O caro leitor já deve ter percebido que, em muitas matérias sobre as motocicletas mais modernas da atualidade, falamos sobre um tal de "quickshifter", tecnologia que traz mais agilidade à pilotagem.
Sempre fazemos questão de explicar que é um recurso que permite ao piloto trocar as marchas para cima ou para baixo sem usar a embreagem e sem ao menos aliviar a mão no acelerador. Mas não se trata apenas de um "click" mágico: por trás daquele toquinho no pedal de câmbio, muita coisa acontece...
A principal vantagem de se ter um quickshifter é que você troca a marcha em um tempo menor que o habitual. Afinal, não precisa acionar o manete de embreagem e desacelerar, coisas que lhe tomam preciosos segundos - ainda mais se você estiver numa competição ou mesmo em um track day.
Além disso, o desempenho geral da moto também é mais forte, pois a perda de giros no motor é bem menor se comparada a do sistema habitual.
Quase todos os quickshifters funcionam da mesma forma: um sensor detecta a mudança iminente da marcha, a CPU processa os dados (tempo, pressão no seletor) e a ignição é cortada momentaneamente. Isso reduz a carga na transmissão e permite que a marcha deslize e engate no lugar adequado - um processo que demora apenas milissegundos.
Por fim, vale lembrar que há quickshifters unidirecionais, que normalmente só permitem a troca de marcha para cima, e os mais modernos bidirecionais, que permitem subidas ou descidas de marcha. Nesse caso, é diversão garantida!