Como é pilotar o scooter Honda Elite 125 2025

Aceleramos o modelo, renovado recentemente, pelas ruas e arredores de Campinas (SP). É ótima opção de mobilidade urbana!

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Roberto Dutra
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O caro leitor pôde conferir aqui no WM1, no final de maio, todas as mudanças sofridas pelo Honda Elite 125 na linha 2025 - o scooter mais barato da Honda e um dos mais vendidos do país. Não foram alterações pontuais, mas uma renovação completa, que atingiu do motor ao chassi, passando por design, painel e funcionalidades.

Agora, chegou o momento de acelerar o modelinho e ver os efeitos de tantas novidades. Para isso, fomos a Campinas (SP) para guiar o scooter pelas ruas centrais e também pelos arredores da cidade.

Como é pilotar o scooter Honda Elite 125 2025

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Nosso rolé foi totalmente urbano, bem em sintonia com a proposta do scooter. Primeiro, ruas e mais ruas, com trânsito, muitos veículos maiores, alguns buracos, muitas irregularidades no asfalto e todo tipo de coisa que se enfrenta no dia a dia de uma grande cidade. Depois, trechos mais livres, com ruas compridas e de pouco movimento.

Honda Elite 125 2025 Test Ride (12)
O Honda Elite 125 mudou totalmente em 2025 e a condução ficou mais confortável
Crédito: Caio Mattos
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Porte maior do Honda Elite 125 transmite mais segurança

O Elite 125 foi totalmente renovado na linha 2025. Para começar, ficou não só mais bonito, mas também ganhou porte - algo importante em um scooter porque, no trânsito, tamanho é documento. Essa sensação de estar a bordo de um Elite "maior" já transmite uma sensação de segurança que não existia antes.

Além disso, o novo visual de fato chama a atenção -  e "aparecer", no trânsito, também reforça a segurança. Em resumo, o Elite 125 ficou 0,9 cm mais comprido (1,83 m) e 1,8 cm mais largo (70,7 cm). E ainda ganhou 4 cm no vão livre (17,3 cm), enquanto o banco ficou 0,7 cm mais baixo (76,5 cm de altura).

A posição de pilotagem também melhorou. O guidão agora fica mais distante das pernas do condutor, permitindo um posicionamento mais ereto e com um pouco mais de espaço. O banco ganhou novo desenho e capa com textura, para dar mais aderência.

Honda Elite 125 2025 (4)
O Elite 125 é o scooter mais barato da Honda, e um dos mais vendidos do país
Crédito: Divulgação
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Um eventual garupa, por sua vez, encontrará sua parte do banco mais alta e larga, alças de apoio separadas e pedaleiras retráteis. Antes, havia uma única alça traseira envolvente e nenhuma pedaleira: o garupa apoiava os pés em plataformas na própria carroceria do scooter. As novas pedaleiras são muito melhores.

Honda Elite 125 2025 Detalhe (2)
O garupa agora tem pedaleiras retráteis de alumínio para apoiar os pés
Crédito: Divulgação
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À frente do piloto há um novo painel de instrumentos, com desenho mais moderno e com mais informações. Na verdade são dois: antes digital mas composto por um único mostrador redondo, agora tem duas telas de LCD - a principal, mais acima, com velocímetro e conta-giros em barra, e a secundária, mais abaixo, com informações do computador de bordo e do nível de combustível, entre outras. Em ambas a leitura das informações é bem fácil.

Honda Elite 125 2025 Detalhe (9)
Antes juntos em um painel redondo, os instrumentos agora são divididos em dois painéis retangulares
Crédito: Divulgação
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Motor mudou totalmente

O motor do Elite também mudou. Permanece na faixa dos 125 cm³, mas é outro. Agora tem 123,9 cm³ e entrega potência de 8,2 cv a 6.250 rpm com torque de 1,06 kgf.m a 5.000 rpm. Tem duas válvulas, balancins roletados e taxa de compressão de 10:1. Antes eram 124,9 cm³, 9,3 cv a 7.500 rpm e 1,05 kgf.m a 6.000 rpm, com 9:8 de taxa de compressão.

Houve perda de potência, mas note que agora ela chega mais cedo. Ao mesmo tempo, o pico do torque vem um pouco mais tarde. Além disso, o motor é mais taxado e tem a tecnologia Enhanced Smart Power (eSP) - potência inteligente aperfeiçoada, em tradução livre.

Honda Elite 125 2025 (5)
O visual do modelo ficou bem diferente, agora "jeito asiático" mais forte
Crédito: Divulgação
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Na prática, e em resumo, é a aplicação de materiais leves e de baixo atrito para reduzir tamanho, peso e inércia das peças internas móveis e, assim, obter o melhor aproveitamento da força gerada pelo motor. Ao mesmo tempo, há redução de ruídos e emissões.

Desempenho continua comportado

E o que tudo isso traz para a pilotagem? Na vida real, pouca mudança. É fato que o piloto até sente a força chegando mais cedo, o que é ótimo, mas de forma discreta. O desempenho do Elite 125 é totalmente coerente com sua proposta completamente urbana, mas é comportado. Se perdeu potência, também perdeu peso (quatro quilos - agora são 100 quilos seco).

Então arrancadas e retomadas são praticamente iguais às de antes, e o ganho de velocidade continua sempre beeem progressivo. Ao mesmo tempo, a transmissão CVT faz seu papel com aquele ronco baixo de enceradeira e zero necessidade de trocar as marchas.

O Honda Elite 125 2025 se saiu bem nas ruas de Campinas (SP): coerência com a proposta urbana
Crédito: Caio Mattos
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Os números de desempenho fornecidos pela Honda se referem a testes independentes feitos pelo Instituto Mauá. Os dois realmente importantes: 89 km/h de velocidade máxima e 49,9 km/l de consumo médio. Pois ao longo do nosso trajeto, superei essa máxima -registrei 92 km/h em uma longa reta plana - e cravei 49,8 km/l de consumo momentaneamente. No fim do passeio, minha média foi de 46,8 km/l, um número excelente levando-se em conta que passamos por inúmeras subidas e descidas, além de parar em vários semáforos.

As paradas, aliás, mostraram outro "conforto" do Elite 125. O sistema start&stop (que a Honda chama de Idling Stop) funciona muitíssimo bem, desligando o motor em paradas mais longas e religando-o sem qualquer tranco ou vibração com um leve toque no acelerador. Reduz consumo, emissões e trabalho do piloto.

O mesmo não pode ser dito sobre os freios do Elite 125, com disco dianteiro (agora em formato wave), tambor traseiro e assistência de CBS. A ausência do ABS é um ponto negativo, já que é um recurso importante e cada vez mais presente mesmo em scooters de baixa cilindrada (vide o concorrente Yamaha Fluo 125, que tem ABS na roda dianteira).

O freio dianteiro manteve os 190 mm de diâmetro, mas passou a ser no formato wave
Crédito: Divulgação
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Por outro lado, as suspensões do Elite 125 proporcionaram não só uma estabilidade exemplar, como também absorveram bem as irregularidades do piso. Sinal de que duas alterações importantes deram certo: o monochoque traseiro com 7 cm de curso ficou mais vertical e passou a ter três ajustes de pré-carga; e os novos pneus Pirelli Angel Scooter, nas medidas 90/90 R12 na frente e 90/100 R12 atrás, no lugar dos Levorin antes usados, são mais macios e aderentes.

O amortecedor traseiro agora fica em posição mais vertical e tem três ajustes na pré-carga
Crédito: Divulgação
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Tanto que, ao fim do passeio, de cerca de 50 quilômetros rodados, fiz uma importante constatação: nenhuma dor nas costas - algo que scooters pequenos sempre me causam.

Funcionalidades práticas

O grande barato do Honda Elite 125 é mesmo sua condução leve, prazerosa e descansada. E também é divertido pilotá-lo dosando o acelerador para tentar melhorar o consumo só por diversão. Mas o scooter também encanta pelas funcionalidades práticas.

O espaço sob o banco aumentou e agora acomoda 15,3 litros
Crédito: Divulgação
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Caso dos dois porta-objetos no escudo e das duas alças para sacolinhas, uma no escudo e outra perto da ponta do banco, com capacidade para 1,5 quilo, em cada uma. Além disso, há o bom espaço sob o banco, que acomoda um capacete aberto e mais alguma coisinha - a capacidade é de 15,3 litros.

Agora o bocal do tanque é instalado lá na rabeta do scooter. Fica levemente inclinado para trás
Crédito: Divulgação
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Porém, há uma novidade não tão bem-vinda: o bocal do tanque, que era sob o banco, passou para a rabeta, embaixo de uma portinhola. Estranho à primeira vista, é levemente inclinado para facilitar o encaixe do bico da bomba. Ocorre que fica impossível instalar um bauleto ali atrás, pois impediria o acesso ao bocal.

A Honda diz que está desenvolvendo com a Givi um bauleto específico para o modelo, mas isso também não é boa notícia: os donos do novo Elite 125 só poderão usar esse bauleto, e acessórios da Givi raramente têm preço realmente acessível...

Quanto custa o novo Honda Elite 125?

Falando em preços, o do Elite 125 subiu de R$ 12.580 para R$ 12.966 (mais frete). Uma diferença de R$ 416, que é significativa nesse segmento mesmo que a compra seja feita por consórcio - modalidade que dilui o acréscimo em muitas parcelas.

Por enquanto, o concorrente Yamaha Neo 125 ainda é mais barato - custa R$ 12.790 (mais frete). O Yamaha Fluo 125, por sua vez, tem ABS na roda dianteira, mais potência e mais espaço sob o banco, porém é bem mais caro - R$ 15.290.

Demos um bom rolé com o Honda Elite 125 e vimos que o modelo resolve bem a mobilidade urbana
Crédito: Caio Mattos/Divulgação
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As cores disponíveis para este ano são a vermelha de sempre, a prata, a branca e a azul - esta a novidade de fato. As revisões do modelo agora são feitas a cada 6 mil quilômetros ou seis meses, contra 4 mil quilômetros ou seis meses de antes (a primeira é com mil quilômetros). A partir da segunda revisão, e por sete revisões, o óleo é grátis.

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