A Ducati apresentou na noite desta segunda-feira (3) a Monster 1.200S 2020. Como convém aos tempos atuais, a apresentação foi feita por meio de uma Live no canal oficial da marca no Youtube.
A Monster nasceu em 1993 e, desde então, conquistou muitos fãs com sua mistura de dimensões compactas e desempenho extremamente forte. Atualmente, é vendida no Brasil em duas versões: esta, maior, e uma irmã menor, chamada de 797, que na verdade tem motor de 803 cm³. A novidade da vez é a 1.200S, que mudou... só de cor.
Com isso, a moto passa a ser vendida não apenas naquela cor vermelha esfuziante tradicional da marca (chamada de Ducati Red), mas também na inédita Black on black, que mistura elegantemente tons brilhosos e foscos. Na Live, a empresa se esforçou para valorizar os detalhes bacanas da moto - que até são muitos -, mas não destacou nenhuma outra grande novidade.
Inclusive, há certos componentes que já deveriam ter sido trocados. Caso do farol halógeno, por exemplo, que não se justifica em uma moto cujo preço é de R$ 89.990. Pelo menos as luzes de rodagem diurna, os piscas e a lanterna são de LEDs.
O motor é a mesma usina de força de antes: o Testastretta de dois cilindros em L com oito válvulas, duas velas por cilindro, 1.198 cm³, 147 cv e 12,8 kgf.m de torque. A refrigeração é a água e a óleo e, por isso, a moto tem dois radiadores.
Essa força é mais que suficiente para justificar o nome da moto e levá-la a grande emoções, até porque seu peso é de apenas 211 kg em ordem de marcha. Para segurar o ímpeto, há freios Brembo Evo M50 (que até pouco tempo eram usados no Mundial de Superbike) na frente, com disco duplo, e mais um disco simples atrás, todos com ABS.
A eletrônica, como tem sido frequente nas Ducati, é bem forte. Além do ABS atuante em curvas a Monster 1.200S tem unidade inercial MU que "entende" os parâmetros das inclinações da moto, acelerador eletrônico, controle de tração com oito níveis de ajuste ou desligável, dispositivo anti-empinamento e três modos de pilotagem: Sport, Touring e Urban - este limita a potência a 102 cv.
Os modos de pilotagem são ajustados no bonito painel de TFT colorido, que ainda tem recursos como lap time, para track days. Mas a conectividade é opcional: é preciso comprar uma unidade de Bluetooth, baixar o app no smartphone e, aí sim, usar o Ducati Multimidia System. Pelo preço da moto, isso deveria ser de série, como a tomadinha USB que vem a bordo.
Outros recursos são quickshifter no câmbio de seis marchas (para cima e para baixo, mas que só pode ser usado a partir das 1.500 rpm), banco ajustável na altura (entre 79,5 cm e 82 cm) e trava que facilita a retirada do tanque para acesso à caixa de ar e manutenções. A propósito, o tanque leva 16,5 litros e a moto promete consumo médio de 19 km/l.
As suspensões são fornecidas pela grife sueca Öhlins - dianteira invertida ajustável com 13 cm de curso e traseira monochoque ajustável, com 14,9 cm de curso e balança monobraço. Já os pneus são os Pirelli Diablo Rosso III nas medidas 120/70 R17 (dianteiro) e 190/55 R17 (traseiro). A Ducati Monster 1.200S 2020 pouco mudou, de fato. Mas continua bem atraente.