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Conheça o Forza 350, que a Honda lançará este ano

Prometido para 2021, o scooter médio chegará no segundo semestre para brigar com Yamaha XMax 250 e Dafra Maxsym 400i

por Roberto Dutra

Em 2020, a Honda prometeu três novidades quentes para o mercado brasileiro de duas rodas - a nova geração da CBR 1.000RR Fireblade, a CRF 1.100L Africa Twin com câmbio automatizado DCT e o scooter Forza 300. Ainda que com algum atraso devido à pandemia mundial de covid-19 (que fez as fábricas e seus fornecedores pararem ou reduzirem muito a produção), duas promessas foram cumpridas: a superbike e a big trail chegaram. Mas o scooter ficou esquecido.

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Além da pandemia, o Forza 300 também ficou para trás por mais dois motivos: a alta do dólar, que levou a marca a ter que repensar sua estratégia para o scooter no país, e a mudança do motor no modelo que é vendido na Europa - cresceu para 350 cm³. Não faria muito sentido lançar aqui o "300" com o "350" lá fora - aliás, é o tipo de coisa que queima a imagem de uma fabricante e do produto no Brasil: ninguém quer um modelo que ficou "velho" lá fora. E vale lembrar que o Forza não seria montado em Manaus, mas importado diretamente - ou seja, não seria barato.

Pois bem, mas agora é pra valer, como antecipamos em nossa matéria especial sobre scooters  e, mais recentemente, quando noticiamos o fim das vendas dos modelos SH 150i e SH 300i: a Honda confirmou para nós que o Forza vem para o Brasil ainda este ano. Virá já com o motor novo, de 350 cm³, e embora seu lançamento ainda não tenha data marcada, sabemos que é coisa para o segundo semestre. Então vamos conhecer melhor esse scooter médio que logo estará em nossas ruas?

O Honda Forza 350 tem 2,14 m de comprimento por 1,50 m de altura máxima e 75,4 cm de largura, com entre-eixos de 1,51 m. O vão livre é de razoáveis 13,5 cm e o banco é alto - está a 78 cm do solo. Mas é até um scooter leve para seu tamanho, com 167 quilos a seco. Some a isso o peso dos 11,7 litros do tanque cheio e mais alguma coisa de óleo e fluidos, e chegaremos a 184 quilos em ordem de marcha (pouca coisa a mais que os 179 quilos do Yamaha XMax 250).

O motor é um monocilíndrico injetado com refrigeração a água. Tem, na verdade, 330 cm³ de cilindrada e comando simples no cabeçote. Rende 29 cv de potência máxima a 7.500 rpm. Esse número não impressiona, mas o torque é de bons 3,2 kgf.m a 5.250 rpm. A velocidade máxima declarada é de 137 km/h - mais que suficiente - e o consumo, na Europa, é de 29,4km/l. O câmbio, claro, é do tipo CVT.

Os freios são a disco, com ABS nas duas rodas, e os pneus são larguinhos e têm bom tamanho: 120/70 R15 na frente e 140/70 R14 atrás. Medidas adequadas ao uso urbano e menos vulneráveis a buracos e solavancos que os que equipam os scooters menores, com aros de 12 e 13 polegadas.

Na Europa, o Forza 350 é vendido com iluminação full-LED, e o painel é meio "à moda antiga": tem dois relógios analógicos grandes, com velocímetro à esquerda e conta-giros à direita, e uma tela de LCD no centro com as informações tradicionais: nível de combustível, temperatura, relógio, hodômetros total e dois parciais e coisas como consumos médio e instantâneo, entre outras. As luzes-espia ficam abaixo, em local separado. No geral, é completo e eficiente, mas com visual anacrônico diante das telas de TFT atuais. Embaixo do banco há espaço para dois capacetes e mais alguma coisinha.

Vai brigar com quem?

Quando chegar, em teoria o Forza 350 ficará entre o Yamaha X-Max 250, que custa R$ 27.490 e tem menos motor, e o Dafra Maxsym 400i, de atuais R$ 35.690 e que é pouca coisa mais forte. Mas, como será importado, o preço certamente ficará mais para cima do que para baixo. Para ser minimamente competitivo, não deveria passar dos R$ 36 mil - até porque o Yamaha XMax 250 é um sucesso e continuará assim, ainda mais com preço inferior. A conferir.

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