Guerrilla 450: a Royal Enfield como você nunca viu

Nova naked é diferente de tudo o que a marca já fez. Fomos à Espanha conhecê-la e mostramos os detalhes aqui - confira!

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Roberto Dutra
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Esqueça todas as motocicletas Royal Enfield que você já conheceu. E, também, tudo o que se acostumou a ver nos modelos da marca - como o visual que sempre tem pegada clássica ou retrô, o acabamento por vezes simples e uma certa falta de tecnologia.

Guerrilla 450: a Royal Enfield como você nunca viu

O novo modelo da marca anglo-indiana, a Guerrilla 450, é uma virada de chave na história da Royal Enfield. Uma Royal Enfield como você nunca viu. É completamente diferente de Meteor 350, Classic 350 ou 500, Hunter 350, Interceptor 650, Continental GT 650 ou 500 e Himalayan 411.

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A nova Royal Enfield Guerrilla 450 desfila em praias espanholas: projeto completamente diferente
Crédito: Roberto Dutra/WM1
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Na prática, aproxima-se apenas da Himalayan 450, modelo lançado na Índia no final do ano passado e que deverá chegar ao Brasil ainda este ano. É que as duas foram desenvolvidas quase ao mesmo tempo, em paralelo, e por isso compartilham vários componentes.

Caso, principalmente, do chassi e do motor. O chassi não tem berço duplo inferior e usa o motor como parte de sua estrutura - receita já amplamente vista em motos japonesas, por exemplo, mas não nas Royal Enfield. Isso ajuda a reduzir o peso e, com isso, incrementa a agilidade e a maneabilidade de uma moto.

O motor de 452 cm³ despeja 40 cv e potência e 4 kgf.m de torque
Crédito: Roberto Dutra/WM1
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O motor é o mesmo da Himalayan 450. É monocilíndrico, injetado, refrigerado a água, com comando de válvulas duplo e quatro válvulas. Entrega, na Guerrilla 450, 40 cv de potência e 4 kgf.m de torque. É um mundo de diferença em relação ao motor usado na Himalayan 411, que é refrigerado a ar e rende modestos 24,5 cv e 3,2 kgf.m.

Apesar de usar chassi e motor iguais aos da irmã quase gêmea Himalayan 450, a Guerrilla também tem importantes diferenças em relação à trail.

A refrigeração a agua faz toda diferença na eficiência térmica do motor
Crédito: Roberto Dutra/WM1
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A Guerrilla 450 tem 2,09 m de comprimento, 83,3 cm de largura, 1,12 m de altura, 1,44 m de entre-eixos, banco a 78 cm de distância do solo, 16,9 cm de vão livre, 174 quilos de peso a seco e 185 quilos de peso em ordem de marcha.

A Hima 450, por sua vez, tem 2,24 m de comprimento, 85,2 m de largura, 1,31 m de altura, 1,51 m de entre-eixos, banco a 82,5 cm do solo, 23 cm de vão livre, 181 quilos de peso a seco e 196 quilos de peso em ordem de marcha.

A suspensão traseira é feita por um monochoque ajustável
Crédito: Roberto Dutra/WM1
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Ou seja, a Guerrilla 450 é mais curta, mais estreita, mais baixa e tem entre-eixos menor que o da Himalayan 450. Além disso, tem banco mais baixo e é mais leve. Só "perde" na distância livre do solo, que ainda assim é boa, embora não tão grande quanto na trail - onde, óbvio, isso é mais importante.

Outras especificações da Royal Enfield Guerrilla 450

Rodas e pneus também são diferentes em relação aos conjuntos usados na Hima 450. A trail usa aros de 21 polegadas na frente e de 17 polegadas atrás, enquanto a nova Guerrilla 450 roda com 17 polegadas tanto na frente quanto atrás - os pneus têm medidas 120/70 e 160/60, respectivamente, que curiosamente são de uso misto, e não on-road.

Os freios são a disco nas duas rodas, com ABS, e o câmbio tem seis marchas com embreagem assistida e deslizante, como na irmã. Já as suspensões têm bengalas convencionais na frente e um belíssimo monochoque ajustável atrás.

A curiosa rabeta é curta, arrebitada, distante do pneu e sem lanterna central
Crédito: Roberto Dutra/WM1
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O resultado disso tudo é uma moto compacta e, principalmente, leve - algo pouco comum nas motos da Royal Enfield. Não é errado afirmar que a Guerrilla 450 é o modelo mais moderno e refinado já feito pela Royal Enfield!

Como se isso não bastasse, a Guerrilla 450 também é uma Royal Enfield "diferentona". A começar pelo nome - "guerrilha", em português. Além disso, enquanto as outras motos da marca são custom, clássicas, trails ou - no caso da Hunter 350 - uma naked de baixa cilindrada com certa pegada retrô, a Guerrilla 450 já é uma naked de média cilindrada com visual moderno e sem qualquer resquício vintage.

O banco acompanha o desenho no tanque na parte frontal e fica mais largo do meio para trás
Crédito: Roberto Dutra/WM1
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Exibe o típico visual de uma naked - ou roadster, como a marca a classifica -, com farol redondo, guidão bem tradicional, rodas de liga leve e banco em dois andares, mas que acompanha o desenho do tanque.

Aliás, o tanque tem desenho muito particular: é um tanto achatado na parte de cima e alargado nas laterais, característica que dá à moto um interessante aspecto musculoso - algo reforçado pelas sanfonas de proteção nas bengalas da suspensão dianteira

As sanfonas protegem as bengaladas da suspensão dianteira e reforçam o aspecto musculoso da moto
Crédito: Roberto Dutra/WM1
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A Guerrilla 450 ainda tem rodas de liga leve, para-lama dianteiro rente ao pneu e traseiro bem distanciado, rabeta curta e arrebitada, tampas laterais meio estranhas devido ao desenho assimétrico e tamanho enxuto, escape curto e gordinho, e iluminação full-LED - detalhe que, atrás, não há lanterna centralizada: a função é embutida nos piscas, que por sua vez estão instalados no início do suporte de placa bem destacado.

O farol de LED tem uma "barra" horizontal com o logo da RE bem no meio. Repare no logo roxo no tanque
Crédito: Roberto Dutra/WM1
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O painel de instrumento é um caso à parte: as versões de entrada usam o conhecido painel analógico que já vemos nos outros modelos da marca e o navegador Tripper vem separado (opcional, lá na Índia). Mas as versões topo de linha recebem um belíssimo painel de TFT, redondo e com função Tripper incorporada, diferente do usado em todas as outras motos da marca.

O belíssimo painel de instrumentos mantém o clister redondo, mas é de TFT e tem Tripper embutido
Crédito: Roberto Dutra/WM1
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Já percebeu que essa Royal Enfield é diferente de todas as outras, certo? Pois vamos além: as cores escolhidas para a primeira linha são um tanto exóticas. Até mais do que as usadas nas Himalayan 411 e 450 e na Scram 411, e nada que lembre os tons relativamente discretos das custom e clássicas da marca.

A cor do fundo do painel muda de acordo com a luz ambiente. É fácil de ler em qualquer situação
Crédito: Roberto Dutra/WM1
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São combinações como tanque preto e amarelo com pintas roxas ou tanque preto com faixas amarela e vermelha ou, ainda, vermelho com dourado ou branco com partes em azul "escorrido". Tudo muito colorido! Bem, eu não curti tanto, e para quem também não gosta desse tipo de pintura há uma opção toda na cor prata. A "discretona" da linha.

As tampas laterais são bem pequenas e quase estranhas, mas têm espaço para os grafismos coloridos
Crédito: Roberto Dutra/WM1
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Quanto vai custar a Royal Enfield Guerrilla 450?

Aliás, a moto foi lançada em três versões - Analogue (cores prata full ou preta com vermelho e amarelo), Dash (preta com vermelho e amarelo e vermelho com dourado) e Flash (preta com amarelo e roxo ou branca com azul).

Os preços na Índia, primeiro país onde a moto será vendida, são os seguintes:

  • Analogue - 239.000 rúpias indianas
  • Dash - 249.000 rúpias indianas
  • Flash - 254.000 rúpias indianas
  • Na Inglaterra, primeiro país da Europa a receber a nova linha Guerrilla 450, os preços serão os seguintes:

    • Analogue - 4.850 libras
    • Dash - 4.995 libras
    • Flash - 5.050 libras
    • Detalhe do pneu traseiro e escapamento da nova Royal Enfield Guerrilla 450
      Crédito: Divulgação
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      Mas são os preços praticados na Índia que servem para estimarmos os futuros valores que serão praticados no Brasil. Na conversão direta, ficariam dessa maneira:

      • Analogue - R$ 15.853
      • Dash - R$ 16.516
      • Flash - R$ 16.848
      • Tomando como base esses valores de conversão direta, podemos fazer um exercício de futurologia. Uma Royal Enfield Hunter 350 custa, na Índia, o equivalente a R$ 9.948. Aqui no Brasil, parte de R$ 19.990 - praticamente o dobro. Já a Scram 411 custa R$ 13.698 lá e R$ R$ 24.490 aqui, ou quase a mesma proporção.

        O tanque musculoso é achatado na parte superior e alargado nas laterais
        Crédito: Roberto Dutra/WM1
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        Sendo assim, podemos estimar que, se a Guerrilla 450 chegasse ao mercado brasileiro hoje, provavelmente seus preços ficariam na faixa dos R$ 28 mil a R$ 30 mil.

        Quando a Royal Enfield Guerilla 450 chegará ao Brasil?

        E quando a Guerrilla 450 chegará por aqui? Bem, a Royal Enfield não revelou. Mas levando em conta que normalmente as motos da marca chegam ao Brasil entre oito meses e um ano depois de serem lançadas na Índia (e, depois, mercados asiáticos, Europa e Estados Unidos, nessa sequência), e ainda temos Shotgun 650 e Himalayan 450 na "fila", podemos esperar a Guerrilla 450 aqui lá pelo segundo semestre de 2025.

        Como é pilotar a Royal Enfield Guerrilla 450?

        Quer saber como é pilotar a Royal Enfield Guerrilla 450? Pois já tivemos essa experiência em um test-ride de 130 quilômetros e contaremos aqui em breve!

        Diferente das outras motos feitas pela Royal Enfield, a Guerrilla 450 proporciona uma experiência nova
        Crédito: Arthur Caldeira
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