O lançamento da limitadíssima Triumph Rocket III TFC despertou nossa curiosidade: quais motos atualmente produzidas em série possuem os maiores motores? Resolvemos, então, listar os cinco modelos com os propulsores mais absurdos à venda no Brasil e no mundo. Obviamente, todas são motocicletas feitas para longas viagens, cheias de tecnologia e donas de cifras assustadoras. Confira:
Viajar ao guidão de uma BMW Série K com certeza é uma das melhores lembranças da vida. Confortáveis ao extremo, fáceis de conduzir, extremamente ágeis, levando-se em consideração seu peso, e boas de curva, essas estradeiras são a prova de que os alemães sempre acertam na engenharia e na distribuição de massa de suas motos. A K 1600 Bagger e seu motor de seis cilindros em linha de 1.649 cc são a prova máxima disso, com seus ótimos 160 cv e 17,8 mkgf de torque. Fora a possibilidade de ter uma viagem rápida, os itens de série (que não caberiam nesse espaço) tornam essa BMW uma poltrona de primeira classe a partir de R$ 150.000. Entre eles: suspensão eletrônica, controle de tração, piloto automático, bancos e manetes aquecidos, central multimídia, três modos de pilotagem etc.
A Indian esteve no Brasil por quase dois anos e meio, em uma passagem rápida, mas substanciosa para os fãs das motos custom americanas. Apesar de não ter conseguido um espaço no concorrido mercado nacional, as Indian chamaram a atenção com seu design clássico e motores pomposos. A Roadmaster foi prova disso e trouxe luxo e conforto ao segmento das cruisers, além de um motor V2 que esbanja 1.811 cm³ de capacidade e 16,4 kgf.m de torque (a marca não revela potência de suas motos) que fazia dela uma deliciosa opção para viagens longas - em asfaltos lisos, de preferência.
A versão 2019 da Honda Gold Wing deixa em dúvida se a moto é, de fato, uma moto, ou um Accord (sedã de luxo da marca japonesa) sobre duas rodas, com design arrojado e linhas que são impossíveis de não serem notadas. Com uma infinidade de recursos eletrônicos como ajustes de suspensão, piloto automático, além de airbag e sistema de som, a Gold Wing é uma das motos com maior motor à venda no Brasil. Seu propulsor boxer de seis cilindros contrapostos de 1.833 cc (a versão anterior tinha 1.832) geram 126 cv e 17,3 mkgf de torque – desempenho bem aproveitado pelo câmbio DCT de sete marchas. O motor pode ser ajustado em quatro modos de pilotagem, há acelerador eletrônico, assistente de partida em ladeiras e Start&Stop. Tudo por módicos R$ 156.550.
Talvez a estradeira mais conhecida do mundo, a HD Ultra Limited CVO faz jus ao nome, já que sua exclusividade parte do preço: R$ 172.900, que inclui customização de fábrica, pintura exclusiva e o pomposo motor Milwaukee-Eight de 117 polegadas cúbicas. O propulsor traz incrementos interessantes como sistema de resfriamento duplo e, de acordo com a marca, mais força do que nunca antes visto na história da Harley. São 1.923 cm³ de capacidade capazes de gerar 17,2 kgf.m de torque, numa moto de 411 kg. Fora todo o kit de performance, a Ultra, na versão CVO, também oferece sistema de entretenimento digital, com GPS e som Boom! Box.
A Triumph Rocket III TFC é o motivo dessa lista existir. Com motor maior do que o da maioria dos carros fabricados no Brasil, a inglesa mantém a tradição e se impõe como uma das motocicletas mais fora do padrão jamais produzida em linha - apesar de ser limitada em 750 unidades. Assim como os outros modelos que listamos aqui, ela também conta com uma extensa lista de aparatos eletrônicos para controlar todo seu ímpeto. São quatro modos de condução preparados para domar os 170 cv da Triumph - sem falar dos insanos 22,5 mkgf de torque. Com detalhes modernos como faróis e lanterna em LED, banco em couro de alta qualidade e costura dupla e peças em fibra de carbono para garantir um alívio de 40 kg para sua versão anterior, a Triumph Rocket 3 TFC deixa qualquer carro 1.0 no chinelo.