Ducati DesertX chegará ao país no segundo semestre

Lançada em 2021, a moto impressiona pelo design à moda dos anos 90 e pelas especificações técnicas de alto nível

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Roberto Dutra
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Foi lá em dezembro de 2021 que mostramos aqui o lançamento da Ducati DesertX, uma big trail raiz que impressionou pelo design e especificações técnicas. Exibida como protótipo nos dois anos anteriores, virou moto de produção devido à excelente receptividade que teve de imediato.

Como não se encantar com o visual à moda das melhores big trails dos anos 90, com frente ovalada, dois faróis redondos e tanque grande? Lembram de Yamaha XTZ 750 Super Ténére ou Cagiva Explorer 900? Pois é. E com suas especificações, capazes de permitir aventuras que muitas das big trails atuais, mais "big" do "trails", talvez não consigam realizar?

Ducati Desertx (4)
A motorização da DesertX é a mesma da Multistrada V2 S: moto bicilíndrico com 110 cv e 9,3 kgf.m
Crédito: Divulgação
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No fim do ano passado, quando elaboramos uma lista das motos que deveriam chegar ao mercado brasileiro, lá estava a DesertX. Pois bem: a moto chegará no segundo semestre deste ano. Quem cantou a bola foi o site vrum.com.br, inclusive dizendo que a Ducati do Brasil confirmou oficialmente. No entanto, consultamos a marca e a resposta foi que "por enquanto são só especulações".

Mas juntamos os pontos e, como onde há fumaça, há fogo, apostamos que a moto será mesmo lançada por aqui - provavelmente na próxima edição do Festival Interlagos, que acontece no final de junho. Presente no mercado internacional há pouco mais de um ano, já é mais do que hora da DesertX dar as caras por aqui.

A Ducati DesertX remete às mais famosas big trail dos anos 90, como Cagiva Explorer 900 e Yamaha XTZ 750 Super Ténéré
Crédito: Divulgação
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Trata-se de uma big trail legítima, apta a encarar qualquer viagem no asfalto como se fosse um passeio no parque, mas que também é capaz de encarar estradas menos convidativas, com dunas, montanhas, desertos, vales e afins.

No design, vemos luzes de rodagem diurnas (DRLs) com pequenos intervalos no contorno dos faróis com LEDs, a inteligente opção de pintura predominante branca com grafismos vermelhos - que a das motos dos anos 90 -, corpo esguio, para-brisa quase reto, banco em curva, pedaleiras largas para uma tranquila pilotagem em pé, e abas que abraçam o tanque.

A traseira esguia é típica de uma big trail sem frescuras e pronta para aventuras
Crédito: Divulgação
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Não há tampas laterais e, na rabeta, apenas o acabamento necessário, uma alça de segurança e a lanterna de LED embutida sob o banco. O tanque de combustível leva 21 litros. Mas opcionalmente a moto pode ter um segundo tanque, na parte traseira, para mais oito litros. Gostamos!

Motor é o mesmo da Multistrada V2

O motor é o mesmo dos modelos Monster e Multistrada V2: o bicilíndrico em V Testastretta de 937cm³ e refrigeração líquida, que rende 110 cv a 9.250 rpm e torque de 9,3 kgf.m a 6.500 rpm. Ótimos números para uma moto que tem quadro de treliça em aço, 202 quilos de peso a seco e capacidade de carga de 240 quilos.

A transmissão secundária é por corrente e o câmbio de seis marchas teve as relações encurtadas, especialmente na primeira e na segunda. O objetivo foi facilitar a condução em baixa velocidade em certas condições específicas no off-road. A sexta, porém, é longa, para proporcionar conforto e baixa vibração no uso em estradas.

Charme: frente ovalada que abriga dois fatóis redondos com luzes de rodagem diurna (DRLs) em LED
Crédito: Divulgação
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As suspensões são da Kayaba: garfos dianteiros com 23 cm de curso e ajustáveis na compressão, na extensão e na pré-carga. Atrás, é monochoque com 22 cm de curso e apoiado na balança de alumínio. Juntas, proporcionam uma distância mínima do solo de 25 cm. Mas o banco está a 87,5 cm de altura do solo, o que vai dificultar a vida de pilotos de baixa estatura.

Já as rodas têm aros de 21 polegadas na frente e de 18 polegadas atrás e, apesar de raiadas, usam pneus Pirelli Scorpion Rally STR sem câmara. As medidas são 90/90 R21 e 150/70 R18. Os freios, por sua vez, são da Brembo. Na frente, disco duplo e pinças radiais M50 monobloco com quatro pistões. Atrás, disco simples com pinça flutuante de dois pistões.

Além do tanque para 21 litros, a DesertX pode ter um segundo tanque, atrás, para mais oito litros
Crédito: Divulgação
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O painel é uma tela de TFT de cinco polegadas que mais parece um tablet vertical. É rico em informações e que pode ser conectado ao smartphone pelo Ducati Multimedia System, o que permite ao piloto ativar funções como música, chamadas e navegação por GPS. O comprador escolhe entre dois modos de pilotagem: standard ou rally.

O primeiro fornece informações para estrada: conta-giros e o velocímetro são mais visíveis, bem como a marcha engatada e o nível de combustível. Já o modo rally simula o funcionamento do trip master usado nas motos de rali e permite ajustar manualmente a indicação do hodômetro com o uso dos botões do punho esquerdo.

Não tente fazer isso em casa. Mas em mãos bem treinadas, a DesertX permite esse tipo de peripécia
Crédito: Divulgação
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A lanterna tem o Ducati Brake Light, nome pomposo para o dispositivo que, em caso de frenagem súbita, acende automaticamente a luz de freio traseira para alertar os veículos que vêm atrás. Enfim, é apenas uma luz de freio "de emergência".

Seis modos de pilotagem

Na parte eletrônica, a DesertX tem seis modos de pilotagem - sport, touring (potência reduzida para 95 cv), urban (75 cv), wet (75 cv), e rally e enduro (ambos com 110 cv). Os modos de pilotagem enduro e rally são novos. O enduro permite ao condutor enfrentar estradas de terra difíceis com segurança, e facilita a vida dos pilotos menos experientes. Já o modo rally despeja toda a potência do motor e reduz a interferência dos controles eletrônicos - ou seja, este é para pilotos experientes.

O painel é uma tela de FTF de cinco polegadas que parece um tablet vertical
Crédito: Divulgação
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Estes modos se combinam com quatro "power modes": full, para as respostas mais rápidas; high, para acelerações um pouco mais suaves; medium, para respostas rápidas mas como menor potência total; e low, para suavidade também com menor potência. Na prática, alteram o mapa de entrega da força do motor.

Tudo é monitorado por Unidade de Medição Inercial (IMU) de seis eixos, que controla o freio-motor (que tem quatro ajustes), os controle de tração (oito ajustes) e anti-empinamento (quatro ajustes), o quickshifter e o ABS atuante em curvas (três ajustes ou desligado).

Ducati Desertx (25)

Segundo a Ducati, os intervalos de manutenção da DesertX são a cada 15.000 quilômetros ou 24 meses, com a verificação da folga das válvulas a cada 30.000 km. A DesertX tem preço inicial de 16.990 euros, cerca de R$ 94 mil em conversão direta. No Brasil, apostamos em algo na faixa dos R$ 90 mil.

Aguardamos ansiosamente!

Vídeo completo de apresentação da Ducati DesertX:

 

 

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