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O lançamento da moto por lá sinaliza que a Harley-Davidson - aparentemente - já reequilbrou sua produção, que assim como as de outras marcas de todo o mundo sofreu os mesmos problemas de falta de insumos como reflexo da pandemia mundial de Covid-19. E que, mais recentemente, foi novamente paralisada por problemas internos. Agora, com a situação normalizada, é questão de tempo até que a novidade chegue a outros mercados, inclusive o brasileiro - aliás, está prevista para chegar aqui no início de 2023.
Claro que ainda não temos preço nem estimado. Mas levando-se em conta que a Harley-Davidson mais barata no Brasil custa, hoje, R$ 104.100 (é a Low Rider S), é óbvio que a Nightster ficará abaixo disso - ali entre R$ 80 mil e R$ 90 mil. Nos Estados Unidos, seu preço parte dos US$ 13.499 (ou R$ 73.200).
A Nightster é equipada com o novo motor Revolution Max na configuração com 975 cm³. Com dois cilindros em V e refrigeração líquida, rende 90 cv de potência a 7.500 rpm e torque de 9,5 kgf.m a 5.000 rpm. Segundo a marca norte-americana, o consumo médio é de 22,2 km/l (com a gasolina americana, claro).
A moto faz parte da nova família Sportster, que vai ocupar o espaço deixado pelos modelos Iron 883 e Forty-Eight, os últimos remanescentes da geração anterior. Nos Estados Unidos, já existe a Sportster S, equipada com o mesmo motor Revolution Max, porém na configuração com 1.250 cm³ - a mesma usada na big trail Pan America. A Sportster S foi lançada no mercado americano em julho de 2021 e também chegará ao Brasil em 2023.
A Nightster tem três modos de pilotagem - road, sport e rain -, controle de tração e ABS. A capacidade do tanque de combustível é típica de uma Sportster: comporta meros 11,7 litros - e fica embaixo do banco! O câmbio da Nightster tem seis marchas, com transmissão secundária por correia dentada. As rodas são de liga leve e calçam pneus Dunlop nas medidas 100/90 R19 na frente e 150/80 R16 atrás.
As suspensões dianteiras são Showa, com 41 mm de diâmetro, 11,4 cm de curso e sistema Dual Bending Valve (DBV), que tem duas válvulas em cada lado - em situações normais, todas funcionam; em situações severas, apenas uma em cada lado, para deixar o conjunto mais rígido. Já a suspensão traseira é bichoque, com ajuste de pré-carga e curtos 7,6 cm de curso.
Os freios são a disco simples na frente e atrás, com 320 mm e 260 mm de diâmetro, respectivamente. A montagem na dianteira é axial com quatro pistões, e na traseira é flutuante com um pistão.
O painel da moto, por sua vez, é minimalista: tem velocímetro analógico na parte superior, uma pequena tela de LCD de 4 polegadas na parte inferior e luzes-espia no espaço entre esses mostradores. Porém, não se engane: é simples, mas exibe muitas informações: velocidade, hodômetros, funcionamento dos piscas e do controle de tração, temperatura do líquido refrigerante, farol alto e indicador de manutenção. E, ainda, alertas de voltagem da bateria, de baixo nível de combustível, de ABS traseiro desligado, de baixa pressão dos pneus, de problemas no motor e de pressão do óleo.
Como é habitual nas Sportster, as dimensões são enxutas: 2,20 m de comprimento, 1,55 m de entre-eixos, 83,6 cm de largura máxima e 1,10 m de altura. O banco está a apenas 70,5 cm do solo, o que facilita a pilotagem mesmo por condutores de baixa estatura. A moto pesa 218 quilos em ordem de marcha. Vale lembrar que o nome Nightster já foi usado em uma versão da Sportster, nos anos 2000 - era uma XL 1.200 e o modelo, inclusive, foi vendido no Brasil em 2008 e 2009. Quem sabe ela não começa a aparecer por aqui ainda em dezembro deste ano, não é mesmo?
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