Câmbio automatizado DCT: você ainda vai ter um?

Transmissão da Honda rompeu preconceitos no país e tem alta procura. Tanto que a NC 750X DCT também será feita em Manaus

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Roberto Dutra
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Quando chegou ao mercado brasileiro, o câmbio automatizado Dual Clutch Technology (DCT), da Honda, causou estranheza. As primeiras motos da marca com o sistema foram a sport-touring VRF 1200F, vendida no país entre 2010 e 2013, e a big trail VFR 1200X Crosstourer, que ficou por aqui entre 2012 e 2013.

Naqueles tempos, o DCT já funcionava bem, mas não agradou tanto porque o tempo nas respostas era lento. Coisa de tecnologia - afinal, tudo depende da velocidade de processamento de chips.

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A linha 2024 da Honda NC 750X chegará às concessionárias em janeiro - agora com o DCT montado no Brasil
Crédito: Divulgação
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O tempo passou e hoje o DCT melhorou muito. O funcionamento é o mesmo, com válvulas solenóides e chips fazendo as trocas das marchas, mas de forma muito mais rápida. Resultado: a versão DCT da big trail Africa Twin vende mais que a versão com câmbio normal - inclusive tem fila de espera - e até passou a ser produzida em Manaus (AM), no ano passado.

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Onde seria o tanque (que fica embaixo do banco), a moto tem um porta-objetos para 23 litros
Crédito: Divulgação
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Antes, a versão DCT era importada do Japão, até então único país do mundo onde as motos com o câmbio automatizado eram produzidas. A montagem do sistema na planta de Manaus foi uma conquista para a Honda brasileira - espécie de atestado de excelência para a unidade manaura. Agora, o reconhecimento veio em dobro: na linha 2024, a crossover NC 750X com câmbio DCT também passa a ser produzida em Manaus.

O painel colorido de LCD ainda dá conta do recado, mas uma telinha de TFT já cairia melhor
Crédito: Divulgação
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A NC chegou ao mercado brasileiro em 2012 em duas versões (standard e ABS), ainda como NC 700X. Desde então, a marca já produziu cerca de 25 mil unidades em Manaus. O tempo passou, o modelo virou NC 750X em 2015 e se tornou a quinta moto da marca com o DCT, em 2022 - depois das VFR, da Africa Twin e do scooter que não é scooter X-ADV 750. Depois, a touring GL 1800 Gold Wing também recebeu o DCT - o X-ADV e a Gold Wing continuam importados do Japão.

A linha 2022 também trouxe outros aperfeiçoamentos, como suspensões de maior curso, iluminação por LED, novo painel e ampliação do compartimento porta-capacete com capacidade para 23 litros, para-brisa, .

A linha 2024 mantém o motor bicilíndrico de exatos 745 cm³ refrigerado a água, com comando simples e oito válvulas, que rende 58,6 cv de potência a 6.750 rpm e torque de 7 kgf.m a 4.750 rpm. A versão convencional tem câmbio convencional de seis marchas, embreagem deslizante e assistida. Já a versão DCT tem o câmbio de dupla embreagem Dual Clutch Technology DCT através do qual as mudanças de marchas podem ocorrer de modo manual, através de teclas situadas no punho esquerdo, ou de modo automático.

As troca das marchas podem ser feitas automaticamente ou manualmente, nestes botões no punho direito
Crédito: Divulgação
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O tanque leva 14,1 litros e como o baixo consumo é uma das principais virtudes da moto, a autonomia pode chegar a 380 quilômetros. A NC 750X tem ABS nas duas rodas, que calçam pneus nas medidas 120/70 R17 (dianteiro) e 160/60 R17 (traseiro).

A moto ainda tem suspensão traseira mochoque Pro-Link, três modos de condução e mais um personalizável (Standard, Sport, Rain e User) - que modificam a entrega da potência e torque do motor -, controle de tração, chave chipada, painel de LCD colorido, luz de parada de emergência (em velocidades superiores a 50 km/h, frenagens bruscas fazem as setas traseiras piscarem) e acelerador eletrônico

Além do Japão, o Brasil é o único país do mundo onde o câmbio DCT é montado nas motos da Honda
Crédito: Caio Mattos/Divulgação
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Como funciona o câmbio DCT

Antes de tudo, é bom esclarecer que o DCT não é um câmbio automático. É automatizado, algo bem diferente. Ou seja, estão lá as engrenagens e outras peças dos câmbio convencionais, como discos, espaçadores e garfinhos.

Mas o sistema usa duas embreagens, uma para as marchas ímpares (1ª, 3ª e 5ª) e outra para as marchas pares (2ª, 4ª e 6ª). Cada conjunto de marchas, pares e ímpares, tem eixo-piloto e embreagem exclusiva, com um circuito eletro-hidráulico para atuar na mudança de marcha enquanto a outra pré-seleciona a mudança seguinte.

A troca das marchas pode ser feita de forma automática ou manual, através de botões no punho esquerdo. O intervalo das trocas é extremamente curto e o "tranco", incrivelmente suave.

A linha 2024 será oferecida nas cores vermelha ou prata metálica
Crédito: Divulgação
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Preços da linha 2024

A Honda NC 750X 2024 com câmbio convencional ou DCT 2024 tem garantia de três anos, sem limite de quilometragem, e o Honda Assistance (assistência 24 horas) durante o período da garantia.

As motos chegarão às concessionárias em janeiro e os preços sugeridos são R$ 52.680 (câmbio convencional e R$ 58.680 (DCT), base São Paulo (SP), sem com frete ou seguro.

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