A "malvada" Ducati Streetfighter V4 está entre nós

E acabou: as 60 unidades do lote inicial da já foram vendidas - por R$ 147 mil cada! Design e potência são os destaques

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Roberto Dutra
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A Ducati Streetfighter V4 finalmente chegou ao Brasil. A marca italiana apresentou a moto ao nosso mercado na noite de quinta-feira (14), em uma live. Conforme publicamos aqui, a previsão inicial era de que a lindíssima Streetfighter chegasse em setembro, mas houve um pequeno atraso ainda devido às complicações que a pandemia mundial de Covid-19 causou na logística das principais fabricantes de motocicletas do planeta.

Ducati Streetfighter V4 (17)
Extremamente potente e cheia de eletrônica, a Streetfighter promete proporcionar muita adrenalina
Crédito: Divulgação
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Mas isso só parece ter aumentado a ansiedade pelo modelo. Tanto que o lote inicial de 60 unidades foi todo comercializado ainda na pré-venda, antes mesmo de as motos chegarem às concessionárias - ao preço de R$ 146.990 cada! Não é para menos: a Streetfighter V4 corresponde às mais exigentes expectativas com um design incrivelmente agressivo e bonito, muita tecnologia embarcada e um desempenho capaz de fazer a alma sair do corpo.

O design da Streetfighter V4S é arrebatador: moto de alta cilindrada, mas compacta e com aspecto musculoso
Crédito: Divulgação
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A Streetfighter foi lançada na Europa em março de 2020 em duas versões, standard e V4 S, mas para o Brasil só virá a segunda - que é a mais completa. No visual, são praticamente iguais: só mudam cores e grafismos. Mas é a mesma naked com design invocadíssimo, que inclui até aquelas asinhas aerodinâmicas nas laterais, que só costumamos ver nas superbikes carenadas. 

Frente arrebatadora:  faróis de LED que parecem olhos invocados, DRLs, garfos dourados e asinhas aerodinâmicas
Crédito: Divulgação
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Para quem servem? Feitas em material termoplástico reforçado com fibra de vidro, elas são levemente inclinadas para baixo na parte frontal. Ao receber o impacto do vento, geram a chamada "downforce"  - a força física que empurra a moto para baixo. O resultado é mais aderência ao solo e, consequentemente, a possibilidade de uma pilotagem mais radical.

A traseira segue o estilo agressivo da frente: arrebitada, curta, alta e com lanternas de LED embutidas
Crédito: Divulgação
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O desempenho da moto, aliás,  promete coerência com a aparência malvada: o motor é o mesmo V4 já usado na big trail Multistrada e na superbike Panigale, porém com uma calibração própria. Tem quatro cilindros em V inclinados em 90 graus, 1.103 cm³, 208 cv de potência a 12.750 rpm e torque de 12,5 kgf.m a 11.500 rpm.

Como a moto pesa entre 178 kg nesta versão "S", é melhor o piloto ser bom de braço! Para comparação, na Multistrada, de 215 kg, o V4 rende 170 cv e 12,7 kgf.m; e na Panigale V4 R (versão topo de linha), chega a colossais 221 cv e 11,5 kgf.m - nesse caso, para módicos 172 kg.

É melhor o piloto ser bom de braço: o motor da Streetfighter rende 208 cv de potência lá em cima: a 12.750 rpm!
Crédito: Divulgação
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O câmbio da Streetfighter tem seis marchas com embreagem deslizante e assistida e quickshifter bidirecional. Na versão standard a suspensão dianteira é Showa invertida e a traseira é Sachs, ambas totalmente ajustáveis. Mas na versão V4 S que será vendida aqui, há mais sofisticação: tanto a dianteira quanto a traseira são da grife sueca Öhlins e têm compressão e retorno ajustáveis eletronicamente (o curso é sempre de 12 cm em ambas). Nesta versão "top", o amortecedor de direção também é da Öhlins.

A grife sueca ÖHlins é a fornecedora das suspensões dianteira e traseira (foto) da Streetfighter V4 S
Crédito: Divulgação
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As rodas também diferem de acordo com a versão: a V4 S tem peças "grifadas", de três pontas, feitas em alumínio e fornecidas pela conterrânea Marchesini. Já a standard usa rodas de liga leve com cinco pontas. Mas ambas têm a mesma balança monobraço feita em alumínio e calçam pneus 120/70 R17 na frente e 200/60 R17 atrás, modelo Pirelli Diablo Corsa II. Já os freios são Brembo Stylema com disco duplo na frente e simples atrás, enquanto o painel é uma tela colorida de TFT com 5 polegadas rica em informações - tem até monitoramento de pressão dos pneus.

A versão V4 S vendida no Brasil também tem amortecedor de direção da Öhlins. No alto, o painel de TFT
Crédito: Divulgação
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A eletrônica a serviço do piloto é monitorada por uma unidade de medida inercial (IMU) de seis eixos e traz modos de pilotagem e de entrega de potência, além de controles de tração, de freio-motor, de largada e anti-empinamento - todas as informações e "set-ups" são exibidos no belíssimo painel de instrumentos com tela de TFT, e os ajustes sã feitos por botões no punho esquerdo. O ABS é atuante em curvas e a iluminação, full-LED com luzes de rodagem diurna (DRLs). O entre-eixos é de 1,48 m, o banco fica a 84,5 cm do solo e o tanque pega 16 litros de combustível.

Os ajustes dos modos de pilotagem e outros controles eletrônicos são feitos por botões no punho esquerdo
Crédito: Divulgação
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Enquanto a Streetfighter chega, acaba e esperamos pelo próximo lote, já aguardamos também a  Multistrada V4, que foi lançada lá fora recentemente, Mas é melhor esperarmos sentadinhos: inicialmente prevista para dezembro, a big trail com esse novo motor só deverá chegar ao Brasil no ano que vem - e deve custar uns R$ 150 mil, pelo menos.

Confira abaixo um instigante vídeo da Streetfighter V4 S em alta velocidade:

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