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As motos mais valiosas do mercado brasileiro

Três esportivas encabeçam o ranking, mas luxo, volume de recursos e tecnologia também botaram muitas touring na briga

por Roberto Dutra

Quais as motocicletas mais caras que o dinheiro pode comprar no Brasil? Já que sonhar é de graça, investigamos as motos vendidas no país, marca por marca, e fizemos aqui uma lista com as 10 mais valiosas do mercado brasileiro. Naturalmente as marcas "premium" ocupam as principais posições.
Os três lugares mais alto do pódio ficaram com as mais cobiçadas superesportivas, que têm motores incrivelmente potentes, muita tecnologia embarcada e detalhes aerodinâmicos peculiares. Para nossa surpresa, o ranking foi completado por modelos touring e nenhuma big trail entrou na festa - pelo menos até o ano que vem...
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Os maiores preços do mercado brasileiro de motos

1. Ducati Panigale Superleggera V4 - R$ 1,1 milhão


Vendida sob encomenda, a moto mais cara do Brasil é uma italiana endiabrada cujo motor com quatro cilindros em linha e 998cm³ rende nada menos que 234 cv de potência, potência de sobra para seus 152 quilos (a seco). O preço deve-se não somente aos materiais nobres usados na moto (titânio, alumínio, fibra de carbono etc), mas também a fato de que apenas 500 unidades serão produzidas para todo o mundo.

2. BMW S1000 RR HP4 Race - R$ 490.000


Também vendida sob encomenda, a HP4 Race é a versão da BMW S 1.000RR desenvolvida para o uso em pistas e circuitos fechados. Seu motor de quatro cilindros em linha e 999cm³ gera 215 cv de potência para levar seus magros 146 quilos (a seco) - este baixo peso foi obtido com o uso de materiais como fibra de carbono e a retirada de tudo que não é necessário para sua proposta. Ou seja, não há farol, lanterna, piscas, number plate, banco e pedaleiras de garupa.

3. Kawasaki H2R - R$ 357.000


A marca japonesa entrou nessa louca competição pela velocidade com a H2R, uma espécie de sucessora das Ninja ZX-12R e ZX-14R, que - cada uma em sua época - foram referência em desempenho. O barato aqui é que o motor quatro-em-linha de 998cm³ tem sobrealimentação por compressor de ar, o que leva a potência à incrível marca dos 310 cv. O resultado é que, enquanto as concorrentes chegam em velocidades máximas em torno dos 330km/h, essa aqui bateu a marca dos 400km/h - feito realizado pelo piloto de caças e tetracampeão mundial de SuperSport Kenan Sofuoglu em 2016, na inauguração da quarta maior ponte suspensa do mundo, a Ozman Gazi (ou Izmit Bay Bridge), que cruza a baía de Izmit, na Turquia. Atualmente não consta no site da Kawasaki brasileira, que já vendeu alguns lotes no país - mas pode voltar a qualquer momento.

4. BMW K 1.600 GTL R$ 255.500


A touring da BMW é um transatlântico que pretende oferecer tecnologia, segurança e, principalmente, muito conforto. É cheia de recursos modernosos, como sistema de som completo, suspensões ativas, acelerador eletrônico, controle de tração, manoplas aquecidas, piloto automático, modos de pilotagem, farol direcional de xênon, luz de rodagem diurna, assistente de partida em ladeiras, controle de pressão dos pneus, marcha a ré, baús laterais e traseiro e para-brisa com ajuste elétrico. Ufa! Achou pouco? O motor é um atrativo diferente, já que exibe uma configuração bastante rara: são seis cilindros em linha, que somam 1.649 cm³ e liberam enormes 17,8 kgf.m de torque com 160 cv de potência.

5. BMW K 1.600 Bagger R$ 245.500


Esta Bagger é uma espécie de versão da K 1.600 GTL que vimos aí em cima. É uma opção com um aspecto mais jovem e menos "tiozão", e um pouco menos equipada, mas tem vários recursos eletrônicos iguais aos da mais completa, o mesmo motor seis-em-linha e belas lanternas futuristas embutidas nos baús. Nesse patamar, os R$ 10 mil a menos nem fazem muita diferença...

6. Harley-Davidson CVO Limited R$ 214.500


Aqui falamos de uma das mais clássicas motocicletas feita por uma das mais tradicionais fabricantes de motos. A Harley-Davidson criou uma versão CVO para a antiga Electra Glide, que com o passar dos anos mudou de nome algumas vezes. Virou Electra Glide Classic, depois Ultra Limited e por aí vai. Essa "CVO Limited" vem da Custom Vehicles Operation (CVO), a divisão de customização da Harley. Ou seja, vem toda fuçada de fábrica. Além de todo o conforto que se espera uma touring desse naipe (e que compete com a BMW K 1.600 GTL aí de cima), tem o maior motor atualmente feito pela marca americana: o V2 Milwaukee-Eight 117, que tem 1.923cm³ de capacidade cúbica, quase 17 kgf.m de torque e cerca de 93cv de potência.

7. Harley-Davidson CVO Street Glide R$ 193.300


Assim como acontece com as BMW K 1.60 GTL e Bagger, a CVO Street Glide meio que repete o parentesco: é uma versão um pouco mais jovem e simples da CVO Limited. Mudam algumas especificações, há recursos a menos, mas o motorzão V2 é o mesmo. A diferença de preços, porém, é maior.

8. BMW R 1.250 RT R$ 168.500


A terceira integrante da família touring da BMW também está na nossa lista. A R 1.250 RT é uma touring cheia de estilo, mas bem diferente das "irmãs". Como é uma "R", tem motor boxer, aquele com cilindros "deitados", um para cada lado. São 1.254 cm², 136 cv de potência e 14,5 kgf.m de torque. Além disso, tem lá seus recursos, como controle de tração, assistente de partida em subidas e som.

9. Honda GL 1800 Gold Wing Tour R$ 162.812


A Gold Wing é uma das motos mais tradicionais da linha Honda. Nascida em 1974 como uma típica naked da época (linhas quadradas com cantos arredondados, aspecto musculoso, farol redondo, muitos cromados), era uma moto com cara de moto - como as Four da Honda dos anos 70 e 80, no Brasil. Mas foi modernizada e sofisticada com o passar do tempo, e aí virou uma touring enorme, luxuosa e cara, para enfrentar as Harleys e as BMW no mercado americano. O motor original, com quatro cilindros boxer (dois para cada lado), virou seis cilindros (três para cada lado). Dos 99 cm³ e 80 cv de potência originais, cresceu para 1.833 cm³ e 126 cv. O torque é de 17,3 kgf.m, na média das rivais.

10. Honda GL 1800 Gold Wing R$ 142.012


Temos aqui mais um caso de parentesco muito próximo, como nos casos das BMW e das Harley-Davidson. A Gold Wing sem o sobrenome "Tour" é R$ 20 mil mais barata, tem menos recursos (mas ainda estão lá gadgets como as conexões Android Auto e Apple Car Play para smartphone e afins) e exibe um visual talvez mais jovial, com seu estilo malvadão "bagger" - determinado pelos baús laterais de fibra com lindas lanternas embutidas.

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