Com tantos modelos de motocicletas ao alcance das mãos, e às vezes do bolso, muita gente pode se complicar na hora de entender os tipos de motos que existem e quais são os respectivos segmentos.
Então, elaboramos aqui uma listinha com explicações simples e exemplos tradicionais para que o caro leitor conheça melhor nomes como street, naked, touring, custom e trail, entre outros. Boa diversão!
São as motos naked de baixa cilindrada, voltadas fundamentalmente para o uso em ambiente urbano. São compactas, têm motores normalmente monocilíndricos com no máximo 250cm³ (acima disso já consideramos naked), preços acessíveis e, não por acaso, são as motos mais vendidas do Brasil. Podem ter carenagem para ganhar aspecto esportivo, mas continuam sendo street.
Exemplos: Honda CG 160 e Yamaha Fazer 250.
Repetem as características mencionadas acima, mas são motos com motores maiores. Para ser uma naked autêntica, a moto não pode ter nenhuma carenagem que esconda o motor ou outras partes íntimas. Neste caso temos modelos com motores que vão dos 300cm³ a acima dos 1.000cm³.
Exemplos: Yamaha MT-03, Honda CB 650R e Kawasaki Z900.
Poderíamos afirmar que são fundamentalmente as motos com alto desempenho, mas como algumas naked se igualam às esportivas nesse aspecto, o critério básico passa a ser a roupagem - carenagens frontal e lateral, bolha (para-brisa) para proteção aerodinâmica e posição de pilotagem com corpo avançado e pernas recuadas.
Exemplos: Yamaha R3, Kawasaki Ninja 400 e Suzuki GSX-R 1.000A/R
São aquelas autênticas (ou não) estradeiras, seja pelo desempenho ou simplesmente pelo visual. Costumam ter pedaleiras avançadas e guidom recuado, assim, proporcionam uma posição de pilotagem com o corpo reto ou quase inclinado para trás. Ao contrário do que muitos pensam, a configuração do motor (em linha ou em V) não é critério para definir uma custom.
Exemplos: Haojue Chopper Road 150, Kawasaki Vulcan 650 S e Harley-Davidson Heritage Classic.
Esta é uma categoria bem ampla, que pega modelos de todos os tamanhos. O que interessa aqui é a junção de pedaleiras bem centralizadas e guidom que permitam uma condução com o corpo bem reto - e eventualmente também em pé na moto -, suspensões de longo curso, para-lamas altos e pneus de uso misto.
Exemplos: Honda NXR 160 Bros, Yamaha XTZ 150 Crosser, Triumph Tiger 900 e BMW F 800GS.
Como os próprios nomes sugerem, são as trail de alta cilindrada. Mas aqui vale uma ressalva: com o tempo, estas motos deixaram de ser autênticas topa-tudo e viraram modelos com características mistas: têm aspectos de trail e até encaram algumas pedreiras, mas se saem melhor no asfalto, onde exibem desempenho vigoroso e muito conforto.
Exemplos: BMW R 1.250 GS, Triumph Tiger 1.200, Honda CRF 1.000L Africa Twin, Yamaha XT 1.200 Super Ténéré e Ducati Multistrada 1.260 S.
São motos que oferecem alto nível de conforto e muitos recursos a bordo. São feitas fundamentalmente para rodar por longas distâncias. Existe a variante super-touring, composta pelas touring equipadas com motores de elevadíssima potência, normalmente herdados de alguma esportiva.
Exemplos: BMW R 1.250 RT, Honda GL 1.800 Gold Wing e Harley-Davidson Ultra Limited
Um dia pegaram uma moto trail e trocaram a roda dianteira de aro 19 ou 21 por outra, com aro 16 ou 17 - às vezes de liga no lugar da anterior, raiada. Aí rebaixaram o para-lama dianteiro para ficar rente a essa nova roda, mudaram o guidom e mais alguns detalhes estéticos e nasceram as motards, que no fim das contas são ex-trail agora adequadas a rodar forte no asfalto.
Exemplo: a finada Yamaha XTZ 125 X (fora de linha)
Para ser um scooter, a exigência básica, em teoria, é que o modelo tenha transmissão continuamente variável CVT. Além disso, nos scooters o piloto vai sentado, e não "montado" sobre alguma parte central do veículo. O tamanho do motor não é critério para definir um scooter.
Exemplos: Honda PCX 150, Yamaha NMax 160 e Dafra Citycom HD 300.
Parecem scooters, mas não são. Nestes modelos, o piloto vai montado, quase como em uma motocicleta tradicional, mas tem que trocar marchas - mesmo quando a embreagem é automática ou semi-automática, como é bastante frequente. Algumas também são chamadas de "underbone", devido às dimensões particularmente compactas.
Exemplo: Honda Biz 110 e 125, e Haojue Nex 110.