A Bajaj do Brasil é a mais nova integrante da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). A marca de origem indiana passa a integrar a lista, que hoje é composta BMW, Dafra, Ducati, Harley-Davidson, Honda, JTZ (Haojue, Kymco e Hisun), Kawasaki, Suzuki, Triumph e Yamaha. Ou seja, basicamente as marcas que têm fábricas ou linhas de montagem no Polo Industrial de Manaus (PIM).
Associar-se à Abraciclo é um passo importante para a consolidação da Bajaj no mercado brasileiro. Ao fazer parte da associação, a marca passa a participar e a beneficiar-se das decisões tomadas pela entidade, entre outros aspectos.
A Abraciclo representa os fabricantes de veículos de duas rodas no país, coordenando pautas como o desenvolvimento e a defesa da competitividade do setor nas áreas de política industrial, segurança viária e técnica. O Brasil é um dos sete maiores fabricantes de motocicletas do mundo.
Em outros países da América do Sul, a Bajaj opera por meio de importadores e/ou distribuidores. No Brasil, é uma subsidiária diretamente controlada pela matriz indiana.
Em junho de 2022 revelamos aqui a volta da Bajaj ao mercado brasileiro. A marca começou suas operações entre o final de 2022 e o início de 2023 e, em seu primeiro ano "cheio", emplacou pouco mais de 6 mil motocicletas no país. Isso operando com apenas três modelos - as Dominar 160, 200 e 400. A meta para este ano de 2024 é triplicar esse volume de vendas. Para isso, a Bajaj vai aumentar progressivamente sua rede de concessionários.
A marca vende no mercado brasileiro três modelos. A menor a mais barata é a Dominar 160, que custa R$ 17.420. Tem motor monocilíndrico refrigerado a ar com 160 cm³, que rende 17 cv de potência e 1,4 kgfm de torque. O câmbio tem cinco marchas e o freio tem ABS na roda dianteira.
Acima dela vem a Dominar 200. Apesar da pequena diferença no tamanho do motor e no preço - tem 199 cm³ e custa R$ 18.990 -, o desempenho é perceptivelmente mais forte. São 24 cv de potência e 1,8 kgf.m e torque, com câmbio de seis marchas e ABS dianteiro. Uma ótima opção de moto urbana para o dia a dia.
A linha é complementada pela Dominar 400, que tem o melhor custo/benefício das três com seu preço de R$ 24.990 - e que testamos no autódromo de Interlagos. O motor monocilíndrico de 373 cm³ é refrigerado a água e entrega 40 cv de potência e 3,5 kgf.m de torque. Tem câmbio de seis marchas e ABS nas duas rodas, além de vários outros quitutes.
Os três modelos têm revisões com preço fixo, que inclui a mão de obra. No caso da Dominar 160, os valores vão de R$ 87,08 na primeira revisão, que é feita aos mil quilômetros, a R$ 654,79 na revisão de 30 mil quilômetros. Para a Dominar 200, os valores são R$ 105,32 na primeira e R$ 752,58, na de 30 mil quilômetros. E para a Dominar 400, vão de R$ 136,84 a R$ 899,99 - todos os dados estão no site da Bajaj.
Já existem lojas em Campinas (SP), Jundiaí (SP), Santo André (SP), duas em São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Taguatinga (DF), Florianópolis (SC) e Salvador (BA). Estão previstas novas autorizadas em Curitiba (PR), Porto Alegre (PR), Fortaleza (CE), Maceió (AL), Recife (PE), Caruaru (PE), Manaus (AM), Marabá (PA) e Belém (PA).
A Bajaj também anunciou - em agosto de 2023, conforme revelamos aqui - a estruturação de uma fábrica própria no Brasil. Em Manaus (AM), claro. Será a primeira da marca fora da Índia e terá capacidade para fazer 20 mil motocicletas por ano. As operações devem começar no próximo mês de junho.
Por enquanto, as operações de montagem de motos em Manaus são feitas em parceria com a Dafra - um esquema que já foi feito por várias outras marcas, como de BMW a Royal Enfield, que depois passaram a produzir em suas linhas de montagem próprias. Com a fábrica, dois novos modelos serão lançados no Brasil.
Para o managing director da Bajaj do Brasil, Waldyr Ferreira, a consolidação da parceria com a Abraciclo representa um ponto crucial para fabricante. "Essa união reflete nosso compromisso mútuo em impulsionar o crescimento sustentável do mercado, além de oferecer produtos e serviços de excelência aos nossos clientes", afirmou ele.
Já o presidente da Abraciclo, Marcos Bento, afirmou que a chegada de mais um integrante à associação comprova o momento positivo vivido pelo segmento. "É um importante reforço para a indústria de duas rodas, principalmente para a Zona Franca de Manaus", destacou.