Harley-Davidson Fat Boy: o ícone das estradas

Com visual imponente, cheio de cromados brilhantes, e um motor poderoso, modelo é o sonho dos motociclistas viajantes

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É impossível eleger a Harley-Davidson mais lendária de todos os tempos, mas a Fat Boy certamente estaria na lista de qualquer admirador das motos fabricadas pela marca norte-americana. Com cerca de 30 anos de estrada percorridos com absoluto sucesso, o modelo chegou à linha 2021 com ainda mais brilho: ganhou muitos acabamentos cromados e, de quebra, evoluções mecânicas que melhoraram substancialmente a experiência de pilotagem desse ícone.

Com visual imponente e desempenho poderoso, a Fat Boy é o sonho dos motociclistas estradeiros
Crédito: Divulgação
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O design da Fat Boy em sua encarnação atual, aliás, é um destaque absoluto. Mantém a essência cruiser, com linhas arredondadas, suaves e harmoniosas, presente desde sempre, mas com ainda mais imponência. A Fat Boy exala musculatura com seus largos garfos cromados, o guidão baixo e largo, os piscas junto aos manetes e a moldura em torno do farol (a famosa "cabeça de touro"), que é full-LED modelo Daymaker e tem luzes de rodagem diurnas (DRLs). Ali embaixo, o para-lamas proporcionalmente curto reforça essa sensação.

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Com linhas arredondadas e suaves, o visual da moto é harmonioso e, ao mesmo tempo, imponente
Crédito: Divulgação
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À frente do piloto, o tanque com capacidade para ótimos 18,9 litros de combustível exibe sua tradicional forma de gota e os históricos emblemas com "asinhas" nas laterais. Em sua parte superior, vai o painel de instrumentos completinho, com velocímetro analógico e display de LCD para as outras informações.

A traseira com rabeta curta, que expõe o largo pneu, reforça a sensação de poder proporcionada pela Fat Boy
Crédito: Divulgação
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Os bancos do piloto e do garupa, em seções e alturas diferentes, têm acabamento caprichado com capa anti-derrapante. Lá atrás, a rabeta curtinha sem lanterna central reforça a agressividade elegante do conjunto e deixa à mostra o largo pneu 240/40 R18 - na frente, vai um 160/60 R18. Ambos são Michelin Scorcher, um dos melhores pneus para motos custom da atualidade.

O painel tem velocímetro analógico e display digital de LCD para as outras funções
Crédito: Roberto Dutra
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Os pneus, aliás, calçam as rodas "fechadas" de liga leve que se tornaram uma espécie de marca registrada do modelo. E na linha atual, mais do que "fechadas", elas exibem um design que lhes dá a aparência de serem "blindadas" - o que reforça ainda mais a impressão de que a Fat Boy é um autêntico rolo compressor das estradas.

As rodas "fechadas"; sempre foram uma marca da Fat Boy. Na linha atual, parecem "blindadas"
Crédito: Divulgação
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Tudo isso vai abrigado no quadro da família Softail, que sempre se destacou pela versatilidade e rigidez. E que, na encarnação atual, é nada menos que 14 quilos mais leve que seu antecessor. O resultado desse conjunto é a pilotagem de uma moto grande e poderosa, mas com agilidade de modelo menor e mais leve.

Na frente, farol Daymaker com LEDs, luzes de rodagem diurna, a "cabeça de touro"  e os largos garfos da suspensão
Crédito: Divulgação
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Contribuem para isso as suspensões projetadas para proporcionar o máximo de conforto. Na frente, são garfos telescópicos fornecidos pela grife Showa, com 49 mm de diâmetro e 133 mm de curso. Atrás, um monochoque instalado bem no centro do quadro, posicionado de forma inclinada, com 86 mm de curso e ajuste na pré-carga da mola. Como fica "escondido", ele preserva o clássico visual "hardtail" da Fat Boy.

O monochoque traseiro fica escondido e preserva o visual "hardtail" da moto
Crédito: Divulgação
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Para empurrar isso tudo, a Fat Boy vendida no Brasil conta, atualmente, com o motor Milwaukee-Eight 114 - o número alude à capacidade cúbica na medida americana, em polegadas, que corresponde a 1.868 cm³. Com dois cilindros em V, quatro válvulas por cilindro e refrigeração a ar, proporciona o fortíssimo torque de 16,1 kgf.m a 3.000 rpm.

O incrível motor Milwaukee-Eight 114 fornece 16,1 kgf.m de torque a 3.000 rpm
Crédito: Divulgação
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Gerenciado por um câmbio de seis marchas, proporciona respostas vigorosas em quaisquer faixas de rotação com um ronco inigualável exalado pelo escape duplo cromado - ou seja, muito prazer e diversão na pilotagem. Com esse conjunto todo, fica fácil entender porque a Fat Boy 114 é o sonho dos motociclistas estradeiros. A Fat Boy é vendida atualmente no Brasil em uma única versão, nas cores Vivid Black (preta brilhosa), Black Jack Metallic (cinza metálica), Deadwood Green (verde) e Gauntlet Gray Metallic com Vivid Black (cinza metálica com preta brilhosa).

Uma pitada de história

A Fat Boy foi lançada em 1989 como modelo 1990, dentro da linha Softail. É criação de Willie G. Davidson, e foi inspirada na Hydra-Glide de 1949, que já tinha um visual robusto, com guidão bem largo, farol redondo e grande, pneus de perfil alto e as marcantes rodas "fechadas", sem raios, que se tornaram sua marca registrada. O chassi, porém, foi herdado das Softail que já existiam desde 1984 - cuja principal característica visual era "esconder" a suspensão bichoque traseira, dando à moto um aspecto "hardtail" - algo como "rabo duro", em tradução livre.

A primeira Fat Boy, de 1989: modelo atual preserva a essência, porém de forma modernizada
Crédito: Divulgação
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Nos quase 30 ano seguintes a Fat Boy foi sofrendo mudanças pontuais e normais.  O motor cresceu progressivamente - dos originais 1.340 cm³ para 1.450 cm³, depois 1.584 cm³, e depois 1.687 cm³ - e foram feitas alterações em grafismos, cores e acabamentos.

Nesse meio tempo, a Fat Boy fez grande sucesso pela "participação" em um dos filmes da franquia O Exterminador do Futuro, com Arnold Schwarzenegger - o segundo capítulo, de 1991. Mas somente em 2018 foi completamente modernizada, ganhando uma segunda geração de verdade - essa que existe hoje. Assim como nos Estados Unidos, a Fat Boy é vendida no Brasil, na linha 2021, com o motor Milwaukee-Eight de 114 polegadas cúbicas (1.868cm³).

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