Haojue lança a TR 150 Master Ride no Brasil

Com preço de R$ 14.497 e injeção eletrônica, modelo cria mais um degrauzinho no ainda carente segmento de motos custom

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Roberto Dutra
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Eis que, depois de alguns atrasos e um certo suspense, a Haojue TR 150 Master Ride está entre nós. É a segunda moto custom a chegar ao mercado brasileiro em menos de dois meses - a outra foi a Royal Enfield Meteor 350, lançada em julho. Ótima notícia em um segmento que andava bem carente!

A Haojue TR 150 Master Ride chega com preço R$ 14.497, sem frete. É um valor bem posicionado, pois fica distante dos R$ 12.000 cobrados atualmente pela irmã menor Chopper Road 150 e sua concorrente Dafra Horizon 150, e não se aproxima tanto da linha Royal Enfield Meteor 350, que começa em R$ 20.000.

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Com a TR 150, a "escadinha" custom cresce, mas ainda há um bom espaço vazio ali até a Kawasaki Vulcan 650 S, de R$ 40.000 - não há modelos com motor na faixa dos 500 cm³ e preço na casa dos R$ 30.000, por exemplo.

Haojue Master Ride é o segunda moto custom a chegar ao mercado brasileiro em dois meses
Crédito: Divulgação
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A Master Ride chegaria inicialmente em abril, mas atrasos logísticos decorrentes da pandemia de covid-19 adiaram seu lançamento inicialmente para junho. Depois, uma nova previsão apontava para setembro. Mas as coisas começaram a andar e a moto chegou oficialmente nesta quinta-feira (12).

O sobrenome pomposo é só aqui: lá fora, ela se chama apenas TR 150. O motor é o mesmo da prima distante Chopper Road 150 e da naked DK 150, com as especificações desta segunda. Ou seja, tem injeção eletrônica (na Chopper é carburado).

Com isso, dispõe de um pouco mais de força para empurrar seu peso superior: são 12,1 cv de potência a 8.000 rpm e 1,2 kgf.m de torque a 6.000 rpm para 145 quilos iniciais - na Chopper, são 11 cv a 8.000 rpm e 1,1 kgf.m a 6.000 rpm para 130 quilos.

Deste ângulo a TR 150 Master Ride é mais simpática: linhas combinam e bancos têm alturas diferentes
Crédito: Divulgação
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O motor, batizado de TSR, tem duas particularidades: usa filtro de óleo centrífugo, e não de papel, e a Haojue recomenda o uso de óleo 10W40, e não o 20W50 - que é o mais usado em motos de baixa cilindrada no país. Segundo a marca, o 20W50 pode danificar os motores das motos da marca.

A Haojue brasileira não informou a velocidade máxima da Master Ride (e nem a maioria das especificações), mas sites internacionais apontam 110km/h, o que seria coerente com sua proposta de uso urbano e em passeios curtos. Também não mencionou o consumo oficialmente, mas lá fora são informados 50 km/l - aqui, com a gasolina brasileira, certamente será inferior.

Versão chinesa sai de fábrica com baús laterais de fibra. A brasileira também terá os acessórios
Crédito: Divulgação
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Muitas outras especificações da TR 150 são iguais à da Chopper. Caso do câmbio de cinco marchas e da secundária por corrente. Mas aqui o freio traseiro é a tambor, enquanto que na Chopper é a disco. A Master Ride ainda vem com rodas de liga-leve, pneus 90/90 R18 na frente e 110/90 R16 atrás, partida elétrica sem quique e tanque para 11,5 litros (9,5 na Chopper).

A nova custom também tem mais porte: comprimento total de 2,10m, entre-eixos de 1,38m (na Chopper, 1,99m, 1,28m, respectivamente). Mas tem banco mais baixo, a 72,5 cm do solo, o que vai facilitar a vida de pilotos de menor estatura (74,5 cm na Chopper).

O painel mais clássico fica à frente do guidom. Exibe velocímetro, luzes-espia e indicador de marcha
Crédito: Reprodução
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O design exótico promete ser do tipo "ame ou odeie". Se a Chopper Road tem visual harmonioso e algo clássico, a TR 150 aposta numa pegada mais jovial e agressiva. Mais baixa e comprida, tem pintura tricoat com pigmentações metálicas e perolizadas e farol em forma de diamante, à moda power custom.

À frente do guidom, vai o painel principal com velocímetro e indicador de marcha. E sobre o tanque, um segundo painel, com indicador de carga da bateria, alerta de troca de óleo, nível de combustível e hodômetros total e parcial.

O segundo painel, sobre o tanque, mostra nível de combustível, hodômetros e outras informações
Crédito: Reprodução
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O estilo custom é reforçado pelas pedaleiras posicionadas à frente em relação ao quadril do piloto, pelo guidom relativamente alto, pelo banco bipartido com duas alturas e pelo encosto do garupa.

A Master Ride em "versão brasileira": moto já está sendo montada em Manaus e chega às lojas em 8 de setembro
Crédito: Reprodução
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A moto ainda tem baús laterais de fibra com tranca - usam a mesma chave da ignição da moto - escape com protetor de calor pintado na cor prata e protetor de motor (mata-cachorro) cromado. É um conjunto interessante. As entregas nas concessionárias começam no próximo dia 8 de setembro e a moto estará disponível inicialmente nas cores preta ou azul.

O guidão T-Bar e o encosto para garupa são as diferenças da Master Ride nacional para a original chinesa
Crédito: Reprodução
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A Haojue tem colhido bons resultados com suas apostas no mercado brasileiro e parece bem animada. Na live, avisou que lançará a pequena trail NK 150 no primeiro semestre do ano que vem e nada menos que três modelos no segundo semestre de 2022: uma naked, uma dual purpose e uma cruiser de média cilindrada.

As três deverão usar o mesmo motor bicilíndrico de 298 cm³ com injeção, refrigeração líquida, 30 cv de potência a 8.500 rpm e torque de 2,8 kgf.m a 6.500 rpm. Esse motor foi desenvolvido em parceria com a Suzuki e já equipa as esportivas Haojue DR 300 e Suzuki GSX-S 300 - Suzuki e Haojue são parceiras comerciais.

A TR 300, outra custom da Haojue, chega ao Brasil no segundo semestre de 2022
Crédito: Reprodução
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No Brasil, a Haojue é representada pela JTZ Indústria e Comércio de Motos, empresa controlada pelos mesmos executivos da J. Toledo da Amazônia, que não por acaso representa a Suzuki no país. Como a Suzuki deixou de vender motos de baixa cilindrada, seus controladores criaram a JTZ em 2017 para atuar nesse segmento com a marca Haojue - e, no de scooters, com a marca Kymco.

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