE Coupé e Audi Q8.

Vale lembrar, inclusive, que o Cayenne, Audi Q7/Q8, Volkswagen Touareg e até o Lamborghini Urus, além de diversos outros modelos do Grupo VW, são todos feitos sobre a mesma plataforma. A arquitetura é chamada MLB, sigla em alemão para "Matriz Modular Longitudinal" - em referência ao posicionamento do motor.

Visualmente, a versão cupê se difere da convencional devido ao caimento traseiro do teto, que é 2 cm mais baixo que o da versão "SUV" - e ele também é um pouco mais "bojudo", por ser 1,9 cm mais largo. Esteticamente, na minha opinião, o desenho ficou bem harmônico, tal qual Audi Q8 e Lambo Urus.

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Cayenne Coupé tem desenho dianteiro idêntico ao da versão "tradicional"
Crédito: Divulgação
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PREÇOS

Ele começa a ser vendido nas próximas semanas em duas versões, que custam R$ 20 mil e R$ 10 mil a mais que suas respectivas configurações "SUV":

Cayenne V6: R$ 439 mil

Cayenne V6 Coupé: R$ 459 mil

Cayenne V8 e-Hybrid: R$ 946.500

Cayenne V8 e-Hybrid Coupé: R$ 956.500

A versão de entrada V6 usa motor 3.0 turbo de seis cilindros com 340 cv e 45,9 kgf.m de torque. O conjunto é capaz de levá-lo de 0 a 100 km/h em 6 segundos e fazê-lo chegar a 243 km/h.

Já a configuração topo de linha, chamada Turbo, utiliza um conjunto híbrido que une um propulsor V8 de 4 litros (com 550 cv) a um motor elétrico (de 136 cv) . Juntos, oferecem o dobro da potência que a versão de entrada: são 680 cv e impressionantes 91,8 kgf.m de torque. São números capazes de fazê-lo acelerar de 0 a 100 km/h em abruptos 3,8 s - mais rápido até mesmo que de muitos superesportivos criados só para correr em pistas - e chegar à máxima de 295 km/h.

O que impressiona ainda mais é que o Cayenne mais caro, V8, consegue rodar até 40 quilômetros sem nenhuma emissão, graças ao motor elétrico. O que lhe rende números de consumo impressionantes, que podem chegar a valores entre 25 e 27 km/l (isso em um V8 de 2,5 toneladas e 680 cv!).

Nos dois casos, tanto no V6 como no V8, a caixa de câmbio é automática de oito marchas no padrão convencional (com conversor de torque). A transmissão Tiptronic permite trocas sequenciais, seja pela alavanca ou por borboletas atrás do volante.

Ainda em termos mecânicos, vale destacar o aerofólio traseiro adaptativo. Assim como no Panamera, ele "se abre" em 13,5 cm em velocidades acima de 90 km/h. Tem como função aumentar a pressão sobre o eixo traseiro, ao mesmo tempo em que o sistema de aerodinâmica ativa aumenta a eficiência do conjunto.

 SUV chega apenas em duas versões: V6, de 340 cv, e V8 e-Hybrid, de 680 cv
Cayenne Coupé 2020 laranja na estrada
Legenda: SUV chega apenas em duas versões: V6, de 340 cv, e V8 e-Hybrid, de 680 cv
Crédito: Divulgação
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LISTA DE EQUIPAMENTOS

Obviamente, o Cayenne tem tudo que um carro de mais de R$ 400 mil precisa ter. Mas merece destaque o seletor de modos de condução (há quatro tipos, incluindo uma parte especial dedicada ao uso no off-road).

Ele também é equipado com controle de largada e sistema de suspensão pneumática ativa. Sem falar na central multimídia com tela tátil de 12 polegadas e espelhamento via Apple CarPlay e Android Auto.

Entre os opcionais, há controle de cruzeiro adaptativo (ACC) e até kits de desempenho que reduzem o peso do carro, aplicando peças de fibra de carbono e rodas mais leves, cujos preços ainda não foram revelados.

Mas, fique atento: logo o Cayenne Coupé surgirá para personalização no site oficial da Porsche. E, nessa montagem, vale destacar que a versão V8 ultrapassa fácil a casa de R$ 1 milhão.

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Visualmente, Cayenne Coupé é mais bonito e esportivo que a versão "SUV"
Crédito: Divulgação
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PRIMEIRAS IMPRESSÕES

A equipe de WM1 rodou cerca de 400 quilômetros com a versão V6 de entrada do Cayenne na Serra Gaúcha. O que mais impressiona, para quem dirige, é o botãozinho central do manettino do volante, que funciona como um overboost.

O dispositivo age durante 20 segundos e transforma o carro em um canhão. Nesse breve tempo, o carro muda para o modo Sport Plus, o motor sobe de giro, o câmbio reduz marchas e o SUV se mostra pronto para fazer qualquer ultrapassagem.

Fazendo uma analogia, essa função serve quase como uma asa móvel de um Fórmula 1, técnica de redução de arrasto criada em 2011 para ultrapassagens em linhas retas. Foi difícil largar o "vício" de apertar o botãozinho toda vez que precisei ultrapassar.

No mais, a sensação é muito boa de guiar um carro extremamente forte e bom de curva - isso porque estamos falando de um SUV e na sua configuração mais branda.

Câmbio tem boas trocas e motor responde muito bem, mas em alguns momentos falta certo fôlego e chega a ser possível sentir o enorme peso do carro - situação que deve desaparecer na versão V8, a mais forte.

Já a suspensão é muito dura, mesmo no modo mais "soft", o que fica ainda mais evidenciado pelas rodonas de 22 polegadas. Em trechos fora de estrada, o pneu traseiro esquerdo do carro testado pelo WM1 chegou a furar. Tivemos que trocar pelo estepe de emergência, inflável por compressor, que tem 19 polegadas, mas uma largura bem menor.

Rodas da versão V6 são de 22 polegadas, mas estepe de emergência é aro 19''
Crédito: Divulgação
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POR DENTRO

Espaço interno, outro ponto importante a se falar, também não compromete. Mesmo com o caimento acentuado do teto, desde a coluna A até a coluna C, o Cayenne Coupé é surpreendentemente espaçoso, bem maior que um Macan.

Por ter linha de cintura alta, por fora a sensação é de aperto, mas os bancos conseguem ser posicionados bem para baixo, aumentando a área para os ocupantes.

Com os bancos dianteiros (eletricamente) posicionados para pessoas com 1,80 m, o espaço para quem vai atrás continua bom, para pernas e cabeça. Uma terceira pessoa já vai mais incomodada no assento central traseiro devido ao túnel elevado no assoalho.

Em termos de porta-malas, a Porsche anuncia capacidade de 625 litros, podendo chegar a 1.540 litros quando os assentos forem rebatidos (números que caem para 600 e 1.510 litros respectivamente no Cayenne V8 por causa da bateria do motor elétrico).

Só que o número divulgado deve ser considerando o volume até o teto, já que pessoalmente o bagageiro não é tão grande assim...

Interior é luxuoso, tem materiais nobres e é bem construído como em qualquer Porsche
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