A Yamaha anunciou no Festival Interlagos que, finalmente, venderá a trail média Ténéré 700 no Brasil. Festa para os admiradores da moto, que esperaram quatro anos por isso.
Mas rolou uma água no chope: a fabricante japonesa também disse que a moto só estará nas lojas no primeiro trimestre do ano que vem. E também não revelou o preço, que estimamos entre R$ 60 mil e R$ 70 mil (números de hoje).
Pois quem não quer esperar - ou não pode, pois já tem alguma viagem aventureira marcada - tem outras boas opções no mercado brasileiro. Listamos aqui seis alternativas, sendo cinco bem racionais e uma, lá no fim, meio "viajante" (com trocadilho, por favor), destinada apenas a quem tem um bolso muito bem fornido. Vamos a elas:
A linha Tiger e sucesso absoluto no mercado brasileiro. Aliás, o Brasil é o país que mais compra modelo Triumph Tiger no mundo! Pois a Tiger 900 é vendida aqui em três versões diferentes GT e GT Pro, mais para o asfalto, e Rally pro, com aptidão para o off-road. Todas usam o mesmo motor tricilíndrico de 888 cm³, que rende 106 cv de potência com 9,2 kgf.m de torque. O desempenho é forte e seguro - a moto tem ABS, controle de tração, modos de condução e painel de TFT, entre outros recursos. Os preços variam de R$ 69.590 a R$ 79.990 - quem quiser pagar menos pode optar pela irmã menor Tiger Sport 660, que é uma crossover destinada somente ao asfalto.
A trail média-grande da marca alemã acabou de mudar: a nova geração foi lançada justamente no Festival Interlagos. A moto é vendida em duas versões, Standard e Plus Triple Black, que variam nas cores e em alguns poucos recursos. Ambas usam o mesmo motor bicilíndrico em linha de 895 cm³, que entrega 87 cv de potência com 9,2 kgf.m de torque. As virtudes da linha "F" da BMW todo mundo conhece: são motos robustas, versáteis e extremamente fáceis de pilotar. Os preços até que são competitivos: vão de R$ 66.900 a R$ 69.900.
A Versys 650 é uma daquelas motos extremamente prazerosas de pilotar. É vendida em duas versões, standard e Tourer - a segunda vem com baús laterais, top case traseiro, para-brisa maior e fumê e outros quitutes. Mas ambas usam o mesmo motor bicilíndrico em linha de 649 cm³, que 67 cv de potência e 6,2 kgf.m. A Versys 650 não é uma moto feita o off-road como a Tenéré 700, mas resolve tudo para quem não faz questão de andar na terra. Tem ABS, controle de tração, painel de TFT e outros baratos, e custa R$ 54.140 (standard) ou R$ 61.140 (Tourer).
A V-Strom 650 DE e uma opção bem racional à Ténéré 700. Custa R$ 67.500, valor na faixa do que estimamos para a futura Yamaha, e assim como a futura concorrente também é bastante versátil - vai bem no asfalto e enfrenta off-road com muita tranquilidade. O motor da nova geração, que chegou ao nosso mercado este ano, é bicilíndrico em linha, tem 776 cm³ e entrega 84 cv de potência com 7,9 kgf.m de torque. Tem design inovador e especificações de grife, como as suspensões Showa, controle de tração com quatro ajustes, modos de direção, ABS com dois modos e quickshifter bidirecional.
Assim como a Kawasaki Versys 650, a Honda NC 750X quer distância das estradas de terra e não é uma opção tão óbvia para os candidatos a comprar uma Ténéré 700. Mas vale a pena levá-la em conta quando se pensa no precinho bem mais em conta - R$ 52.680 - e nas principais virtudes do modelo. A NC é uma moto extremamente confortável mesmo com garupa, ótima para viajar e ainda por cima muito econômica. O motor bicilíndrico em linha de 745 cm³, 58,6 cv de potência e 7,03 kgf.m de torque é capaz de fazer médias de consumo acima dos 30 km/l, número excelente para uma moto desse tamanho. Para completar, tem iluminação full-LED, ABS, controle de tração, três modos de pilotagem e pacotes de acessórios bem úteis (e caros). Quem eliminar a NC 750X de sua lista porque quer realmente rodar na terra pode investir um pouco mais e pagar R$ 81.100 na versão mais barata da CRF 1100L Africa Twin - esta, sim, com boas aptidões off.
Agora vamos imaginar que o caro leitor está com uma boa grana sobrando e pode comprar a moto que quiser, sem se preocupar com preço. Então recomendamos que pense na MV Agusta Enduro Veloce 800. A MV Agusta não tem rede de concessionários no Brasil - só uma loja, em Campinas (SP). Isso quer dizer que a assistência técnica é limitada e as peças de reposição, raras e caras. Então por que comprar essa moto? Pelos seguintes motivos: você pode pagar para que enviem peças da Itália, você quer exclusividade, a moto é incrivelmente linda e o motor tricilíndrico de 931 cm³ te entregará 124 cv e 10,4 kgf.m de adrenalina (o zero a 100 km/h acontece em 3,7 segundos...). Isso tudo junto com painel de instrumentos de TFT que tem até wi-fi, suspensões dianteira (invertida) e traseira da grife alemã Sachs, freios Brembo Stylema, controles de largada e de tração, ABS, alarme e iluminação full-LED, entre outros mimos. O preço na Europa começa em 23 mil euros - na conversão direta, uns R$ 134 mil. Aqui no Brasil, por importação, bateria nos R$ 200 mil. É só encomendar!