Motos de média cilindrada costumam ser uma excelente opção para quem não quer rodar por aí de "perereca", mas também não deseja ou não pode gastar uma pequena fortuna em um modelo de alta cilindrada.
Esses modelos ainda têm a vantagem de serem bem versáteis: vão bem no uso urbano diário e permitem viagens com alguma comodidade e segurança - o desempenho na estrada não é sofrido, desde que a condução seja civilizada. Para completar, a manutenção costuma ser bem mais em conta que a das motos maiores.
Mostramos aqui cinco boas opções de motos de diferentes estilos e com cilindrada de baixa para média, que podem atender a muita gente que se encaixa nessa demanda. Clássica, naked, crossover, esportiva ou alguma mistura desses conceitos? Escolha a sua e bons rolés!
A moto mais barata dessa lista é, também, a mais nova no mercado brasileiro. A Bajaj indiana chegou ao país no início deste ano, com três modelos da linha Dominar - com 160, 200 e 400 cm³. E esta maior tem dominado a cena (perdão pelo trocadilho).
Com visual que mistura elementos de naked, crossover e touring, vem de fábrica com para-brisa, protetores de mãos, de motor e de cárter, banco bipartido, um pequeno encosto para garupa e bagageiro com suporte para baú - itens pouco usuais em modelos naked.
Mas que ajudam a compor um ótimo custo/benefício quando somados ao resto: painel duplo, iluminação full-LED, freios a disco com ABS nas duas rodas, seis marchas e embreagem deslizante e assistida. O motor é um monocilíndrico com quatro válvulas e comando simples no cabeçote, com refrigeração líquida e três velas (!).
Seus 373 cm³ entregam 40 cv de potência a 8.800 rpm e torque de 3,5 kgf.m a 6.500 rpm. São números comportados, mas que respondem bem em ambiente urbano e não incomodam na estrada, desde que a condução seja tranquila. O peso é de 192 quilos em ordem de marcha. Por enquanto, joga contra o modelo apenas o reduzido número de concessionárias. Mas é uma boa opção para quem quer gastar pouco e ter uma eficiente moto média na garagem.
A Interceptor 650 foi lançada no Brasil em 2020 e, desde então, teve boa aceitação por aqui. Sem histórico de problemas crônicos, tem no visual clássico sem excessos ("moto com cara de moto") seu grande barato. Tornou-se boa opção para quem quer uma moto zero que não custa caro, tem manutenção simples e permite desfiles estilosos sem, no entanto, chamar a atenção de quem não deve.
O motor bicilíndrico de 648 cm³ com refrigeração a ar e óleo e comando simples no cabeçote rende módicos 47 cv a 7.250 rpm com 5,2 kgf.m. Não proporciona um desempenho forçudo para seu 202 quilos em ordem de marcha, mas é mais que suficiente para o ir e vir diário e anda permite passeios tranquilos e seguros sem compromisso com a hora. Com tanque para 13,7litros, tem câmbio com seis marchas e freios a disco nas duas rodas, com ABS. Vale lembrar que quem prefere um visual mais cafe racer pode pegar a irmão quase gêmea da Interceptor - a Continental GT, que tem a mesma mecânica e custa R$ 29.900.
A Yamaha R3 exibe muita regularidade nas vendas desde que foi lançada no país. Quase todo mês é a esportiva mais vendida do mercado brasileiro. Naturalmente seu motor bicilíndrico com oito válvulas, refrigeração líquida e comando duplo no cabeçote não lhe dá uma performance de superbike - afinal de contas, são apenas 321 cm³.
Mas a motoquinha despeja seus 42 cv de potência gritando lá em cima, a 10.750 rpm, com torque de 3 kgf.m a 9.000 rpm. Ou seja, dá para brincar de verdade, e com muito mais segurança do que se fosse em cima de uma moto com motor de 1.000 cm³. A moto ainda tem freios com ABS, tanque para 14,2 litros e 193 quilos de peso em ordem de marcha.
Além do design agressivo e de bom gosto e do desempenho coerente, a R3 ainda surpreende pelo razoável conforto - coisa incomum em esportivas - e pela liquidez no mercado de usados: é sempre uma moto bem procurada. Assim, essa é a opção para quem dispensa garupa e quer se sentir num MotoGP sem correr altos riscos.
A Kawasaki Z400 é uma típica naked moderna. Tem design agressivo, com motor exposto, moldura no farol dianteiro - que parece uma cara invocada -, tanque alto para bons 14 litros e peso coerente, de 167 quilos em ordem de marcha.
O motor é bicilíndrico com 399 cm³, oito válvulas, comando duplo no cabeçote e refrigeração líquida. Rende 48 cv de potência a 10.000 rpm com torque de 3,9 kgf.m a 8.000 rpm. 8 válvulas. O câmbio tem seis marchas, com embreagem assistida e deslizante. A moto ainda é equipada com indicador de pilotagem econômica e freios ABS.
Como não tem bagageiro, suporte para baú nem pontos bons para amarrar bagagens, é indicada para o uso diário e rolés curtos, nos quais você não precise levar nada além de alguém na garupa. Boa opção para isso e para tira aquela ondinha com os amigos - sem gastar uma pequena fortuna...
O que dizer da Honda CB 500X? Sim, é uma moto cara. Mas o conjunto da obra justifica o valor mais alto que os das demais motos que listamos aqui. Para começar, o motor bicilíndrico refrigerado a água entrega 50,2 cv de potência a 8.500 rpm com 4,54 kgf.m de torque a 7.000 rpm. Bons números para seus cerca de 208 quilos em ordem de marcha.
O motor vem casado a uma transmissão com seis marchas, gerenciada por embreagem deslizante. A moto ainda tem iluminação full-LED, painel digital com tela de LCD blackout, suspensões excelentes e tanque para 17,7 litros, que proporcionam uma excelente autonomia, de cerca de 400 quilômetros.
Some isso à versatilidade típica de uma crossover autêntica, à tradicional confiabilidade das motos da marca e ao número de concessionárias Honda no país, e a opção torna-se realmente relevante, apesar do preço.