No último dia 1º de maio publicamos o terceiro capítulo da novela mexicana (na verdade, indiana) em que a chegada da Royal Enfield ao Brasil se transformou. Noticiamos que, devido a um novo adiamento, a moto só chegaria entre julho e agosto - as previsões anteriores eram março e, depois, maio, mas o forte surto de covid-19 que assolou a Índia nos últimos meses, que causou, inclusive, problemas logísticos, levou a sucessivos replanejamentos.
Pois bem, agora é oficial: a moto será lançada no país no próximo dia 6 de julho.
A marca anunciou o lançamento oficialmente, mas naturalmente não revelou o preço ou as versões que serão vendidas aqui. Mas mantemos nossa aposta em um máximo de R$ 20 mil e nas três versões existentes - Fireball, Stellar e Supernova. Se vier por menos que isso - algo em torno de R$ 18 mil - não temos dúvidas de que haverá filas nas portas das concessionárias.
A chegada da Meteor 350 ao Brasil é ansiosamente aguardada tanto pelos futuros proprietários quanto pelos concessionários - com o fim das vendas da Classic e da Bullet, ficaram apenas a Himalayan 400 e as twins Interceptor e Continental GT 650 nas vitrines. Ou seja, um lineup bem limitado. E como a Meteor 350 será razoavelmente acessível, poderá dar giro e rentabilidade às lojas.
Nas ruas, a Meteor 350 poderá ser o "degrau médio" que falta no segmento custom aqui no Brasil. Afinal, hoje temos as pequenas Haojue Chopper Road 150, de R$ 11.497, e Dafra Horizon 150, de R$ 11.690, e depois há um "buraco" de modelo e preço até a Kawasaki Vulcan 650 S, que supera os R$ 36 mil.
Para quem não lembra, a Meteor 350 é uma moto simples, discreta e charmosa, com tanque em forma de gota (leva 15 litros), banco com duas alturas, farol redondo, painel com um único relógio posicionado entre o guidom e a cuba do farol, para-lamas arredondados, guidom discreto e de altura média, rodas de liga leve, um longo escape e uma charmosa lanterninha redonda estilo jipe.
Na Índia, existem as versões básica Fireball, intermediária Stellar (com pintura full-colour e encosto de garupa) e topo de linha Supernova (que agrega pintura bicolor e para-brisa). As configurações e equipamentos podem mudar no Brasil.
Lá, a moto tem como opcionais uma tomada USB e o "tripper navigation", um segundo reloginho instalado ao lado do painel para mostrar, por setas, as indicações de um GPS - funciona conectado ao smartphone do piloto via Bluetooth.
Fora isso, as modernidades da moto se limitam às luzes de rodagem diurnas com LEDs e ao ABS nos dois freios a disco - com 30 cm de diâmetro na frente e 27 cm atrás. De resto, mecânica convencional: suspensão dianteira com garfos de 13 cm de curso e traseira bichoque com seis ajustes na pré-carga, e pneus 100/90 R19 na frente e 140/70 R17 atrás.
O motor é um monocilíndrico refrigerado a ar e óleo com 350 cm³, que rende 20 cv de potência a 6.100 rpm e torque de 2,7 kgf.m a 4.000 rpm. Números modestos, mas que resolvem no uso urbano. O câmbio tem seis marchas, com secundária por corrente. Uma boa virtude para rodar no Brasil é a ótima distância livre do solo, de 17 cm. Alô, mês de julho: chega logo!