O caro leitor está pensando em comprar uma moto para trabalhar com entregas? Provavelmente vai se dar bem, pois esse segmento de labuta cresce sem parar - principalmente nos grandes centros.
Para ajuda, listamos aqui cinco motos zero-quilômetro baratas de comprar de manter, que vão te ajudar no delivery e cobrar pouco do seu bolso na manutenção e nos eventuais consertos. Escolha e bora ralar, que aqui ninguém nasceu herdeiro!
A mais barata da lista é uma pequena e curiosa moto. A Sport 110i é produzida originariamente pela TVS, uma fabricante indiana gigante. Vem desmontada para o Brasil, é montada em Manaus (AM) e vendida apenas pela Mottu, que é uma empresa de aluguel de motos que atua somente em São Paulo (SP). O site diz que a moto custa R$ 13 mil à vista (sem frete e emplacamento) e oferece a opção financiada, com entrada de R$ 2 mil mais 36 parcelas de R$ 540. Pagável, mas ai o preço final da moto baterá em R$ 21 mil. A Sport 110i tem motorização modesta, com 109 cm³ e 8,1 cv de potência, e câmbio de quatro marchas.
Não é veloz, mas é econômica e a mecânica simples torna sua manutenção fácil e barata. A Mottu diz que a velocidade máxima é de 100 km/h e o consumo médio, de 65 km/l. Como o tanque pega 10 litros, em teoria a autonomia é de 650 quilômetros. Para trabalhar, está mais do que bom.
A DK 150 é a street mais barata da Haojue. Simples, mas com recursos decentes como freio dianteiro a disco, partida elétrica e câmbio de cinco marchas, é uma opção bem racional. O motor de 149 cm³ é alimentado por carburador e entrega 11,2 cv de potência.
O consumo varia na faixa dos 35 km/l a 40 km/l, o que já é bastante bom. Quem quiser subir um degrauzinho pode investir um pouco mais na irmã DK 160, que é pouca coisa mais sofisticada e potente. Injetada, entrega 15 cv. Mas custa R$ 16.621. Como queremos preço baixo, escolhemos a DK 150.
A moto street mais barata da Yamaha tem preço e especificações adequadas para quem vai ralar no delivery. O preço bate em R$ 16 mil com o frete de R$ 838, mas ainda assim é interessante. E a moto tem partida elétrica, freio dianteiro a disco, freios com assistência combinada e câmbio de cinco marchas na gerência do veterano e confiável motor.
Com 125 cm³, comando simples, tecnologia flex e injeção eletrônica, rende 11 cv de potência. O consumo vai de 35 km/l a 45 km/l, dependendo da mão direita do piloto. Quem quiser algo acima terá que partir para a a Factor 150, que é pouca coisa mais sofisticada e forte (pouco mais de 12 cv), e custa R$ 16.590.
Claro que a líder absoluta de vendas do mercado brasileiro não poderia faltar. Mas não escolhemos a versão mais barata. São três, e fomos na intermediária Fan. O motivo: a versão básica Start, de R$ 14.650, tem o fraco freio dianteiro a tambor, algo que já deveria ser extinto das motos na face da terra. Além disso, tem rodas raiadas que usam pneus com câmara e o motor, embora o mesmo das outras versões, só usa gasolina - nas Fan e na Titan, é flex.
A Fan e mais bonita, usa rodas de liga leve e o motor injetado rende 15 cv de potência com etanol. O consumo, com gasolina, fica na faixa das rivais: entre 35 km/l e 40 km/l. Pegando a pior marca, a moto - cujo tancão pega 16,1 litros - tem mais de 550 quilômetros de autonomia. Bom, né?
Botar na lista uma trail? Sim. Explicamos: a escolha é para lembrar ao caro leitor que as trail urbanas fazem a mesma coisa que as street, porém com mais conforto. E pouca gente se dá conta disso - tanto que as street vendem mais. Mas se trabalhar com entregas significa asfalto ruim, buracos, quebra-molas e valetas aos montes, porque não enfrentar tudo isso com suspensões mais altas, de curso mais longo e mais macias?
Pois a Haoue NK 150 entrega tudo isso por R$ 18.580. É mais cara que as street, porém mais barata que as rivais Honda NXR 160 Bros e Yamaha XTZ 150 Crosser - e sua coluna vai agradecer. O motor de 149 cm³ injetado entrega 12 cv, potência modesta mas suficiente para a ralação diária. E vale lembrar que aqui o consumo também vai de 35 km/l a 40 km/l. Com tanque para 12,2 litros, a autonomia teórica supera os 400 quilômetros. E tudo isso sem ser uma moto tão visada.