Quais são as motos esportivas mais vendidas no mercado brasileiro? Embora seja um segmento de nicho e de volumes relativamente modestos, as esportivas são motos com público certo. E, para as fabricantes, são rentáveis e - em alguns casos - também funcionam como "vitrines" de tecnologia.
Outro aspecto interessante das esportivas é que, ao contrário do que acontece em outros segmentos, aqui o preço nem sempre é determinante. Quer ver? Então conheça as 10 esportivas mais vendidas no mercado brasileiro - em unidades, de janeiro a agosto deste ano.
A YZF-R15 foi lançada no mercado brasileiro em julho do ano passado e logo se torou a esportiva mais vendida do país. Aqui, vale a lógica do preço: R$ 19 mil na pré-venda e R$ 20.990 atualmente. Sim, é a esportiva mais barata do Brasil. Mas o custo/benefício também conta muito: a moto tem design bacana, motor refrigerado a água e quitutes como painel digital com shift-lght e ABS nas duas rodas. Entrega 18,8 cv de potência e 1,15 kgf.m de torque, o que já tira uma onda e garante bons desfiles.
Até a chegada da R15 a irmã um pouco maior YZF R3 era a dona absoluta do pedaço, quase uma líder permanente do segmento das esportivas. Com a chegada da caçula, passou a ocupar um honroso segundo lugar. Com motor bicilíndrico de 321 cm³ que entrega bons 42 cv de potência e 3 kgf.m de torque, já permite tocadas bem fortes. Espécie de estágio para chegar nas superbikes realmente nervosas, tem design bonito, todo ano ganha novas cores e ainda é vendida por preço atraente: R$ 34.190.
Agora estamos falando de uma verdadeira superbike. E aqui a lógica do preço fica para trás. A S 1000 RR não é uma moto barata, mas sempre está entre as mais vendidas do país, superando modelos bem mais baratos. Tem design agressivo e motor incrivelmente forte - um quatro cilindros de 999 cm³, 210 cv de ptência e 11,3 kgf.m de torque. Apesar desses números, não é uma superbike difícil de pilotar, daquelas que querem te arrancar do banco o tempo todo. Por tudo isso, é uma das esportivas mais desejadas no mercado brasileiro. O preço começa em R$ 131.900.
A CBR 650R é uma moto curiosa. Não vemos muitas delas rodando pelas ruas e estradas, mas todo mês seus números de vendas são consistentes. Bonita, bem completinha e relativamente confortável, é a esportiva ideal para quem quer pilotar de forma mais agressiva, mas ainda com total domínio da máquina, sem correr mais do que o anjo da guarda consegue acompanhar. Seu motor de quatro cilindros em linha e 650 cm³ rende 88,4 cv de potência e 6,1 kgf.m de torque, que são entregues sem sustos e de progressiva. Custa R$ 55.360.
A Ninja 400 veio em 2019 para substituir a Ninja 300 e fez bonito: era de fato uma evolução em design, tecnologia e desempenho. Quando a Kawasaki apresentou a Ninja 500 no Brasil, em junho último, no Festival Interlagos, especulou-se que a Ninja 400 sairia de linha. Mas ela continua ai, firme e forte, compondo uma legítima família de três irmãs - Ninjas 300, 400 e 500. O motor bicilíndrico entrega 48 cv de potência e 3,9 kgf.m de torque e o o preço começa em R$ 36.310 - no meio do caminho entre os cobrados pela Ninja 300 e pela Ninja 500, que parte de R$ 40.510.
Esta é uma espécie de irmã mais elaborada, sofisticada e tecnológica da Ninja 400. Apesar da cilindrada parecida, a ZX-4R tem motor com quatro cilindros em linha e oferece outra tocada, bem mais esportiva. Não por acaso é bem mais cara e tem volumes de venda mais discretos. Mas é uma moto incrivelmente divertida de pilotar e vale cada centavo. Rende 80 cv de potência (quase o dobro do entregue pela Ninja 400) com 4 kgf.m de torque e custa R$ 57.490.
A Ninja 300 tem uma trajetória peculiar no mercado brasileiro. Foi vendida aqui entre 2013 e 2018, substituindo a pioneira Ninja 250, e depois deu lugar à Ninja 400. Mas voltou ao mercado em abril de 2023, ao que parece para ser uma opção mais barata e tentar incomodar de verdade a rival Yamaha YZF R3 com seu preço. Tem desempenho honesto com seu motor de 39 cv de potência e 2,8 kgf.m de torque e atualmente custa R$ 31.310.
O nome "Ninja" é uma lenda no universo das motos esportivas e claro que não podia faltar nessa lista. Aliás, o caro leitor verá que daqui pra frente a "família Ninja" domina. A mais vendida delas é a ZX-6R, uma legítima superbike com design animal e desempenho insano, que nem é muito recomendável para pilotos de primeira viagem. Apesar de ter muita eletrônica embarcada para ajuar o piloto, os 129 cv de potência e os 7 kgf.m de torque do motor tetracilíndrico de 636 cm³ são entregues com extremo vigor. Amada pelos fãs da marca e respeitada pelos adeptos de outras marcas, custa R$ 77.190.
Esta aqui é uma "Ninja que não é Ninja". Explicamos: a Ninja 650 usa o mesmo motor da custom Vulcan 650 S, da crossover Versys 650 e da naked Z 650. É um bicilíndrico de 649 cm³, que entrega 68 cv de potência, mas com o bom torque de 6,5 kgf.m. Isso trabalhando em regimesde rotação mais baixos que os das irmãs esportivas - entre 6 mil e 8 mil rpm, enquanto os das outras podem chegar a 10 mil e atpe em 13 mil rpm. Ou seja, é um motor mais manso, cuja proposta é permitir acelerar forte, mas sem brigar com a moto. Ótima pedida para quem curte um visual legitimamente esportivo, mas não faz questão de ser um Valentino Rossi. Inclusive pelo preço atraente de R$ 50.530, que compõe um bom custo/benefício.
Assim como a BMW S 1000 RR, a Ninja ZX-10R é moto para gente grande. Movida por um motorzaço de quatro cilindros em linha, que entrega até 213 cv de potência com 11,7 kgf.m de torque, a maior e mais potente das Ninja vendidas no Brasil é moto para quem sabe pilotar muito bem e oferece suas melhores performances em pistas e track days - onde seus vários modos de pilotagem e ajustes eletrônicos permitem liberar a adrenalina com segurança. Brinquedo de adulto, tem preço coerente com isso: custa iniciais R$ 120.190.